quinta-feira, 25 de setembro de 2008

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Angola: Grandes empresas “recheadas” de figuras influentes

Fonte.: macauhub

Luanda, AngolaAs principais empresas e grupos empresariais angolanos contam maioritariamente com a presença de accionistas que são também figuras influentes no país, como demonstra a recente entrada da Unitel no capital do Banco de Fomento Angola (BFA).
Isabel dos Santos, filha primogénita do presidente ango
lano, é hoje uma das mais importantes empresárias do país e conseguiu na semana passada alargar a sua carteira de investimentos ao maior banco de Angola, o Fomento, do grupo português BPI.

A operadora angolana Unitel, que tem como principal accionista o grupo Geni, do qual faz parte Isabel dos Santos, vai comprar por 338 milhões de euros uma participação de 49,9 por cento do capital social do Fomento, que lhe dá direito a entrar também na gestão do BFA, segundo anunciaram as duas partes.

A Unitel, que tem perto de 4 milhões de clientes em Angola, é ainda participada pela Portugal Telecom, que detém 25 por cento do capital.

Além de investidora nos sectores do imobiliário e do turismo, um pouco por todo o país, Isabel dos Santos é também accionista do Banco BIC, aquele que mais rapidamente tem crescido num sector que, de acordo com a consultora Delloite, “continua a dar provas de forte dinamismo, reforçando o seu peso na economia”.

O BIC instalou-se recentemente em Portugal, onde terá como uma das suas principais missões servir de banco de investimento para fortunas angolanas e tem planos de expandir-se ainda para a República Democrática do Congo e Namíbia, numa estratégia de “apoio à internacionalização das empresas angolanas e portuguesas”.

O parceiro de Isabel dos Santos no BIC é o homem mais rico de Portugal, Américo Amorim, dono da maior corticeira mundial e ambos estarão também ligados na maior empresa portuguesa, a Galp Energia, de acordo com alguns analistas.

A Amorim Energia, (titulada por uma entidade offshore, “Esperanza”), que tem mais de um terço do capital da Galp, é participada em 45 por cento pela Sonangol, estando os restantes 55 por cento repartidos por grupo Amorim, Caixa Galicia e duas entidades "offshore" anónimas, que se julga poderem estar ligadas à maior empresária angolana.

As posições dentro desta “holding” têm de manter-se até fim de 2010, determina acordo parassocial entre os accionistas da Amorim Energia. Recentemente, o presidente da petrolífera italiana ENI, que também detém um terço da Galp, admitia sair da empresa portuguesa, prometendo desenvolvimentos dentro de "três a cinco anos".

Mas o rol de figuras influentes com presença de destaque no mundo dos negócios angolano inclui também dirigentes políticos, ministros, antigos governantes e até alguns familiares destas influentes figuras.

De acordo com o Semanário Angolense, publicado em Luanda, o Banco Comercial de Angola tem entre os seus accionistas três antigos primeiros-ministros - Lopo do Nascimento, França Van Dunen e Marcolino Moco – entre outros governantes.

Higino Carneiro, ex-ministro das Obras Públicas, criou a Cabuta Organizações, presente na agricultura, agro-indústria, hotelaria, banca e seguros, de acordo com o Diário Económico, de Lisboa.

José Pedro Morais, ministro das Finanças, Pedro Neto e Kundi Paihama são os detentores da Finangest, que é concessionária das lotarias angolanas, além de investidora na área da Saúde, refere o site da empresa.

Também com investimentos na área da saúde está o grupo Gema, detentor de salas de cinema, supermercados e accionista da Coca-Cola Angola, que é presidido pelo ex-chefe da Casa Civil da Presidência da República, José Leitão.

O general João de Matos, ex-chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas Angolanas e a sua Genius, que conta também com o ex-governador do Banco Nacional de Angola Mário Pizarro como accionista, tem ganho importantes concessões diamantíferas, como a recente do Cafulo (Cuando Cubango) e tem vindo igualmente a diversificar o negócio para áreas como as telecomunicações, imobiliário ou na energia.

