domingo, 7 de dezembro de 2008

Angola proíbe documentário sobre a intervenção cubana em África

Fonte: Jornal Digital


LuandaO governo angolano proibiu a exibição do documentário «Cuba, uma Odisseia Africana», realizado pela francesa Jihan El Tahri, sobre a presença cubana em África e a sua intervenção militar, nomeadamente em Angola.

O documentário foi realizado em 2007 e revela África, um dos seus cenários mais desconhecidos, como um dos principais palcos da Guerra Fria. Entre 1961 e 1989 as nações africanas que tinham alcançado a independência, ou que lutavam ainda por ela, tiveram que enfrentar não apenas as antigas potências coloniais mas também as aspirações hegemónicas das duas potências, União Soviética e Estados Unidos, sobre o continente africano. Os soviéticos queriam prolongar sua influência a um novo continente, os Estados Unidos aspiravam a apropriar-se das riquezas naturais de África, os países colonizadores sentiam escapar o seu potencial colonizador e as nações recém-criadas pretendiam defendiam a sua independência.

Através de alianças internacionais os países africanos tentaram manter-se aquém desta disputa e garantir a sua independência protagonizando uma luta contra o capitalismo, o socialismo e o colonialismo. A ajuda dada por Cuba a revolucionários como Patrice Lumumba, Amílcar Cabral e Agostinho Neto foi importante uma vez que o país teve um papel de liderança na tentativa das nações africanas de controlar os seus próprios destinos. O documentário aborda a Guerra Fria e os seus conflitos focando o envolvimento de Che Guevara no Congo ou a batalha do Cuito Cuanavale em Angola, mostrando como a Cuba de Fidel Castro teve um papel crucial, embora pouco conhecido, na nova estratégia ofensiva das nações do Terceiro Mundo.

São feitas algumas revelações que vão contra o que é do conhecimento do público em geral sendo talvez essas revelações a causa de alguns acontecimentos menos democráticos. Segundo o documentário, o número exacto de soldados cubanos em território angolano era superior ao que é actualmente conhecido, mostra que foram os cubanos que estiveram nas frentes estratégicas da batalha do Cuito Cuanaval e que as tropas angolanas inicialmente sofreram derrotas nesta batalha. Talvez por causa destas revelações, um professor da Universidade Lusíada, e também comentador político, mostrou o documentário «Cuba, uma Odisseia Africana» e, além de ter sido chamado à atenção, pelos Serviço de Inteligência Militar, deixou de fazer comentários quer na Televisão Pública de Angola (TPA) quer na emissora estatal angolana (RNA). O semanário «Novo Jornal» classificou como «censurado» o filme que está a gerar polémica.




Comentário:O único comentário que apetece fazer, é dizer aos senhores encarregues pela " censura angolana", que: Quem não deve.Não teme.

Angola, continua a ser governada por uma democracia e liberdade de expressão, puramente e exclusivamente de FACHADA.
A verdadeira história de Angola, só será construída e conhecida quando as pessoas que têm este tipo de comportamentos, desaparecerem da face da terra.

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