quarta-feira, 25 de junho de 2008

FALHAS ESTRUTURAIS DETERMINARAM COLAPSO DA DNIC

Fonte: VOA

O relatório da comissão de inquérito criada para averiguar as causas que estiveram na base da derrocada do edifício onde funcionou a DNIC-Direcçao Nacional de Investigação Criminal, no passado dia 29 de Março, foi apresentado hoje na reunião do Conselho de Ministros.

O relatório concluiu que as causas do desabamento do edifício foram a falta de capacidade das peças estruturais, nomeadamente pilares, vigas e lajes, para suportarem o excesso de cargas acidentais e permanentes a que a estrutura estava sujeita.

O director do Laboratório de Engenharia de Angola, Molares de Abril pormenorizou as causas, afirmando que o excesso de peso foi a razão principal da queda do edifício.

« Depois da análise de toda a informação recolhida e da análise da estrutura do edifício concluiu-se que a derrocada do edifício se deveu a factores estruturais; o edifício tinha problemas estruturais que foram agravados com um tipo de ocupação que não era a inicialmente prevista no projecto».

Para além disso, o director do Laboratório de Engenharia de Angola falou também dos problemas que o edifício tinha com humidade nos solos na fundação.

« Tinha problemas com humidade nos solos na fundação. Portanto, tinha baixa capacidade resistente nos solos de fundação e tinha também baixa capacidade resistente na estrutura para as solicitações a que estava sujeito nos últimos tempos. Aquilo foi feito para uma estrutura do tipo aparthotel e foi ocupado para escritórios, a maior parte daqueles gabinetes eram escritórios, passavam pela DNIC em dias de muito trabalho mais de mil pessoas. Uma ocupação completamente diferente daquela que foi prevista no projecto inicial na fase de construção. Estamos a falar das solicitações superiores duas ou duas vezes e meia das solicitações iniciais do projecto. Por isso é que eu digo que o tipo de ocupação era diferente daquela que foi inicialmente concebida.»

Molares de Abril apontou ainda alguns erros de construção, afastando, entretanto, a hipótese da queda do edifício estar ligada ao manto freático existente naquela zona. (AMendes)


Comentário: Eu não sei qual é o nível de formação nem de especialização dos técnicos angolanos encarregues de elaborar as causas do desabamento do edíficio da DNIC.Mas uma coisa eu sei e a restante opinião pública também sabe, que todos os edíficios em Angola, particularmente na cidade de Luanda sofrem do mesmo mal (causa) excesso de lotação.Portanto não é necessário para quem não é leigo na matéria, aceitar que levem cerca de dois meses e meio para elaborar um relatório sobre as causas do desabamento, para concluírem que o mesmo deveu-se a « excessos de lotação e de peso, que foram fragilizando as peças estruturais, assim como da humidade dos solos.

Estes técnicos, levaram tanto tempo a apurar causas, onde não eram necessários estudos aprofundados para o seu apuramento, pois as mesmas podem ser constatadas pelo cidadão comum diáriamente, bastando para tal conviver e observar a olho nú para a degradação, que não só o edíficio da DNIC sofria, como a maioria dos edíficios que foram construídos na época colonial, sem que nunca tenham sofrido obras de conservação, pelo contrário só sofreram degradações constantes.

A conclusão deste relatório por parte dos técnicos angolanos, só demonstra aquilo que todos aguardavam à muito.Incompetência, desleixo, compadrio, falta de profissionalismo e outros itens semelhantes.


No entanto, gostaria de salientar a malícia empregue pelo Morales Abril ao apontar "alguns erros na construção".Por outras palavras, este técnico pretende passar a mensagem que os colonos portugueses, podem não só, ter sido incompetentes, cometendo erros na construção do edíficio da DNIC, mas também em outros edíficios semelhantes, que são a maioria na cidade de Luanda.Para mim, esta dedução maliciosa revela a falta de carácter e de responsabilidade e até que ponto estes responsáveis pela segurança e pela qualidade de vida dos angolanos são capazes de ir, para fugirem ao reconhecimento das suas incompetências.Para tal, basta olharmos para o edífico do kinaxi (ver foto) inacabado pelos colonos, para comprovarmos a qualidade e os erros cometidos na sua construção na época colonial.Este edíficio actualmente serve de tecto (habitação) a centenas de famílias de angolanos, consequentemente sofrendo de todos os males, alguns deles bem piores que os males do edíficio da DNIC , continuando em pé, firme e resistente a todas as tempestades naturais e humanas, incluindo as morteiradas do material bélico empregue nas vossas guerras

Lembram-se do desafio lançado aqui, sobre existir " gato escondido com o rabo de fora " no post : http://africaminhamami.blogspot.com/2008/06/caso-dnic-os-resultados-do-inqurito-na.html
Este relatório indica-nos que o gato eram os "erros de construção dos portugueses" e como tal não era necessário nem obrigatório serem recebidos pelo dito senhor.Compreendemos agora as causas para tal comportamento.Os portugueses servem de desculpa para os erros dos angolanos na mesma proporção que serve a raça branca para o ditador Mugabe.