Armindo César & Filhos, Imporáfrica, Macon, Mello Xavier, Pecus, Prodoil, Sagripek, Somoil e Suninvest são outros nomes de referência no universo empresarial angolano.

No sul do país, destaca-se o grupo angolano Valentim Amões, cujo fundador e seu sucessor morreram num acidente de viação no início do ano.

Segundo a newsletter Africa Monitor, o grupo deverá em breve contar com um novo parceiro, na sequência de um processo de selecção a cargo da firma de consultoria internacional Ernest & Young.

Com um património avaliado em mil milhões de dólares, o grupo Amões está a despertar o interesse activo da elite empresarial angolana e em cima da mesa estará já uma proposta de 200 milhões de dólares em troca de 30 por cento do capital do grupo.


Comentário: Para quem tinha dúvidas, a saga da corrupção, dos assaltos às riquezas do país, e dos lobbies, vai continuar por parte da família dos Santos e do MPLA, com a agravante de ser legitiminada pelo voto popular.Não adianta, ao povo futuramente choramingar pelas migalhas, pois elas, provavelmente já estarão bem guardadas fora de Angola, em nomes particulares de alguns dos quais o povo elegeu.Cada um, tem o que merece e deve ser responsabilizado pelas suas opções e actos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Uganda quer proibir minissaias que "causam acidentes"


Fonte:África21

Ministro Nsaba Buturo diz que uso da minissaia deve ser classificado como uma "indecência" sujeita a penalização pela lei de Uganda.


Kampala - O ministro ugandense de Ética e Integridade, Nsaba Buturo, afirmou que as minissaias devem ser banidas do país porque mulheres que as usam distraem os motoristas e provocam acidentes de trânsito. Em uma entrevista coletiva na capital, Kampala, Buturo disse que "usar minissaia é como andar nu pela rua". "Você pode causar um acidente porque algumas pessoas daqui são psicologicamente fracas", disse o ministro.

Para ele, o uso da minissaia deve ser classificado como uma "indecência" sujeita a penalização pela lei de Uganda. Buturo alertou ainda para os perigos que enfrentam os motoristas que se distraem por causa das minissaias. "Se você encontra uma pessoa nua, você começa a se concentrar no corpo da pessoa, mas continua dirigindo", disse. "Hoje em dia é difícil distinguir a mãe da filha, elas estão todas peladas", afirmou o ministro.

Buturo acredita que o uso de roupas indecentes é apenas um dos muitos vícios da sociedade ugandense. "Roubo e desvio de recursos públicos, serviços abaixo do padrão, ganância, infidelidade, prostituição, homossexualismo e sectarismo", citou o ministro.

Mmali explica que no início deste ano, a Universidade Makerere, em Kampala, decidiu impor regras para os trajes femininos na instituição. A proibição da minissaia e das calças apertadas ainda não foi implementada, mas o assunto já parece dividir setores da sociedade.

O correspondente da BBC entrevistou mulheres no campus da universidade para saber a opinião delas sobre as posições do ministro Buturo. "Se uma mulher quer usar a minissaia, tudo bem. Se outra quer colocar uma saia mais longa, tudo bem também", disse uma estudante.

Outras, no entanto, são mais solidárias às idéias do ministro. "Acho que coisas mesquinhas não são boas. Estamos mantendo a dignidade da África como mulheres e temos de cobrir nosso corpo", disse uma estudante. As informações são da BBC.



Comentário:As opiniões dividem-se.No entanto, é legítimo também recomendar aos responsáveis ugandeses, encarregues de julgar a ética, pensarem na proibição do uso de calções ou da exibição do tronco nú na via pública, por parte dos homens.Pois, podem provocar acidentes, distraindo as mulheres durante a condução no meio do trânsito.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

METADE DO CAPITAL DO BPI NO BFA VAI PARA UNITEL

Fonte: o apostolado

A operadora de telefonia móvel angolana, UNITEL, vai ser detentora de 49,9% do capital que o BPI detém no Banco de Fomento Angola, BFA.

O Banco Português de Investimento, BPI, já alienou a participação à companhia angolana, uma operação avaliada em 475 milhões de dólares (cerca de 334 milhões de euros).

