sexta-feira, 11 de abril de 2008

Angola pede respeito por soberania e símbolos nacionais

Fonte: Lusa

Luanda - O governo angolano publicou nesta quinta-feira no Jornal de Angola (JA, estatal) um "veemente apelo" a "todos os cidadãos" para respeitarem os órgãos de soberania e os símbolos nacionais.

Numa "Declaração do Governo de Angola" datada de 6 de fevereiro, mas apenas hoje tornada pública em página inteira do JA, o executivo de Luanda destaca que os símbolos nacionais e os órgãos de soberania "não podem nem devem ser objeto de desprezo e desrespeito" por "consubstanciarem a própria Nação".

A declaração não aponta quaisquer casos ou exemplos de desrespeito, mas a sua publicação surge num momento em que um dos símbolos maiores de Angola e primeiro presidente da república, Agostinho Neto, está no centro de uma polêmica que envolve o escritor angolano José Eduardo Agualusa, que o considerou um poeta "medíocre".

No entanto, a polêmica que envolve Agualusa é posterior à data do texto assinado pelo governo da república.

No texto, o governo de Angola - chefiado pelo chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, que preside ao Conselho de Ministros - refere a importância de projetar uma boa imagem do país em dois grandes eventos em 2010: o 35º Aniversário da Independência e o Campeonato Africano das Nações (CAN).

Admite ainda que "a situação do país ainda não é a melhor", justificando que isso se deve ao prolongado conflito, aos constrangimentos enfrentados e aos fenômenos sociais "adversos", que permitiram "alguma desorganização e indisciplina".

Mas enfatiza que "urge reverter tal situação" através de uma "mudança radical de atitude de comportamento".


"Temos de respeitar as normas mínimas de convivência social, os espaços e os bens públicos e privados, o direito de cada um se expressar com liberdade e responsabilidade e promover o civismo como forma de vida", destaca o executivo.

Na página do JA dedicada à Declaração do Governo de Angola surgem três fotografias: à esquerda, na área inferior do espaço, a fachada da presidência da república, à direita o Símbolo da República e ao centro a fotografia de José Eduardo dos Santos.

No texto é ainda lembrado que "a autoridade do Estado e das suas instituições, exercida nos termos da Lei, não deve ser contestada nem posta em causa, mas é importante que os seus agentes e representantes dêem o exemplo e se comportem como modelos dignos de ser seguidos por todos os cidadãos".

"Vamos todos, nestes próximos dois anos, provar a nós próprios e ao mundo que não são casuais os nossos êxitos e as nossas vitórias e que, unidos e conscientes, podemos inserir-nos neste mundo com uma identidade própria e a disposição de competir, em pé de igualdade e a todos os níveis, com qualquer outro país neste mundo cada vez mais globalizado", refere.

O texto faz ainda menção à necessidade de integrar socialmente os mais desfavorecidos e de acelerar a organização social nas cidades e no universo rural, bem como "assumir a paz e a reconciliação nacional e o diálogo social permanente".

No documento não é feita qualquer referência às eleições legislativas que José Eduardo dos Santos anunciou no discurso de final do ano para 5 e 6 de setembro, apesar de ainda não estar formalizada a data.



Comentário:Achei particularmente interessantes estas expressões: "Temos de respeitar as normas mínimas de convivência social, os espaços e os bens públicos e privados, o direito de cada um se expressar com liberdade e responsabilidade e promover o civismo como forma de vida" - "a autoridade do Estado e das suas instituições, exercida nos termos da Lei, não deve ser contestada nem posta em causa, mas é importante que os seus agentes e representantes dêem o exemplo e se comportem como modelos dignos de ser seguidos por todos os cidadãos".

Esta declarção do Governo está datada de 6 Feveriro.Manteve-se em " banho maria" guardada na gaveta do responsável do Jornal de Angola (director), aguardar pela melhor oportunidade ou quem sabe, da manipulação através da " ordem do todo PODEROSO CHEFE DA NAÇÃO " em representação do seu partido, MPLA.