Para aqueles que têm memória curta e sofrem de deficiências visuais, deixo aqui exposto algumas fotos que servem como exemplos de edíficos construídos durante a época colonial, para que possam comprovar a sua qualidade e erros na sua construção por parte dos portugueses




- Este edífico faz parte da paisagem de enquadramento semelhante a muitos outros na cidade de Luanda.Está à espera de desabar, devido aos erros de construção, excesso de lotação e de peso.









- Este edíficio situa-se no Kuito.Nem as morteiradas da guerra conseguiram desabá-lo.Tudo devido aos erros sólidos de construção





Para concluir, penso que ninguém estava à espera que o relatório às causas do desabamento da DNIC, após dois meses e meio para a sua conclusão, fosse diferente do apresentado.Até porque, se tal viesse acontecer, muitas cabecinhas "armadas em inteligentes" iriam rolar quer na opinião pública angolana e internacional quer ao nível dos governantes desgovernados.Onde e com quem estão os sacos dos diamantes que se encontravam no edíficio da DNIC?

Por favor, não atirem mais « areia dos escombros do desabamento da DNIC para os olhos quer do povo angolano, quer do mundo em geral»

A existirem burros cegos e incompetentes, são os técnicos que elaboraram o relatório.O país está todo desgovernado e corrompido

Água - Petróleo do povo angolano


Comentário:No país do progresso, a ÁGUA É O PETRÓLEO DO POVO.

Quem tem moralidade para condenar o povo que vive miserávelmente, atendendo que Isabel dos Santos (descendência made in URSS), filha de José Eduardo dos Santos é proprietária de uma empresa fantasma destinada à contratação de trabalhadores angolanos para operarem nas plataformas petrolíferas, sendo retirado antecipadamente a esses trabalhadores uma verba aos seus vencimentos ( semelhante aos fiscais da EPAL), só depois é que o trabalhador angolano recebe a sua remuneração.

O povo, aprendeu a gerir o seu negócio petrolífero (água) com os exemplos da Sonangol e da família dos Santos, coadjuvada pelos generais amigos.

Ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão.

Cá se fazem... Cá se pagam.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Afinal Bob Geldof tem razão - Levantam-se as vozes da indignação

(clicar na foto para ampliar- facilitar a leitura)

Comentário: Mais uma voz indignada contra a especulação imobiliária em Angola

domingo, 22 de junho de 2008

Vivendas de luxo deveriam custar 90 mil

Fonte:Jornal de Angola

O metro quadrado de uma vivenda de luxo em Luanda deveria estar à volta do equivalente a 700 a 1000 dólares, cinco vezes a menos que os praticados actualmente no mercado imobiliário, segundo o arquitecto Cruz Calvário.
Com esta taxa, a vivenda poderia custar entre os 50 e os 90 mil dólares contra as 20 vezes a mais de que são vendidas hoje. O arquitecto não compreende que bases estas imobiliárias utilizaram para estipular os preços dos imóveis. “Nós fizemos um estudo no mercado angolano, baseado nos padrões internacionais, que pelo menos o metro quadrado para uma casa de luxo estaria entre os 700 e os 1000 dólares”.

Cruz Calvário, que falava à margem do II fórum Imobiliário, Urbanismo e Arquitectura de Angola, que terminou ontem, disse haver necessidade de se disciplinar o mercado para que num futuro próximo não atinja níveis assustadores.

Nesta senda, o arquitecto João Donito sublinha que as instituições de direito são chamadas a criarem uma regulamentação que defina o tipo de construção a ser feita e os valores a serem aplicados a cada uma delas. Só assim, refere, é que as empresas poderão ter o máximo cuidado de estipularem preços dos imóveis. Aliás, durante a abertura do evento, o vice-ministro do Urbanismo e Ambiente, Mota Liz, anunciou a intenção de o governo criar mecanismos jurídicos para proteger o cidadão da especulação financeira que se verifica no mercado imobiliário.

O Governo está preocupado com a situação, pois, já está tornar a vida do cidadão de baixa renda mais difícil. Por isso, desenvolve alguns programas de fomento habitacional para que todos os cidadãos tenham acesso a moradias condignas e a preços mais baixos.
Estes programas contemplam infra-estruturas como água, luz, telecomunicações, drenagem pluvial e esgotos públicos, espaços verdes, escolas, postos de saúde e estabelecimentos comerciais.



Comentário:Finalmente o Jornal de Angola, começa a dar a mão à palmatória depois da sua evidente colagem ao poder e da sua tentativa desenfreada ao tentar acusar Bob Geldof, os jornais Expresso, Público a SIC e o seu programa "eixo do mal " apelidando-os de boateiros.Afinal não há fumo sem fogo.Afinal o "boato" confirma-se ser verdadeiro com a confirmação do Jornal de Angola, através da publicação desta notícia.Estou em crer, se não fosse verdade o dito jornal não a teria publicado.Pela boca morre o peixe.

