sábado, 9 de novembro de 2013

Jornal de Angola : Angola «um país de corruptos, analfabetos e ladrões».

Jornal de Angola volta a criticar «elites portuguesas»
  
 


Luanda – O Jornal de Angola voltou a criticar as «elites portuguesas ignorantes e corruptas», num editorial publicado esta sexta-feira, 8 de Novembro.
 
No artigo, intitulado «Inadmissível», o diário ataca os políticos, juízes e jornalistas em Portugal, a quem acusa de tentarem «intimidar os angolanos para estes deixarem de gerir com toda a soberania e independência o seu país».

O jornal estatal alega que as «elites portuguesas ignorantes e corruptas continuam no registo que sempre usaram contra os angolanos», ou seja, encarando Angola como «um país de corruptos, analfabetos e ladrões».

O editorial surge depois de a Procuradoria-Geral da República de Portugal (PGR) ter esclarecido, esta quarta-feira, 6 de Novembro, que o inquérito para apurar eventuais crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais visava a empresa Edimo e não o vice-presidente de Angola, Manuel Vicente.

O único diário no país contesta o facto de o comunicado da PGR possuir no título o nome de Manuel Vicente, quando este «não é arguido nem suspeito».

«Se o Ministério Público em Portugal abrisse um inquérito ao vice-presidente de um país da União Europeia ou dos Estados Unidos temos a certeza de que os seus nomes não iam fazer manchete nos noticiários dos barões de droga em que se transformou a comunicação social portuguesa», assegura o Jornal de Angola.

O estatal sublinha que perante este cenário não existem condições para estabelecer uma parceria estratégica entre Angola e Portugal. «Quem tem amigos assim, o melhor é virar-lhes as costas e negociar até com o diabo ou dialogar com os inimigos. É muito difícil dialogar com um país em que parece que ninguém se entende e estão todos virados para o tornar ingovernável.»

Recorde-se que no dia 15 de Outubro, o Presidente José Eduardo dos Santos anunciou a suspensão da construção da parceria estratégica com Portugal, devido a «incompreensões ao nível da cúpula e o clima político actual».
 
Fonte:Jornal Digital