quinta-feira, 5 de setembro de 2013

IPGUL e Ordem dos Arquitectos analisam situação urbanística de Luanda


O Instituto do Planeamento e Gestão Urbana de Luanda (IPGUL) e a Ordem dos Arquitectos de Angola (OA) analisaram dados técnicos ligados a situação urbanística e o exercício da arquitectura e urbanismo na capital do país. De acordo com o director-geral do IPGUL, Hélder da Conceição José, o encontro permitiu divulgar as realizações da instituição no domínio do ordenamento do território, sobretudo as executadas nos últimos cinco anos. “Hoje apresentamos a informação territorial que temos estado a organizar na perspectiva de organizar o território, que infelizmente apresenta problemas graves”, afirmou o arquitecto. Por seu turno, o presidente da Ordem dos Arquitectos, Victor Leonel Miguel, informou que o encontro permitiu tomar conhecimento das acções que a IPGUL tem estado a desenvolver em termos de planeamento urbano e gestão Urbana. “Nós a ordem dos arquitectos percebemos os critérios usados na aprovação de projectos, bem como o tempo que levam os processos para a sua anuência,” disse. O Instituto de Planeamento e Gestão Urbana de Luanda foi criado a 6 de Fevereiro de 2007 para responder às necessidades de regulação urbanística da província de Luanda, face aos problemas de sobrecarga demográfica e o caos urbano provocados pela ausência de instrumentos de planeamentos e gestão urbana. Parte do troço pólvora/Gamek com nova camada de asfalto Pelo menos 300 metros dos seis quilómetros do troço entre a antiga fábrica de pólvora (Cacuaco) e o bairro da Gamek (Viana) receberam a primeira camada da sub-base de asfalto e rede de drenagem, no quadro da reabilitação das vias secundárias e terciárias da capital do país. Em declarações hoje (sexta-feira) à Angop, o responsável da empreiteira Aglobal, Cláudio Mateus, informou que os trabalhos na via estão subdividido em três lotes e consistem na terraplenagem, criação de valas de drenagem, colocação de redes técnicas, lancis, asfaltamento, sinalização e iluminação pública. Após terminar, a via, de acordo com o responsável da construtora Aglobal, terá duas faixas de rodagem de 3,5 metros cada e um metro de bermas em cada sentido. O troço mereceu a visita recentemente do secretário de Estado da Construção, António Flor e de um grupo de técnicos do Instituto de Estradas de Angola (INEA), no quadro da constatação das obras rodoviárias em curso naquela circunscrição.

Um total de 23 trabalhadores, na sua maioria jovens locais, trabalham na recuperação do troço.

Fonte:Governo Provincial de Luanda

Angola Não é de Ninguém

Angola Não é de Ninguém, é um filme documentário que narra aspectos da história colonial e contemporânea de Angola, sob a perspectiva de João Cristóvão António, angolano nascido em 1930, ou seja, 45 anos antes da Independência do país.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Lobito, 100 anos sem nada

 

 
A cidade do Lobito está em plena comemoração dos seus cem anos, alguém já reparou? Mas é isso mesmo, se não se nota pelo menos o marco é este mesmo.
A cidade fecha-se por volta das vinte horas, nada de espectáculos.No fim-de-semana nada de festas de rua, nem teatro de rua, nem corridas de sacos, nem rali-papers, nada.Pelos vistos, o programa previsto está mesmo previsto (porque não se vê) apenas para ser executado pela administração, ou controlado, quando nestas coisas a actividade deve ser da comunidade.Não acredito que as associações de estudantes, culturais e recreativas estejam tão secas de imaginação.Nem concurso de melhor jardim há.Aí as casas ficariam mais bonitas.Há habitantes da cidade que nem suspeitam do centenário que se “vive”.
As exposições de arte, os saraus culturais, as sessões de poesia, a mostra fotográfica sobre a urbe, as actividades para as crianças das escolas, como sessões de contos infantis… onde está aquilo que mostra que uma cidade está a viver a festa dos seus cem anos?Que grande desperdício. Nem grandes outdoors, enfim…
Mas esta crónica não pretende desmoralizar quem queira visitar a cidade, haverá certamente espaço para as raves e maratonas.Há hotéis novos, as ruas estão limpas, continua a beber-se muito - o emprego falta.Como uma boa programação das festas poderia ocupar muita gente…As praias mantêm-se convidativas.Há encantos do Lobito que nem a inércia cultural (ou incompetência?) da administração consegue apagar.Quanto ao resto, tipo programação cultural e roteiros, arranje-se.
No entanto, escolha bem o seu hotel.Caros são todos, é normal em Angola.Os empresários angolanos da hotelaria resolveram que cada cliente traz diamantes nos bolsos e é um excelente alvo a assaltar. Aliás, acho que eles julgam que as pessoas se sentirão ofendidas se os preços forem pelo menos razoáveis.E agora então que têm de pagar a “consultores” aqueles preços….Um destes dias o negócio fale e o consultor vai embora com o seu pé-de-meia feito. O resto que vá para o desemprego.
O nosso empresário hoteleiro prefere ter a casa às moscas a fazer promoções que atraiam jovens estudantes, por exemplo.As férias, época baixa e época alta são coisas que não lhes dizem nada.No limite poderemos dizer que esta malta está a sabotar qualquer esforço para que os jovens viagem pelo país, para que descubram oportunidades noutras regiões e busquem fixar-se nelas.
Se os preços são altíssimos, já o serviço prestado, por favor, é absolutamente sofrível. No fim-de-semana passado estive num hotel do Lobito onde se alguém solicitar o serviço de quarto paga o alimento que pede e o serviço.Então, para uma tosta que custa oitocentos kwanzas (vejam o absurdo), se o empregado a for levar ao quarto a taxa é de dois mil kwanzas.
Neste mesmo hotel uma refeição feita de um prego no pão (um pão pequenino) e um galão vai aos três mil kwanzas.E não é que no balcão estavam umas baratas todas dengosas a passear a sua imundice?Calma, diz o empregado, isso é normal, qualquer hotel do mundo tem baratas e ratos, é por isso que temos aqui esta lata de insecticida.
 
José Kaliengue

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Estarão os angolanos a serem roubados pelas elites corruptas ?


Are Angolans being robbed by corrupt elite? por presstv

Acácia


O sítio da acácia
No lugar onde aprendi a dizer o teu nome
Abri um buraco fundo e plantei uma acácia,
Que cresceu até o infinito.
Vieram as aves em sucessivas primaveras
E fizeram ninhos quentes e macios
E criaram os filhotes,
Como se do alto daquela acácia florida
Fosse possível alcançar o céu.
Hoje, que o céu ficou plúmbeo,
Duma angústia com lágrimas de chuva
Nos olhos,
Já não me lembro que nome era o teu...
Sei apenas que a acácia está velha,
Como eu!

(Paulo César)

Luanda

 
 
 

Luanda


Nova Marginal de Luanda

                                                                  
 
Imagem Osbabacas