Por último, a ver vamos se as políticas que o governo diz estar a fomentar para contrariar esta especulação e simultâneamente permitir aos cidadãos com baixos rendimentos e recursos terem acesso a moradias condignas a preços mais baixos, assim como, às respectivas infra-estruturas inerentes à sua funcionalidade vão na verdade comtemplar esssas classes.Tudo não passa também, por um negócio paralelo dos amigos com influência ao serviço do Estado para os amigos dispostos a pagar a taxa suplementar do favorecimento, a chamada dita «gasosa».



Sempre disse por aqui, que Angola tinha começado a reconstrução do país pelo topo da pirâmide, cedendo aos lobbies e às pressões das grandes empresas de contrução civil envolvidas na reconstrução.Começaram pelos endinheirados, pelo retorno rápido do investimento, descurando o suporte da base da pirâmide, as classes com baixos rendimentos que dia-a-dia vai sufocando e reclamando pela melhoria das suas condições de vida, que na prática nada foi feito, antes pelo contrário, agravaram-se as suas condições com as expropriações de terras onde essas classes de baixos rendimentos tentam sobreviver sem dignidade e fora do contexto das riquezas do país, atirando com elas para os confins do mundo ou para o relento, tendo como tecto o sol e as estrelas.

Os responsáveis pelo Urbanismo e Arquitectura de Angola, deveriam ler e escutar as opiniões como as que são expostas, aqui : http://maisangola.wordpress.com/

sábado, 21 de junho de 2008

Euro 2008: História de uma eliminação precoce

Fonte: Jornal de Notícias

A eliminação portuguesa nos quartos-de-final do Euro 2008 é um mau resultado. Aliás, até o próprio seleccionador português já o disse, logo após a derrota com a Alemanha. Agora que a equipa das quinas já voltou a casa, há que fazer uma viagem ao que não correu bem.




Falta de físico

A altura, a robustez física e, consequentemente, a capacidade de choque não são atributos desta selecção. Os médios titulares, por exemplo, tinham, em média, 1,74 metros de estatura e 70 quilogramas de peso. Os dois centrais da equipa inicial padeciam do mesmo mal. E isso acabou por ser decisivo diante da Alemanha.

Sem trabalho de casa

É um mal que não é de agora. Coincide, precisamente, com a entrada de Scolari na selecção. O brasileiro é um mestre na motivação dos futebolistas, mas continua a não preparar os jogos da melhor forma, sobretudo em matéria defensiva. E a equipa das quinas continua a ser vítima das bolas paradas. Em 2004, com a Grécia, foi na sequência de um canto. Em 2006, frente à França, num penálti. Agora, diante da Alemanha, por duas vezes na marcação de livres. Não é coincidência…

Falta de lateral esquerdo

A falta de um lateral esquerdo de raiz foi o outro grande problema da selecção. Paulo Ferreira fez o que pôde e o que não pôde, mas, mesmo assim, percebeu-se desde o primeiro jogo, com a Turquia, que era pouco para uma competição deste nível. Era, claramente, o elo mais fraco. Confirmado o afastamento de Nuno Valente, Scolari esteve dois anos a apostar no também improvisado Caneira, para, na fase final, avançar para o futebolista do Chelsea. Incompreensível.

Anúncio de Scolari

O momento do anúncio da saída de Scolari foi cirurgicamente pensado pelo treinador. Confirmado o apuramento para os quartos-de-final, após a vitória sobre a República Checa, o Chelsea teve luz verde para revelar o acordo com o ainda seleccionador português. Se esse momento não afectou o técnico, o mesmo não se poderá dizer da equipa e da própria FPF. Os jogadores nunca esconderam a surpresa da notícia, ao passo que Madail esteve até ao final da prestação portuguesa remetido ao silêncio e escondido num comunicado emitido no site da FPF. Coincidência ou não, desde que a saída de Felipão foi oficializada, a equipa das quinas somou por derrotas os dois jogos disputados.

Cristiano Ronaldo

Apesar da dura época que teve pela frente, apareceu em excelentes condições físicas. No entanto, o seu rendimento acabou por ficar aquém do desejado. A partir do momento em que a mais do que provável transferência para o Real Madrid passou a andar nas bocas do mundo, o extremo do Manchester United nunca mais foi o mesmo. Havia sempre qualquer coisa que não saía bem. Houve pouco Ronaldo e muito Real Madrid.

Eternos suplentes

Um banco que tem Meira, Bruno Alves, Raul Meireles, Veloso, Nani e Quaresma não pode ser desprezado. Se é verdade que, diante da Suíça, nenhum deles agarrou a titularidade com as duas mãos, não é menos verdade que Scolari é um treinador "quadrado" na forma de pensar. É incapaz de mudar a equipa em função do adversário. Quem não entra de início no onze, sabe que vai passar ao lado da competição. É sempre assim…

Os erros de Ricardo

É, claramente, o calcanhar de Aquiles da selecção. Capaz de defesas fantásticas entre os postes, foi, mais uma vez, uma pobreza nos cruzamentos. Ficará para sempre ligado à eliminação com os alemães. Em 2004 e 2006, escondeu essa intranquilidade com actuações empolgantes em vitórias no desempate por grandes penalidades. Desta vez, não houve Inglaterra para esconder o que todos sempre viram e que Scolari nunca quis ver.