O BPI satisfez a exigência do Governo angolano, que impôs a libertação de cerca de metade do capital que o banco português detém no BFA para investidores angolanos, como condição para conceder licença de operação a este banco.

Feita a alienação, restam apenas a autorização das autoridades competentes e um acordo de accionistas, que vai regular as relações das partes na gestão do BFA.

A assinatura dos respectivos contratos está agendada para o fim de Outubro próximo e a concretização da transacção até ao fim do ano.

A aposta na UNITEL foi a forma encontrada para excluir a SONANGOL do negócio, já que a petrolífera angolana é um dos principais accionistas do BCP, maior rival do BPI.



Comentário: A saga continua.As eleições, não vêm mudar nada.Antes pelo contrário, vieram ajudar à continuidade desta máfia de sugadores, à luz das leis que eles aprovam, e lhes permitem pressionar quem eles bem entenderem, rumo à ganância e detenção dos monopólios de investimento fundamentais para o país.Não haveria nada a dizer ou a comentar se a detenção desses monopólios fosse em prol do povo.Tal, não vai acontecer, servindo de exemplo este caso, a UNITEL é pertença de uma das filhas do Presidente de Angola.

Ele (JES + MPLA) e elas(filhas herdeiras), vão continuar a comer tudo.Nem os ossos vão deixar, ou oferecê-los ao povo.

O povo, fez a sua escolha, através do voto. Só merece, recolher ou colher de acordo com a sua escolha, sem lamentos.

As organizações humanitárias (ONG), deveriam abandonar Angola.Deixar os sugadores, cuidarem do povo mais carenciado e abandonado nos confins do mato.Deixá-los trabalhar no duro, sem lamentos nem desculpas da guerra.

Colocar a primeira dama ( mulher de JES) e suas filhas e filhos, a trabalharem directamente no mato, investindo na recuperação das condições de sobrevivência do povo, ao invés de andarem a sugar as riquezas de Angola investindo nas suas fortunas pessoais dentro e fora de Angola.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

França cessa inquérito por corrupção contra Eduardo dos Santos

Fonte: Lusa

(foto:aperto de mão à corrupção)


Lisboa - A justiça francesa cessou um inquérito ao património em França de cinco líderes africanos, entre eles José Eduardo dos Santos, aberto após queixa da organização não-governamental Transparency International, que os acusa de desvio de fundos públicos.

O inquérito preliminar, aberto em Julho pela procuradoria parisiense, foi arquivado "no início de Setembro, dado que a infracção não estava suficientemente detalhada" na queixa apresentada, afirmou à agência francesa AFP uma fonte judicial.

William Bourdon, advogado da Transparency International France, afirmou que o arquivamento já era esperado, e que uma nova queixa civil será apresentada em breve, conforme a permite a lei francesa.

Além de José Eduardo dos Santos, a queixa visava Denis Sassou Nguesso (Congo), Omar Bongo, Teodoro Obiang (Guiné Equatorial) e Blaise Compaoré (Burkina Faso), além de membros dos seus círculos, todos acusados de comprar imóveis e outros bens em França com dinheiro desviado do erário público dos seus países.

Em Março de 2007, três associações francesas apresentaram uma queixa semelhante, que levou à abertura de um inquérito preliminar, também arquivado alguns meses mais tarde.

De acordo com o diário francês Le Monde, o inquérito permitiu apurar que Omar Bongo e seus familiares eram proprietários de 33 apartamentos ou moradias de luxo em França, e que Denis Sassou Nguesso tinha pelo menos três moradias de grande dimensão em Paris.





Comentário:Mais comentários para quê.Se andam todos a comer do mesmo prato.Se andam todos com os problemas graves nos seus respectivos países.JES, é um dos maiores corruptos.Sarkozy, é um playboyzinho.

Não se admirem, se um dia virem, um PALÁCIO mandado construir por Sarkozy em Angola, com o dinheiro desviado do erário público francês, ou com o dinheiro do erário público dos angolanos, como recompensa de JES ao seu amigo playboy, pelos favores prestados à sua pessoa.