A cubata do poder, está a começar a abanar.No seu interior o "ar" começa a ficar insuportável, carregado de hipocrísia e armadilhas, por parte do "Todo Poderoso da Nação" no uso e abuso dos seus poderes.Manda os seus súbitos, respeitar tudo e todos, com responsabilidade e controle na liberdade ( tento na língua e actos), promovendo o civismo.Por outro lado, ameaça maliciosamente os seu súbitos, relativamente à autoridade do Estado e das suas instituições, que não devem ser colocadas em causa nem contestadas.O maior escândalo da hipocrísia, é afirmar na dita declaração, que: os agentes e representantes dêem o exemplo e se comportem como MODELOS DIGNOS de ser seguidos por todos os cidadãos. (esqueceram-se de encomendar espelhos á China)

Perante estes dados, ficamos " CONFUSOS " e na DÚVIDA, se o Presidente da Nação, estará a passar bem de saúde.Se não sofrerá, de nenhuma doença do foro mental.Tipo falta de memória temporal.Todos viram e ouviram José Eduardo dos Santos, proclamar perante a África e o Mundo inteiro, que as Eleições Legislativas de 2008 serão realizadas em 2 dias (5 e 6 de Setembro).

Mantendo a velha tradição de autoritarismo e desrespeito, pelos cidadãos ANGOLANOS e MUNDIAIS, contradizendo a sua declaração, de pedido de respeito pela soberania e símbolos nacionais, não dando a devida importância que os agentes e representantes do ESTADO dêem o exemplo e se comportem como modelos dignos de ser seguidos por todos os cidadãos.Atropelando o " número 1 do artigo 38 da Lei Eleitoral, que estabelece que a eleição realiza-se no mesmo dia, em todo o território nacional".Violando e desrespeitando de forma PÚBLICA DESCARADAMENTE, ESCANDALOSA E SOLENE a Lei Eleitoral (uma das principais Lei), um dos principais instrumentos que ajudam a consolidar a DEMOCRACIA.

Com este comportamento, estará o Presidente da Nação a SER UM MODELO DIGNO?Estará a respeitar a SOBERANIA POPULAR E UM DOS MAIORES SÍMBOLOS DA DEMOCRACIA - O VOTO ?

Os Deuses em Angola, devem estar com graves traumas de GUERRA, e com a FOBIA PELO PODER, aumentaram os índices da sua LOUCURA.Necessitam urgentemente de uma PAUSA, para internamento num Hospital Psiquiátrico, para curar as suas LOUCURAS, ou umas férias no Zimbabué.


Que moralidade, tem o Presidente da Nação, ao serviço de um partido - MPLA, fazer uso do seu poder, para fazer DECLARAÇÕES a exigir respeito, aos símbolos pelos quais ele e os agentes e representantes do seu ESTADO, nunca respeitaram.Pelo contrário, atropelaram constantemente os símbolos e o POVO (poder popular) numa luta CEGA pela POSE DAS RIQUEZAS DA NAÇÃO, pelo seu bem estar pessoal e das suas famílias.

Qualquer cego, é capaz de ver e comparar, a miséria a que o POVO está renegado, e às Fortunas - RIQUEZAS acumuladas pelo Presidente da Nação e sua familia, pelos agentes e representantes do Estado, antes, durante e depois da guerra.Valeu tudo, no maior desrespeito pelo maior SÍMBOLO DE UMA NAÇÃO - O POVO, a quem hoje exigem e ameaçam com o AUTORITARISMO e PREPOTÊNCIA DE SEMPRE.

Senhor Presidente a sua declaração e publicação são intencionais, prestam um serviço ao partido que o senhor representa.Noutras partes do mundo, chamamos à sua declaração, uma intenção de influências - Uso do poder para coagir.

Senhor Presidente, noutras partes do mundo a realização das eleições durante 2 dias, contribuem para a VICIAÇÃO - MANIPULAÇÃO - FRAUDE ELEITORAL. (era bom e aconselhável que tomasse como exemplo o acto eleitoral do Zimbabué.A não ser que...estejam à espera da UNITA, para que tome a iniciativa, no sentido de denegrir o acto eleitoral e o MPLA e pegue fogo à cubata...)

Senhor Presidente, em Angola, até o impossível é possível.Até a mentira, é a mais PURA DAS VERDADES ( número 1 da lei da corrupção e branqueamento para denegrir e usufruir).

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