Comentário: Desculpem-me todos os apoiantes de Scolari, mas sem dúvida nenhuma que o único trabalho de mérito que ele conseguiu desenvolver não só ao nível dos jogadores mas também ao nível do país, foi únicamente elevar aos níveis da auto-estima.

À custa dessa fraqueza, Scolari foi subindo os níveis da fasquia na admiração por parte dos portugueses.Factos como este são um mau indicador para o estado em que Portugal se encontra nos sectores, sociais, económicos, políticos e desportivos.De costas voltadas para estes problemas em que o povo não vê nem sente melhorias, o escape concentra-se na selecção de futebol, nas bandeirinhas do Scolari como se ele fosse um salvador que aterrou em Portugal para salvar esta nação desorientada e afundada desde há muito tempo em políticas de governação assentes na hipocrísia e mentira.Os próprios políticos eram apoiantes incondicionais de Scolari, pois este veio resolver um problema que eles nunca conseguiram e tiveram capacidade para resolver, visto eles serem os únicos culpados do estado depressivo dos portugueses e do marasmo profundo em que se encontram.Quantas mais bandeirinhas o Scolari pedisse para os portugueses colocaram à janela, mais aplausos recebia por parte da classe política eufórica.Scolari olheiro e viseiro, analisou a situação e pegou no elo mais fraco dos portugueses naquele e neste momento.O elo, da auto-estima deplorável que a selecção e o país atravessavam e atravessam.

Scolari soube aproveitar-se dessa situação, e quando começou a presentir que as suas filosofias não acompanhavam certos resultados dentro das quatro linhas, começou a procurar outras alternativas fora delas e a tirar altos dividendos.Era previsível que este casamento fosse terminar da maneira como terminou.

Para quem tem memória curta, Portugal foi o organizador do Euro 2004, teve todas as condições para alcançar o título, perante um adversário como a Grécia sem pregaminhos futebolísticos e no entanto não conseguiu o tão desejado título, tudo devido à má preparação e falta de conhecimentos da cultura táctica de Scolari (sempre na defensiva).Os resultados positivos que foi obtendo deveu-se exclusivamente a jogadores como Figo e Rui Costa.Estes dois símbolos do futebol português desfraudados por não terem conseguido o título do Euro 2004, tomam a decisão de abandonar a selecção, pois só assim os fanáticos e seguidores de Scolari iriam perceber que a falta de êxito nos resultados deve-se exclusivamente à má preparação do seleccionador para nos momentos críticos saber encontrar e tomar as decisões tácticas acertadas onde era pago a peso de ouro num país afundado num défice estrondoso.

É inegável o mérito de Scolari para analisar e avaliar até onde poderia ir e o que poderia ganhar com a situação.

É impensável, alguém ter a coragem para chamar Burro ao Scolari.

A existirem burros, eles serão exclusivamente a Federação Portuguesa de Futebol que para além de o ter contratado a peso de ouro, tolerou e consentiu situações a Felipão que não tolaria a um seleccionador português.Os outros burros que acompanham a FPF, são o próprio povo português que deixou-se ir na "onda " da lábia maliciosa de Scolari.

Provávelmente Scolari não vai ter a mesma sorte de conseguir enganar e de levar na onda os ingleses.

Os ingleses, já começam a reclamar pelas suas atitudes e comportamentos evasivos às questões fundamentais, e ele ainda nem sequer começou a treinar.

Foto: No comment

Carro a circular em Angola

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Caso DNIC: Os resultados do inquérito na próxima sessão do Conselho de Ministros

Fonte: o apostolado

O público saberá o resultado do inquérito sobre o desabamento da sede da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) no termo da próxima sessão do Conselho de Ministros.

O anúncio é do ministro do interior, Leal Monteiro Ngongo, feito hoje no decurso de uma entrevista concedida à Rádio Nacional.

«Estou a informar que na próxima reunião do Conselho de Ministros , vai ser apresentado o resultado do inquérito feito pelo ministério das obras públicas», anunciou.

Refutou as críticas de certos sectores, frisando que a coordenação da tarefa coube ao ministério das obras públicas, através do vice-ministro do pelouro, Johanes André, e não ao seu ministério.

Esclareceu que a comissão de investigação foi criada por despacho presidencial publicada no dia 10 de Abril para cumprir com a sua missão no prazo de 20 dias.

No final deste prazo inicial, explicou o ministro, a comissão apresentou um relatório preliminar e solicitou dez dias adicionais, tendo já concluido o seu trabalho.

O desabamento do prédio de sete andares que albergava os diversos serviços da DNIC aconteceu na madarugada de 29 de Março do ano em curso.