É com ajudas como estas, que a comunidade internacional, que tem interesses em Angola, consegue transformar um DIABO - CORRUPTO - DITADOR em Anjo - honesto - Democrático

Eleições para quê?

Observadores para quê ?

Quem votou, foi o povo angolano.Mas, com a consciência corrupta do DIABO, transformado em Anjo.

Talvez, no dia em que o DIABO desaparecer, os angolanos pensem e sonhem em viver num país justo, livre e democrático. Até que esse dia chegue, por vontade expressa na urna, vão ter que carregar a CRUZ que judas preparou para o povo.

A partir de agora, nem os governantes, nem o povo angolano, têm o direito de viverem às custas dos donativos das organizações humanitárias internacionais.

A partir de agora, ambos não têm o direito de tirar o pão da boca a outros povos que pagam os seus impostos, e os representantes dos respectivos países, desviam para ajudas donativas ao povo angolano.

A partir de agora, já não há desculpas, para o PERDÃO DE DÍVIDAS de ANGOLA aos outros países.

A partir de agora, o povo angolano, vai ter que trabalhar à sua custa.Caso contrário, será uma vergonha quer para o povo, quer para o partido vencedor das eleições.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Observadora diz que as eleições foram viciadas pelo MPLA


Fonte: Angola24Horas

As eleições legislativas angolanas de sexta-feira e sábado foram "viciadas" desde o início pelo partido no poder, razão pela qual se pode compreender a esmagadora vitória do MPLA, disse hoje à Agência Lusa uma investigadora portuguesa.

Paula Roque, analista de política internacional do Instituto de Estudos de Segurança (ISS), com sede em Pretória (África do Sul), adiantou que os "media" angolanos foram "totalmente manipulados" pelo poder e que, ao longo do último ano, "toda a população foi devidamente enquadrada".

"Os sobas (chefes do poder tradicional) estavam estruturados, os (agentes dos) serviços de informações espalharam-se pelo país para criar o medo, os apoiantes do MPLA foram muito agressivos em relação à oposição", sustentou a investigadora portuguesa, que esteve como observadora eleitoral nas províncias do Huambo e Luanda, tendo já regressado a Pretória.

Sublinhando que, durante a sua permanência em Angola, manteve contactos com a sociedade civil, com a Igreja e com dirigentes partidários das principais forças políticas, Paula Roque disse à Lusa por telefone ter testemunhado, nalguns casos, e que lhe contaram, noutros, todas estas situações.

Segundos os resultados provisórios da votação, e quando estão contados mais de 80 por centos dos votos, o MPLA ultrapassa também os 80 por cento das escolhas dos eleitores, deixando a UNITA com apenas pouco mais de 10 por cento.

"O poder corrompe e o poder total corrompe totalmente. A manipulação extrema da votação levou a esta situação. Cria-se assim um 'Estado de informadores' que é muito perigoso para a democracia. É preciso ter confiança dentro do Estado, caso contrário", alertou Paula Roque, doutorada em Antropologia Social pela Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa (ISCTE) de Portugal.

Segundo a também mestre em Direitos Humanos, título obtido na London School of Economics, o reconhecimento, pela maioria das missões de observação eleitoral internacionais, de que a votação foi "livre, justa e transparente" tem também subjacente os grandes interesses económicos e políticos da comunidade internacional.

"Convinha manter a estabilidade política. Há grandes interesses económicos e políticos que não deixam que se questionem os direitos democráticos, pois o crescimento económico em Angola é o mais alto do mundo", afirmou a investigadora portuguesa, cujo mestrado se centrou particularmente nas leis dos Direitos Humanos e do Direito Humanitário e também nas Relações Políticas Internacionais em África.

Mas Paula Roque responsabiliza também a oposição por não ter previsto este desfecho e por não se ter organizado antes da votação, o que permitiu uma "propaganda extraordinariamente eficiente" por parte do MPLA.

