Ideia é defendida por Paulo Morais, vice-presidente da associação «Transparência e Integridade» e ex-autarca do Porto
O vice-presidente da associação «Transparência
e Integridade» considerou hoje que seria «muito higiénico» para a democracia que
a justiça verificasse a proveniência do capital angolano que adquire
«participações relevantes» na banca portuguesa e nas empresas do PSI-20.
Paulo Morais, vice-presidente da associação «Transparência e Integridade», falava à agência Lusa sobre a investigação da justiça portuguesa a vários cidadãos e empresários angolanos - que são figuras de topo do regime angolano -, por suspeitas de branqueamento de capitais, no dia em que o Ministério Público (MP) anunciou o arquivamento do processo relativo ao procurador-geral da República de Angola (PGR), João Maria Moreira de Sousa.
O dirigente da associação cívica «Transparência e Integridade» reconheceu que o problema do branqueamento de capitais «não é só de Angola», mas observou que «os angolanos têm relevância neste dossier», cabendo à justiça portuguesa «avaliar da origem de muito do capital que anda a comprar participações em empresas portuguesas», nomeadamente de «alguns grupos económicos mais relevantes e empresas que estão cotadas no PSI-20».
«Não vejo, infelizmente, em Portugal esse tipo de preocupações, mas gostaria de ver a justiça a identificar com clareza qual a proveniência de algum do capital, nomeadamente angolano, que hoje representa participações na banca em Portugal, nos petróleos e em muitas das empresas do PSI-20».
Segundo o antigo vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, era «muito interessante, importante e até higiénico» para a democracia portuguesa apurar a proveniência desse capital, porque «nem todo o capital é bem-vindo», numa democracia que se pretende «séria e europeia».O vice-presidente da «Transparência e Integridade» sublinhou ainda que grande parte desse capital «nem sequer cria riqueza», limitando-se a adquirir participações em empresas já existentes. «Não há novas fábricas, não há novas explorações agrícolas, não há criação de emprego por via da presença do capital angolano», disse.
Além de defender que a proveniência do capital angolano «deve ser mais escrutinado», Paulo Morais criticou ainda a «subserviência permanente dos políticos portugueses ao regime angolano», observando que chega a ser «patética».
Paulo Morais criticou neste aspeto o atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, assim como o seu antecessor, Paulo Portas, pela atitude evidenciada perante as autoridades angolanas face aos casos judiciais que envolvem cidadãos e empresários angolanos, ligados à esfera do poder em Luanda.
Paulo Morais, vice-presidente da associação «Transparência e Integridade», falava à agência Lusa sobre a investigação da justiça portuguesa a vários cidadãos e empresários angolanos - que são figuras de topo do regime angolano -, por suspeitas de branqueamento de capitais, no dia em que o Ministério Público (MP) anunciou o arquivamento do processo relativo ao procurador-geral da República de Angola (PGR), João Maria Moreira de Sousa.
O dirigente da associação cívica «Transparência e Integridade» reconheceu que o problema do branqueamento de capitais «não é só de Angola», mas observou que «os angolanos têm relevância neste dossier», cabendo à justiça portuguesa «avaliar da origem de muito do capital que anda a comprar participações em empresas portuguesas», nomeadamente de «alguns grupos económicos mais relevantes e empresas que estão cotadas no PSI-20».
«Não vejo, infelizmente, em Portugal esse tipo de preocupações, mas gostaria de ver a justiça a identificar com clareza qual a proveniência de algum do capital, nomeadamente angolano, que hoje representa participações na banca em Portugal, nos petróleos e em muitas das empresas do PSI-20».
Segundo o antigo vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, era «muito interessante, importante e até higiénico» para a democracia portuguesa apurar a proveniência desse capital, porque «nem todo o capital é bem-vindo», numa democracia que se pretende «séria e europeia».O vice-presidente da «Transparência e Integridade» sublinhou ainda que grande parte desse capital «nem sequer cria riqueza», limitando-se a adquirir participações em empresas já existentes. «Não há novas fábricas, não há novas explorações agrícolas, não há criação de emprego por via da presença do capital angolano», disse.
Além de defender que a proveniência do capital angolano «deve ser mais escrutinado», Paulo Morais criticou ainda a «subserviência permanente dos políticos portugueses ao regime angolano», observando que chega a ser «patética».
Paulo Morais criticou neste aspeto o atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, assim como o seu antecessor, Paulo Portas, pela atitude evidenciada perante as autoridades angolanas face aos casos judiciais que envolvem cidadãos e empresários angolanos, ligados à esfera do poder em Luanda.
Hoje, a PGR anunciou o arquivamento do processo relativo ao PGR angolano, num caso alegadamente relacionado com um depósito de cerca de 70 mil euros na sua conta bancária em Portugal, dinheiro esse transferido de uma «offshore» nas ilhas Caimão, mas, segundo notícias publicadas na imprensa portuguesa, decorrem investigações a outros angolanos, designadamente Manuel Vicente, Helder Vieira Dias «Kopelipa» e Lepoldino dos Santos, todos figuras de topo do regime angolano.
Fonte:TVI
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