A imprensa já começou a criticar a demora do inquérito, que envolveu até peritos fornecidos pelo Laboratório de Engenharia de Portugal, que o ministro teria negado receber.

«Não é o ministro do interior que vai trabalhar com o engenheiro de construção civil do Laboratório de Engenharia de Portugal, nem tem que receber nenhum engenheiro», esclareceu o ministro neste aparte, ao sublinhar o pelouro ao qual coube coordenar a investigação.


Comentário: Será desta que o maldito do relatório vai sair do ventre do dito " pelouro" a quem coube a coordenação da investigação.Não vão pedir mais dias adicionais que possívelmente prolongam-se em meses.

Nesta notícia existe um «gato escondido com o rabo de fora».Vou deixar que a vossa investigação apurada, descubra onde é que o gato deixou o rabo de fora.

A caldeirada de gato à moda de Angola, quando fôr tornada pública apresenta-se apuradinha, pois tiveram tempo mais que suficiente para incluir ou excluir os condimentos.

A ver vamos se vão existir surpresas.Eu cá não conto com elas.

Parece certo, é que até agora, os restantes edíficios que certas bocas apressaram-se a juntar no mesmo lote, fazendo crer que estariam também na eminência de sofrerem derrocadas, lá continuam de pé e ao serviço da comunidade.Sem estes edíficios coloniais o que seria do povo.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

" Um dia a Baía de Luanda afunda-se "

(clicar na imagem, para ampliar)



Comentário: Continuem a construir desenfreadamente, pois talvez um dia venham a arrepender-se devido a tanta desgovernação e incúria.Não se esqueçam da « Mãe natureza ». Ela tem dado boa conta de si, quando é mal tratada e ignorada pelos homens.Não se esqueçam de chorarem e perante a fatalidade de recorrerem aos discursos de circunstâncias, tais como: "Não estávamos à espera de uma fatalidade destas.Os estudos efectuados tudo indicavam que os projectos estavam de acordo com todas as normas de segurança, prevenindo e respeitando a natureza numa eventualide de catástrofe" .Não se esqueçam de fazer uma ponte aérea entre o Miramar (parte alta da cidade) directamente ligada à ponta da ilha (parte baixa da cidade), para o povo poder (?) ir à praia e ter os seus momentos de lazer.Com tanto luxo, deixa muitas dúvidas que o povo pé descalço algum dia possa sonhar em pisar as pedras da calçada da Megalômana Baía de Luanda só para VIP e endilheirados.Não se esqueçam de criar as portagens, com o objectivo de fazer a segregação dos moradores e manutenção das vias.Só circula quem tiver dinheiro para pagar e suportar os luxos.

Não se esqueçam do relatório da derrocada do edíficio da DNIC, que deveria ter sido divulgado no princípio do mês de Maio e já vamos a meio do mês de Junho.( a criança já faleceu sensívelmente há dois meses e meio e a certidão de óbito nunca mais é passada.A autópsia deve estar cumplicada de resolver)

A cortina pensada para a baía de Luanda, será mais ou menos como demonstra a foto a seguir

(clicar na foto para ampliar)




terça-feira, 17 de junho de 2008

Angola: Luanda é a cidade mais cara do mundo para expatriados, diz um estudo da ECA International

Fonte: Lusa

Lisboa,(Lusa) - Luanda é a cidade mais cara do mundo para trabalhadores estrangeiros, pela segunda vez consecutiva, situando-se acima de cidades como Paris e Londres, segundo um que a consultora de recursos humanos ECA International hoje divulgou.

O estudo da Eca, que comparou o custo de vida em mais de 370 locais no mundo inteiro, baseia-se numa amostra de 128 bens de consumo e não engloba despesas com a habitação, normalmente suportadas pelas empresas.

"O facto de Luanda liderar o topo da lista pode surpreender alguns", afirmou Lee Quane, da ECA International, acrescentando que tal acontece porque "o estudo engloba bens e serviços tipicamente adquiridos por expatriados, que podem ser muito caros em locais como este, por não existirem no mercado local".

Além de Luanda, também a capital do Gabão, Libreville, Kinshasa, na República Democrática do Congo, Abidjan, na Costa Marfim e Abuja, na Nigéria, encontram-se na lista dos 25 países com custo de vida mais elevado para expatriados.

Os dados apurados são usados pelas empresas multinacionais para calcular as ajudas de custo pagas a funcionários no estrangeiro.

Segundo a consultora, a presença de vários países africanos no topo da lista relaciona-se com o facto de os trabalhadores estrangeiros comprarem frequentemente produtos caros importados.

A segunda cidade mais cara é Oslo, capital da Noruega, seguida de Stavenger, também naquele país.

Em quarto lugar, surge Copenhaga, na Dinamarca, e depois Moscovo, na Rússia.

Zurique, Genebra, Basileia e Berna, na Suíça, fazem também parte da lista das cidades mais caras para trabalhadores estrangeiros, constando no top das 10 cidades com custo de vida mais elevado.

