sábado, 30 de maio de 2009

ANGOLA ENTRE OS PAÍSES À MARGEM DOS DIREITOS HUMANOS EM 2008

Fonte: o apostolado

Angola vem uma vez mais citada no relatório anual da Amnistia Internacional, AI. O país lusófono figura entre as nações que mais violaram os direitos humanos em 2008.

O documento considera que as autoridades angolanas cometeram alguns abusos no desalojamento das populações na cidade de Luanda.

“ Em Angola a situação preocupa-nos particularmente” - sublinha o porta-voz da secção em português da AI .

Pedro Kapusisk refere que “ há alguns desalojamentos forçados que ocorreram para o próprio desenvolvimento urbano de Luanda”, mas que de algum modo geram-se à margem dos direitos humanos.

“Cerca 200 famílias foram desalojadas para as periferias de Luanda, sem qualquer compensação ou foram dadas alternativas insuficientes”, relata Pedro Kapusisk.

As autoridades angolanas são ainda acusadas de limitar a liberdade de expressão e ao trabalho de alguns defensores dos direitos humanos.

Cita o “ gabinete dos direitos humanos da ONU que foi convidado a sair, uma ONG que foi encerrada, a SOS habitat, os investigadores da Amnistia que levaram mais de um ano a espera de vistos para trabalhar directamente em Angola”, entre outros.

A actuação da polícia é também criticada mas, elogia a criação da polícia de proximidade.



Comentário: Não adianta maltratar violentamente o povo à «bastonada», nem reprimir a liberdade de expressão,com os meios tecnológicos altamente sofisticados, ao alcance de todos aqueles que se preocupam em defender os direitos e deveres da liberdade dos cidadãos.

Tudo se sabe...


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Dia da África

Fonte: Pravda



Um apelo à hipocrisia

Amanhã é 25 de Maio. O dia em que se formou a Organização da Unidade Africana em 1963. É o dia em que a comunidade internacional recorda que África existe e com egoísmo presunçoso, tenta coletivamente ganhar pontos promovendo todas as causas africanas enquanto perpetua os males que assombram os africanos.Tornou-se moda, para tantos, serem vistos como campeões de uma caridade ou de uma ONG africana para as mesmas razões que apresentar um bebê negro ao colo, patrocinar uma criança africana ou adotar um bebé sub-sahariano atrae a atenção mais facilmente do que algum miserável das espeluncas de Mumbai, uma moça indesejada da Mongólia Interior ou de qualquer outra criança que teve a infelicidade de ter nascido no lado errado de alguma fronteira.

Especialmente se a criança africana é fotogénica.

Mas quem, por exemplo, diz uma palavra sobre as crianças Sahraui, ou então do povo da Sara Ocidental, invadido e anexado pelo Marrocos em 1976 e negado o direito a ser nação? Quem aumenta a consciência pública sobre os milhares de línguas africanas - e simultaneamente de culturas - ameaçadas com a extinção quase numa base diária?

Quem se importa que os governos ocidentaisos mesmos que tiveram tantos dilemas sobre Saddam Hussein - negoceiam com regimes africanos não-democráticos, fazendo vista grossa aos seus abomináveis registos de Direitos Humanos?

Quem lê sobre as onze milhões (11.000.000) de pessoas deslocadas em África central e oriental, a pior crise de deslocação do mundo, causada pela violência por sua vez ventilada pelos poderes exteriores que continuam a desejar governar África com uma política da divisão interna, enquanto espreitam os recursos do continente e subornam os gerentes das instituições que os controlam?

Se corrupção existe em África, não é só porque os oficiais são corruptos, é igualmente porque foram corrompidos.Mas de repente, beleza! É o dia 25 de Maio! É dia da África! E amanhã tantos vão vestir a camisola da África e vão tirar a poeira dos apontamentos do ano passado, fazendo umas alterações à peça de opinião e apoiando as Grandes Causas Africanas de 2009 (depois de terem passado sem dúvida um ano inteiro a escrever disparates sobre África, ou não terem escrito nada, ou terem feito comentários insultuosos e racistas contra Africanos).


(O África Minha, subscreve e assina por baixo, tudo que está expresso neste texto)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Lançamento do Livro "Kimalanga" do escritor angolano Fernando Teixeira (Baião)

22 de Maio de 2009, às 18h na Casa de Angola em Lisboa, é apresentado o mais recente trabalho do Fernando Teixeira (Baião).

Estão pois intimados, convocados ou convidados a participarem no lançamento do livro “Kimalanga”, um livro de uma mordacidade acutilante, bem ao jeito do excelente contador de histórias que é este autor.


Prefaciado pelo Carlos Ferreira (Cassé), editado em simultâneo pela Prefácio e pela Chá de Caxinde, foi posto à venda a partir do dia 15 de Maio.A autoria da capa, pertence à pintora angolana, Arlete Marques(Lette).Se pretender estar com o Fernando Teixeira (Baião), nada melhor que participar no lançamento do livro no dia 22 de Maio, ali para os lados do Rato na Travessa da Fábrica das Sedas, em Lisboa.

Fernando Teixeira (Baião), é um angolano de Malanje, luandense de sempre, ocasionalmente belga por motivos políticos, foi quadro dirigente da banca angolana governante numa fase difícil da história de Angola.Hoje reformado, o economista foi emprestado à escrita, e a sua criatividade e sagacidade fazem com que “Kimalanga” chegue às bancas como o seu quarto livro.

Se querem saber mais, vão à Casa de Angola e assistam ao que se vai dizer dele. Quem não puder vir a Lisboa, ou não quiser subir ao Rato, pode comprar o livro e lê-lo!