Nesse sentido, questionou sobre qual o papel da UNITA, "que está dividida", e dos outros partidos, "que consideram o "Galo Negro" arrogante por não se juntar à restante oposição, no futuro, tendo em conta que haverá eleições presidenciais em 2009.

"Tudo isto é mau para a democracia. Mas o ónus está agora do lado do MPLA, que terá de cumprir ao longo dos próximos quatro anos as promessas feitas na campanha das legislativas", sublinhou Paula Roque, que trabalhou anteriormente no Instituto Sul-Africano de Assuntos Internacionais como coordenadora do Programa de Análise da Presença da China em África,

"Agora, o governo será só MPLA, pois não haverá UNITA que, estranhamente, nem sequer recorreu para o Tribunal Constitucional para contestar os resultados. O MPLA não terá desculpa para não cumprir", concluiu a investigadora portuguesa.


Comentário:Não sei, porque razão, estão a fazer tanto alarido à volta das eleições em Angola.No meu caso pessoal, eu já estava a prever, quer o resultado, quer os lobbies de conveniência das comunidades internacionais.Angola, tem tanto de riquezas, como de corrupção.Ao ponto, de contaminar internacionalmente todos os países envolvidos na sua construção, e acima de tudo na sua envolvência económica.A crise é mundial.É natural, que Angola com as suas riquezas, seja cobiçada, e que os DONOS DELA - MPLA DO JES, à custa da corrupção e da chantagem, tenha usado de todos os meios e influências.Caso contrário, quem desobedecesse às regras do jogo, teria a vida complicada, relativamente aos interesses ecónomicos de investimento.
Assim, é mais cómodo e vantajoso para as comunidades internacionais, aliar-se à corrupção, mantendo o MPLA no poder, para bem deles e para o mal do povo angolano.
Vamos aguardar, pelo tempo.Vamos aguardar, pelas respostas que o MPLA, vai dar ao povo nos próximos quatro anos.
Diz o velho ditado: Ver para crer.De promessas está o mundo cheio....

Angola/Eleições: Resultados são "assustadores para a democracia", diz José Eduardo Agualusa

Fonte: Visão

Lisboa, 10 Set (Lusa) - O jornalista e escritor angolano José Eduardo Agualusa defendeu hoje que os resultados das eleições legislativas de sexta-feira em Angola são "assustadores para a democracia", com o espectro de um "pensamento político único" nos próximos anos.
Em declarações por telefone à Agência Lusa, Agualusa considerou que os resultados, apontando para uma vitória do MPLA com mais de 80 por cento, representam "um regresso ao partido único", com a desvantagem de, agora, ser legitimado pelo voto.
"Os resultados são assustadores e preocupantes. É um regresso ao partido único, só que através do voto. Não há democracia sem oposição. Não há correntes de pensamento no Parlamento, por excelência, a casa da discussão democrática", sublinhou Agualusa desde Bruxelas, onde participa, quinta-feira de manhã, num evento promovido pelo Parlamento Europeu.

Sobre esta questão, o porta voz do MPLA recusou hoje a possibilidade de a esmagadora vitória alcançada nas eleições legislativas de sexta-feira poder levar a um sistema virtual de partido único em Angola.

Respondendo aos jornalistas depois da declaração de vitória nas legislativas, o porta voz do MPLA, Norberto dos Santos "Kawata Kanawa", fez a comparação com a Europa, "onde as vitórias alargadas não conduzem a regressos dos partidos únicos", garantindo que "em Angola também será assim".

José Eduardo Agualusa, mostrando-se também "extremamente preocupado" com a pressa do reconhecimento da validade dos resultados, comparou, sem os pôr em causa, com uma eventual situação idêntica registada em Portugal ou noutro qualquer país europeu.
"Não acredito que ninguém ficasse preocupado. Os comentadores e jornalistas debateriam tudo até à exaustão. Só que é Angola... O resultado das eleições é um revés para a democracia e um pouco assustador. A grandeza da democracia está na diversidade de opinião e não na pobreza de pensamento", sustentou, aludindo ao facto de o futuro Parlamento angolano perder várias forças políticas.