O estudo situa a capital britânica em vigésimo quarto lugar.


Comentário: Não há surpresas no estudo, relativamente ao custo de vida na capital do país do progresso do retrocesso.

Felizmente existem organizações que apostam em estudos, e através deles podemos verificar que a realidade dos factos é bem diferente aplicada em outros cenários bem mais caóticos da vida do cidadão nos seus filmes e aventuras diárias, cujos os actores principais são os trabalhadores empenhados na reconstrução do país do progresso.Isto acontece, porque o progresso está a ser efectuado sem medidas, sem planos, desgovernado.Isto é, de forma anárquica visando as eleições com a exibição de obras imponentes de fachada, descurando os sectores primários para sobrevivência mínima de um cidadão.É preciso construir depressa, o tempo urge, não importa se o custo de vida é dos mais caros do mundo.


Não importa, se o povo morre vítima da fome e da doença.Não importa, se o trânsito na cidade do progresso é caótico e desorganizado por falta de infra-estruturas para suportar um elevado número de população documentada (?) para poder conduzir e usar carro.Na cidade do progresso, se alguém quizer andar mais depressa ou quizer chegar a tempo de forma a poder cumprir os horários do ritmo do progresso, o melhor é optar por andar a pé.Não importa tanta coisa.
SÓ IMPORTA O FLAGELO E O CAOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E IMOBILIÁRIO desenfreado, sem plano urbanístico adequado.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Dia da Criança Africana

Hoje celebra-se o Dia da Criança em África.

Nada como um poema escrito por um poeta africano, como forma de homenagear todas as crianças africanas e em especial as nossas crianças de Angola


O Menino Sonha

Bumba vem buscar o menino

Bumba levanta o menino

Bumba leva o menino

Bumba adormece o menino.

Bumba... Bumba... Bumba...

Murmura o menino embalado nos braços do Lunda.

E o menino sonha

Sorrindo, sorrindo...

Sonha com um anjo

negrinho negrinho

que virá buscá-lo

Mansinho mansinho

p'ra correr no mato

deserto deserto

no dorso luzente

do tigre dourado.

Bumba acorda o menino

Bumba não acordes o menino.


Nita Lupi



Menino Africano, não deixes nunca de sonhar com o Amor, a amizade, a confiança, um futuro risonho e, sobretudo, com a VIDA.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

MARTELO DEMOLIDOR ACORDA NO CONSULADO DA TIA XICA

Fonte: o apostolado

Populares voltam a denunciar a demolição das suas casas no município do Kilamba Kiaxi, após a sensível trégua na transição entre o antigo e o novo governador da província de Luanda.

Alvo desta primeira expedição desde a nomeação há mais ou menos um trimestre da nova governadora, Francisca de Espírito Santos, afectuosamente alcunhada de “tia Xica”, denunciaram-na ontem à Ecclesia, indignando-se.

Localizaram a acção nas zonas de Camama 1 e 2 e da Kinanga do citado município, solicitando o interesse dos partidos políticos sobre a ocorrência e apoio do governo para a solução.

«A partir de sexta-feira passada, a polícia está a destruir as nossas casas. O povo está a ser maltratado, ninguém pode aproximar a zona, quem transgride é levado para sitio incerto», contou uma das vítimas da demolição. Mencionou «o soba João, coordenador daquele bairro, por exemplo,» como um dos munícipes levados para sítio incerto pelos alegados agentes da Polícia.

Há gente ao relento, entre as ruínas, não sabendo para onde ir e cerca de 300 a 400 casas já estão no chão, reforçou o agastado cidadão, acompanhado de outros indignados.
Apelou para os partidos políticos se interessarem no caso, achando-o incorrecto a três meses das eleições. «Agostinho Neto disse que o mais importante é resolver o problema do povo, mas será que é este o problema do povo?», questionou este popular.

As pessoas foram previamente avisadas

O administrador municipal de Kilamba Kiaxi, José Correia, desdramatizou esta versão, assinalando que as pessoas foram previamente avisadas para largar as áreas ocupadas sem licença.

De um tempo para cá, alegou, detectou-se uma onda de ocupação anárquica de terrenos até de áreas cadastradas para planos públicos de moradias e empreendimentos sociais.

«O fenómeno tomou proporções tais que havia necessidade de se repor a legalidade. Dai que o Governo Provincial de Luanda decidiu remover todos os casebres erguidos à revelia da lei no perímetro da Camama 1 e Camama 2, sobretudo próximos da futura estação da TV pública, do Instituto médio da Policia e da Escola de Artes do Ministério da Cultura», explicou.

O processo iniciou sexta-feira última após, reforçou, prévia sensibilização para as pessoas largarem a zona voluntariamente.