INEVITAVELMENTE, TÁXI PÁRA NOS CEM KWANZAS EM LUANDA

Fonte: o apostolado

Defenitivamente, os taxistas de Luanda passaram a cobrar 100 kwanzas por corrida.

Uma subida anárquica significativa no custo de vida da esmagadora maioria de trabalhadores da capital, que pouco contam com os transportes públicos.

Um dos percursos mais dolorosos é sem dúvidas Luanda/ Viana.

Os utilizadores contaram ao Apostolado que acordam às três da manhã, para chegar entre 6 e meia e 7 horas no local de trabalho.

“ Não está fácil morar em Viana e trabalhar em Luanda ou vice-versa. Temos que acordar muito cedo para evitar engarrafamento e apanhar entre 4 a 5 táxis, que agora estão todos a 100 kwanzas” – resmungava Marcelina Naquinta, residente no bairro caope de Viana.

A nossa entrevistada conta que “ gasto entre 1000 a 1200 kwanzas de táxi todos os dias, desde que entrou em vigor o novo código de estrada, porque os taxistas dizem que passaram a ter mais custos”.

Naquinta é pasteleira em Luanda e ganha 25 mil kwanzas, salário que, segundo ela, “ fica todo nos táxis e por isso acho que só venho passear todos os dias em Luanda. Estou a pensar em abrir a minha própria pastelaria mas, lá está, terei que vir muitas vezes ao Roque Santeiro, onde costumamos comprar a maioria dos produtos”.

O relato é extensivo a outras rotas como Cacuaco/Luanda, Benfica Luanda ou Samba/Luanda, onde os engarrafamentos infernizam a vida e as expectativas de quem trabalha ou procura algo para sobreviver.

E, o que anima nas viagens de táxi, em Luanda, são as anedotas contadas pelas nossas rainhas “zungueiras”, que assim diluem a tristeza numa alegria simulada, porque difícil de esquecer são as crianças que as costas lembram, sem saber quando regressar à casa.

Diz Domingos Alberto, do Benfica, que “Luanda está a ultrapassar as medidas. As obras demoram muitos anos, os engarrafamento aumentaram, não se vê a prestação dos novos autocarros e os candongueiros estão insuportáveis. O que me dói é que o Governo é que o Governo também parece que colabora. É só ver que eles não criaram condições e fizeram um código de estrada nesta altura”.

São críticas e observações que se multiplicam por cerca de 25 mil táxis legais e ilegais que circulam na cidade.

O custo de vida subiu reflectindo-se no rendimento das famílias. Coisa para dizer que Luanda está de pedra e cal na liderança das cidades mais caras do mundo, sem que tal signifique uma qualidade na vida dos citadinos.

Um balanço imediato indica-nos que pelo menos um trabalhador que gasta cerca de 600 kwanzas diários em transportes e outros 700 em alimentação ( daquela da esquina), tem na sua conta de 22 dias úteis 28.600 kwanzas, superior ao salário da nossa pasteleira.
Uma questão para o Conselho de Concertação Social.


Comentário: Pois é, o povo reclama, barafusta, mas não vai adiantar nada, tão sómente, porque foi esse mesmo povo que votou maioritáriamente naqueles que pretendem continuar a sacar e vão fazendo leis sem criarem primeiro as condições para serem aplicadas.Todos ao molhe e fé em Deus, que o povo é que decidiu e deve ser respeitada a sua vontade e o destino da sua escolha.É mesmo coisa para dizer, Luanda e Angola vão continuar andar na boca do mundo pelas boas e pelas más razões.Os novos ricos felizes da vida e recomendam o país, o pobre infeliz, reclamando e tentando fugir dele(país).

Os meninos de angola, que por sinal até são da minha vizinhança, são dois jovens angolanos com formação superior tirada em Portugal, quando se fala em Angola e nas oportunidades que actualmente ela apresenta para eles, tão sómente respondem:

- Ir para Angola, só de férias!!Nós estamos tão bem aqui.Temos emprego, casa, carro e somos reconhecidos.Se fossemos para lá, tínhamos que ser estrangeiros ou andar atrás das cunhas (influências) para conseguir ter um lugar ao sol (emprego) capaz de garantir as despesas exigidas pelo nível de vida praticado.

Eles, é que são espertos.Não se deixam enganar pela lenga-lenga politqueira nem cegar pelas estrondosas obras de reconstrução, onde só, uma minoria com um nível de vida BASTANTE ELEVADO, consegue viver, misturando luxos com lixo e degradação, contibuindo e ajudando a publicitar o marketing das empresas internacionais que eles representam e o poder político que lhes facilita esse nível de vida, atirando cada vez mais, com o pobre povo angolano para a fossa.Fossa, é também coisa rara em Angola.Um luxo para o pobre que conseguir obtê-la.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Os Petrodólares dos Barris do Petróleo Angolano e a FOME E POBREZA DAS CRIANÇAS ANGOLANAS



É impensável, que as receitas geradas pelo Petróleo (crude) Angolano, não seja suficiente para Apoiar as crianças angolanas.


Por outro lado, se as receitas são suficientes para apoiar projectos megalômanos, como shoppings, condomínios, festas de arromba, casas no mussulo, etc, destinadas à nova classe social dos novos ricos, que usam óculos escuros todos os dias ao passarem nas estradas de Angola, por crianças em situações idênticas à da foto em anexo.


Ver mais imagens e saber mais, aqui: http://kandando-angola.forum-livre.com/


Tópico Dedo N'Frida - Profissões de Rua


Nota: É necessário fazer registo