Nesse sentido, Agualusa não deu qualquer importância ao facto de as principais forças da oposição ao MPLA não se terem unido em torno de um só objectivo, derrubar o partido no poder desde a independência, em 1975, defendendo que cada partido "tem a sua visão política".
"A oposição não tinha de se juntar, uma vez que cada partido tem a sua visão. Não concordo com essa ideia" de unificação da oposição para combater o poder do MPLA, explicou o jornalista e escritor angolano, lembrando que o Parlamento saído das eleições de 1992, as primeiras, era mais equilibrado.

De acordo com os últimos resultados, ainda provisórios, o MPLA tem mais de 80 por cento dos votos, enquanto a UNITA, principal partido da oposição, aparece em segundo lugar mas apenas com pouco mais de dez por cento dos votos.


sábado, 6 de setembro de 2008

2º Dia de Votação


Fonte: RTP/PT

Repetiram-se os problemas de ontem. Das 320 mesas em Luanda que deveriam reabrir logo pela manhã, mais de 100 voltaram a não o fazer por falta do "Kit Eleições".
Tem sido interessante a forma como o presidente da Comissão Nacional Eleitoral vai justificando os problemas logísticos verificados aqui em Luanda, embora sem atribuir a responsabilidade pelo sucedido.

Igualmente interessante é a reacção dos observadores. Prudência e tempo para avaliar. A chefe da missão da União Europeia só vai reagir oficialmente na Segunda-feira, ao meio-dia.

Neste momento há poucas pessoas a votar, mas as urnas vão ficar abertas até ao final da tarde. Ontem, encerraram às dez da noite e a contagem decorreu pela noite dentro.




Comentário:Num país democrático e minímamente organizado, este tipo de situações derivão de:

a) Desorganização

b) Faude

É interessante, analisar o comportamento dos observadores internacionais.Está tudo bem, quando a confusão imperou.Cheira a BAJULAÇÃO ECONÓMICA E POLÍTICA.

O que é, que, estes observadores afinal foram observar em Angola.Confirmam a confusão, mas o resultado final, é que não se passou nada de anormal.Valha-me Deus, com observadores deste tipo, não admira que os ditadores do tipo Mugabe e José Eduardo dos Santos, façam deles gato sapato, rindo na cara dos observadores e do seu povo.A esta hora, devem estar todos reunidos a elaborar (cozinhar) um discurso de consenso, para atribuírem na 2ª feira a vitória ao MPLA.


Nota: A ocasião faz o ladrão.Neste caso particular, a confusão é uma ocasião para a FRAUDE.Por muito que desejem os observadores, difícilmente conseguem controlar e contornar a opinião pública políticamente esclarecida..

Reparem na foto que acompanha o artigo.A mesa de voto está ENCERRADA.

Qual terá sido o motivo ?

Falta de cadernos eleitorais, kit, ou de votantes ?

UNITA pede a repetição das eleições legislativas

Fonte: Jornal de Notícias

Abertura tardia de assembleias de voto complicou o dia. Votação prossegue hoje em 32 mesas


Os angolanos voltaram às urnas pela primeira vez nos últimos 16 anos. Mas a jornada foi agitada.

Muitas assembleias abriram bastante mais tarde do que o previsto e a UNITA pediu que o acto fosse repetido.

Face às críticas que se prolongaram por todo o dia, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) decidiu estender, durante o dia de hoje, a votação em 32 assembleias de voto na cidade de Luanda.

A confusão começou às primeiras horas da madrugada, quando em todo o país os eleitores começaram a afluir às assembleias de voto. Em muitos casos registaram-se atrasos, sobretudo em Luanda, mais tarde admitidos pela própria Comissão Nacional de Eleições, cujo porta-voz, Adão e Silva, assegurou que as urnas só seriam encerradas "depois de o último eleitor votar".

Duas horas depois da hora marcada para abertura das mesas de voto em todo o país, a chefe da missão de observação da União Europeia(MOE-UE), a italiana Luisa Morgantini, vice-presidente do Parlamento Europeu, considerava "um desastre, péssima", a organização nas assembleias que visitou na capital. "Há muitas assembleias de voto que não estão a funcionar, faltam cadernos eleitorais, algumas não estão sequer instaladas, delegados de lista foram rejeitados, alguns receberam credenciais falsas, com números de código de assembleias que não existem", afirmou.