O administrador negou a alegada presença de residências como tais na zona de Kinana 1, onde só havia marcações de terrenos para futuras implantações


Comentário: Será que estas situações, não estarão ao abrigo das contituições a violar os direitos dos cidadãos.Como é sabido por todos, os angolanos desfavorecidos lutam diáriamente pela melhoria das suas condições de vida e uma dessas condições fundamentais é ter um tecto de abrigo - uma habitação - nem que seja rudimentar para poder ter a sua privacidade individual e colectiva.

Perante as dificuldades encontradas pela construção desenfreada entregue aos grandes grupos de construção civil estrangeiros, no que diz respeito aos terrenos vagos para poderem construir os seus projectos megalómanos de luxo, dentro da cidade de Luanda, estes começam a exercer pressão e as suas influências, através do pagamento de altas comissões - gasosa - sobre os responsáveis pelo poder político.Isto é, começam acontecer acções deliberadas por parte do Estado contra os mais fracos, estacionados em terrenos fulcrais e valiosos, para favorecer os mais poderosos detentores do dinheiro, através da força física ( policiais e militares) para correrem com os fracos desses espaços, recorrendo a todos os meios disponíveis, como os orgãos de comunicação social - Jornal de Angola - TPA, a pseudo sociólogos que prestam o seu serviço e vasilagem à ditadura instalada no poder.

Há uma obrigação do Estado para com os cidadãos que não podendo ser cumprida, não pode ser violada. A Lei Constitucional refere apenas a categoria de cidadãos e não os divide em “cidadãos de rendimentos altos” e “cidadãos de rendimentos baixos” , como agora é moda nos discursos dos administradores municipais (ou na prática de alguns ministros, ou do Presidente da República que os divide em cidadãos bem-sucedidos e mal-sucedidos) para justificar as demolições com o facto dos terrenos serem necessários para projectos urbanísticos de luxo que são entendidos como sinónimos de modernização.

O Estado não pode estabelecer uma diferença entre os cidadãos, qualificando-os em cidadãos de primeira e cidadãos de segunda. O artigo 18º., da Lei Constitucional, estabelece um princípio de igualdade entre os cidadãos, independentemente de outras considerações, sejam elas de “cor, raça, etnia, sexo, lugar de nascimento, religião, ideologia, grau de instrução, condição económica ou social”. O Estado não pode promover um desenvolvimento separado sob pena de estar a fazer um “apartheid social”que é equivalente ao racismo institucional do colonialismo e ao apartheid racial que foi promovido pelo governo racista sulafricano.

A evacuação de populações para zonas distantes tem levado as crianças à desistência escolar, violando assim um dos princípios constitucionais

O Estado, ao continuar esta sua política de demolições, expropriação e abandono das populações à sua própria sorte, pode ser acusado de promover o desenvolvimento separado, pode ser acusado de selecção social, com o contributo das comunidades e chancelarias internacionais, que fecham os olhos a estas situações, deveriam ser acusadas pelo «crime» de não prestaram auxílio a pessoas em perigo na qualidade de desfavorecidas, onde recentemente várias ONG que trabalham com este tipo de populações, denunciaram este tipo de violações, e foram convidadas a fecharem a «matraca - boca», ou acusadas de estarem ao serviço das forças políticas da oposição.

Todos os Angolanos sabem que Angola é um País muito rico em recursos naturais explorados mas que os Angolanos são muito pobres, havendo ainda quem sobreviva graças à ajuda humanitária, o que é uma VERGONHA. Os Angolanos sabem que neste País profundamente injusto, a riqueza é muito mal distribuída e que a estrutura de oportunidades é grandemente desigual.José Eduardo dos Santos fala de oportunidade de negócios, mas para quem?


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Angola e o petróleo

Fonte: Diário económico

A subsidiação dos preços dos combustíveis é perigosa, porque ilude os agentes económicos sobre a nova realidade energética.

Um destes dias, observando o parque automóvel de Luanda dei por mim a questionar-me sobre a racionalidade económica da política de combustíveis de Angola.

O parque automóvel da capital angolana é de extremos. Se são os carros velhos que predominam, os que mais impressionam são os jipes de luxo, de preferência último modelo americano com consumos que chegam a ultrapassar os 20 litros aos 100 km.

Mas em Angola um carro que gaste muito não constitui problema. Apesar dos sucessivos recordes do preço do petróleo, há muito que o preço oficial da gasolina está “congelado” nos 40 kwanzas por litro, cerca de 33 cêntimos de euro, enquanto o do gasóleo não sai dos 29 kwanzas, pouco mais de 24 cêntimos de euro. A título comparativo, na Europa o preço sem impostos é cerca do dobro do de Angola, o que indicia que os preços angolanos são fortemente subsidiados.

(foto - postos de abastecimento de combustível no mercado paralelo)

Em Angola, o que custa não é o dinheiro que se gasta a atestar o depósito, é o tempo que se demora a abastecer. Na capital escasseiam os postos de combustíveis sendo frequentes as filas nas bombas. Quem não quer esperar pode recorrer ao mercado “negro”, onde, além de correr o risco do produto ser adulterado, paga mais caroem Maio a gasolina ultrapassou os 200 kwanzas, cinco vezes o preço oficial, devido a problemas de abastecimento da Sonangol.