Ao longo do dia a situação foi melhorando ligeiramente e a votação decorreu de forma mais normal, tendo Silva Peneda, eurodeputado português que integra a MOE-UE, enaltecido "o espírito de tolerância e grande civismo" com os que os angolanos estavam a encarar o dia. Foi neste quadro que, ao princípio da noite, após o fecho das urnas, vários partidos da oposição pediram à CNE para que "assuma as suas responsabilidades" face às várias irregularidades no processo de eleitoral de ontem. Alcides Sakala, líder parlamentar da UNITA, principal partido da oposição, classificava como "um escândalo" o atraso verificado, alertando para "uma tendência deliberada de se encorajar a abstenção", pelo que o líder do "Galo Negro", Isaías Samakuva, acabou mesmo por ir à CNE pedir a repetição das eleições. "Temos que reconhecer que o sistema praticamente entrou em colapso e precisamos de fazer algo para o recuperar", disse.


Comentário:Será, que já alguém pensou, que esta confusão que aconteceu com as eleições em Angola, pode ter sido um acto premeditado, da parte do MPLA e da CNE ?

Lembram-se da proposta, da realização do acto eleitoral em dois dias ?

É claro, que o euro-deputado português, cumpriu eficientemente o seu papel de bom samaritano.Estão muitos interesses em jogo.

Com esta confusão toda, talvez as eleições durem um mês ou mais, tal como aconteceu no Zimbabwé do ditador Mugabe.

ver e ler aqui: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=361987&tema=31

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Eleições em Angola : Reflexão

Terminou a campanha.

Agora, é o momento para reflectir, se possível, com base na mensagem de Eça de Queirós


" Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão "


ANGOLANOS NÃO PERMITAM QUE VOS TRAMEM PELA 2ª VEZ

Angolanos, usem o vosso VOTO, em vosso benefício.Em benefício de todos os Angolanos.Não se deixem enganar, por quem durante 33 anos, andou a TRAMAR-VOS.Andou a TRAIR-VOS, enriquecendo e corrompendo à custa da vossa dignidade, que neste momento, encontra-se à beira do abismo.Se votarem nos que estão no poder, passado 48 horas, voltarão ao passado, e a vossa dignidade e miséria continuará, enquanto eles vão continuar a enriquecer...

Pensem, muito bem... no uso que vão dar ao vosso voto.




terça-feira, 2 de setembro de 2008

QUEM TRAMOU O POVO ANGOLANO - PARTE I

Se dúvidas houver, a visualização dos vídeos, poderão ajudar a dissipá-las.Só não as dissipa, todos aqueles que estiverem cegos, e contaminados pela cassete comunista, das partes envolvidas.Vejam como eles, se abraçam tão EFUSIVAMENTE.A VITÓRIA DE AMBOS, ERA CERTA...ASSIM COMO, A DERROTA DO POVO MISERÁVEL

Reparem, que o imperialista cubano, até sabia naquela época (1975) de cor e salteado, sem gaguejar, as riquezas de Angola, de Cabinda ao Cunene... QUEM TRAMOU O POVO ANGOLANO ?


Quem tramou o POVO ANGOLANO - PARTE II

O caricato da situação, é que, o partido - MPLA, que tramou o POVO ANGOLANO, prepara-se para Vencer as Eleições, usando todos os meios que o poder, que ele ocupa desde a " TRAMÓIA" lhe permite, numa concorrência desleal ao acto eleitoral.O mais caricato, é que este POVO ANGOLANO, é um povo, tão sofredor e carente, não lhe permitindo VER, que quem os tramou, está mesmo à sua frente...Quem tramou o povo angolano foi o MPLA, Cuba, China e Rússia...
É triste verificarmos, que um partido, massacre e use um povo, para corruptamente atingir o poder, e através dele, negociar as riquezas e o povo do país, numa atitude de total desprezo e desrespeito.

É pena, que o POVO ANGOLANO, ainda não consiga ver, o que na verdade este partido, fez com ele



segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Camponeses do Huambo exigem igual distribuição da riqueza



HENRIQUE BOTEQUILHA, no Huambo
Jornalista da agência LUSA

Angola. A uma semana das legislativas, os habitantes da província do Huambo, ainda com a memória de guerras passadas, querem ter a certeza de que não voltará a haver conflito e de que terão acesso a melhores condições de vida



A votação traz o medo de um regresso a guerras passadas



As novas estradas estão a cruzar o Huambo e os camponeses que habitam uma das províncias mais devastadas pela guerra esperam que, a seguir ao asfalto, venha a distribuição justa das riquezas do país.




"A riqueza não está a ser bem repartida e somos penalizados. Não chega nada aqui", lamenta José Massuavo, camponês residente na aldeia de Candiobolo, no município de Kaala, a uns 40 quilómetros da cidade do Huambo."Mas dá para notar que, para quem trabalha no Governo, no Estado, o benefício é visível", acusa.






Em Candiombolo residem 380 pessoas. Algumas delas, as mais velhas, formam um semi-circulo para explicar, à vez, que esta aldeia de casas de adobe e telhados de capim tem solos fracos e que, entre estações, a comida escasseia.




Apesar do quadro de pobreza, estas pessoas têm uma consciência do potencial de Angola e, a mais de 600 quilómetros da capital, sentem que o caminho do desenvolvimento não chegou ainda a Candiombolo.
"Angola está preocupada com eleições, porque os penalizados somos nós mas agora podem ser eles - para não enriquecer sempre os que já têm", comenta Adelina Cavava, que vai dando de mamar ao seu mais novo filho.






Em Luvemba, noutro ponto da província, ainda se vêem vestígios da destruição da guerra, com buracos nas paredes por onde se vislumbram mulheres de pilão em punho a moer o milho. A água corre nos chafarizes, a electricidade produzida num gerador chega a quem tem dinheiro para a pagar.






A escola domina a localidade e, à hora do toque de entrada, dezenas de crianças sobem o morro vestidas com batas brancas e com as cadeiras de plástico em que se sentarão durante as aulas. Perfilam-se em frente de uma bandeira gasta da República de Angola e cantam o hino.



À mesma hora, debaixo de um enorme jango de madeira (construção circular para reuniões comunitárias), Marta Coayele reconhece que mudou muita coisa nos últimos três anos nesta comuna, destacando as melhoras na produção agrícola e na educação, o seu tema preferido: "Sem educação como o Homem fica? Um animal selvagem, pessoa analfabeta, pior do que um animal feroz."





O pensamento desta mulher de 42 anos associa eleições e guerra. "Se formos ver bem o que aconteceu em 1992, sobra sempre uma interrogação: a guerra vai acontecer ou não?"

Eugénio Cangano, a seu lado, está disponível para lhe explicar que "agora existe um único exército" e outro Eugénio (Ucuasape) acrescentará que as divergências fazem parte do jogo político.


Mas se a votação traz o medo de um regresso improvável a guerras passadas, por outro lado, Marta Coyele faz questão em alargar a sua ambição: "A paz e a tranquilidade não chegam, Angola é um país rico, toda a riqueza devia beneficiar todos."


"Andam na escola e sempre limpos. Não pode ser, Angola tem de ser para todos. Angola é para todos", continua Eugénio Ucuasape.


Os 89 mil habitantes do município de Londuimbali, também no Huambo, vêem as estradas a cortar a paisagem cercada pelas montanhas do Alto Hama. O asfalto brilha, mas a água escasseia. "Primeiro, prefiro a água, quanto à estrada posso ir a pé mesmo", diz Carlos Lomeke, um camponês de 22 anos.





Há cânticos a ecoar em todos os lados, a luz do sol está em toda a parte. Católicos de um lado, evangelistas do outro, os adventistas já tiveram o seu dia e descansam. Dia de missa a menos de um mês das legislativas. Lomeke canta: "Aleluia!"