(clicar na foto para poder ler o aviso)

Resumindo para concluir, a análise do mercado de combustíveis angolano sugere alguma irracionalidade económica. As autoridades fixam preços demasiado baixos para os combustíveis. Os preços demasiado baixos promovem um consumo desenfreado. O consumo desenfreado é controlado através de barreiras administrativas, que se traduzem, por exemplo, na enorme escassez de postos de combustíveis.

(clicar na imagem, para ver o interior do posto de abastecimento)

Esta política é errada. Estamos em pleno choque petrolífero. Ainda que venham a descer face aos níveis actuais, os preços do crude deverão permanecer em patamares elevados. Isto é bom para os países produtores, como é o caso de Angola. Mas as autoridades de Luanda não podem esquecer-se que o país também é consumidor de petróleo e que os novos preços deveriam ser passados para os agentes económicos locais, obrigando-os a um consumo mais eficiente, a começar pelos jipes que escolhem. O contrário do que está a ser feito. A subsidiação dos preços dos combustíveis é no mínimo perigosa, porque ilude os agentes económicos angolanos sobre a nova realidade energética.


Comentário:Eu não percebo nada de economia, mas também nesta situação perante os dados apresentados, mais uma vez, até um cego consegue ver a quem interessa este tipo de negócio. Isto é, o cego consegue ver em qual(ais) da(s) mão(s) está entregue este sector, e as deficiências que ele apresenta e quem serão os directamente interessados que esta situação esteja acontecer.

Com tantos blocos e poços de petróleo, com tanta fartura, com tanta cobiça por parte das chancelarias internacionais, no país onde o progresso dizem ser dos mais elevados, existe falta de combustível para os jeeps dos grandes senhores.Existe falta de combustível para colocar o sector da indústria a funcionar em condições, sem correr o risco de interrupções, paragens forçadas por falta de abastecimento quer na capital, quer nas outras províncias do país, devido à logística inerente ao seu abastecimento.

Eu só gostava de saber, onde é que certas individualidades de renome, conseguem ver o progresso neste país, onde mais parece existir, um DESGOVERNO TOTAL.

Meus senhores, por favor, parem de atirar areia para os olhos.A existir progresso, será no sector da construção civil, no mercado imobiliário e no sector bancário (lavagem de dinheiro), os restantes sectores funcionam de acordo com o progresso, gerado à " Luz da Vela ".Pura ilusão óptica.Parece que existe.Mas no fundo não existe lá nada.Tudo não passa de uma grande campanha de marketing encetada pelas chancelarias internacionais com elevados interesses no petróleo angolano, que é levado imediatamente para o exterior do país em navios tanques.

Este tipo de marketing, tem que existir, caso contrário "não há mamadeira para ninguém".

O truque deste marketing, passa por ajudar a passar para o exterior de Angola, uma imagem de melhoria a todos os níveis.Mas, as ONG e os escritórios da ONU, quando começam a juntar a sua VOZ à do Bob Geldof, é que começamos a ver que tudo não passa de uma miragem.Ai daquele que fale mal de Angola, dentro das suas fronteiras, recebe imediatamente ordem de expulsão, ou sofre pressões para controlar a "matraca- boca".A ordem de expulsão e as pressões, são factores muito importantes, para analisar a verdadeira realidade no país do progresso dos lobbies do petróleo da família Dos Santos da Sonangol - Estatal.

Gil Gonçalves escreve num dos seus posts: « Mas, essa ONU conversa bem, apoia muito bem, riem bwé com estes maus governantes. Ah! Afinal basta ter petróleo, depois fingir e dizer que este país tá-se a desenvolver. Essas companhias petrolíferas são muito corruptas, por isso existem muitos corruptos no poder. O que queremos é o vosso petróleo o resto não interessa! PORRA! ESTAMOS A MORRER À FOME!!! »


Venham as eleições o mais rápido possível.Pode ser que ainda exista uma esperança.Uma luz ao fundo do túnel, no caminho para a mudança deste tipo de «Desgovernação influenciado pelo marketing e tráfico de influências internamente e externamente».

terça-feira, 10 de junho de 2008

ANGOLA: Estas imagens aconteceram na cidade do progresso

Estas imagens acontecem frequentemente no país do progresso, principalmente na sua capital - Luanda.Na capital, onde os preços de um aluguer de uma casa, quer seja de luxo ou rudimentar, são dos mais caros do mundo.

De repente à nossa frente abre-se uma cratera enorme, capaz de engolir-nos.Dizem as más línguas, que a culpa é das obras de reconstrução, das chuvadas, do abre buracos da EDEL e da EMEL.A reconstrução é culpada de tudo.Até da queda do edíficio da DNIC cujo a conclusão e publicação do relatório do apuramento das causas da sua derrocada, deveria ter saído no ínicio do mês de Maio, e até à presente data, não há nenhum sinal de " fumo branco" quanto à sua divulgação.

Seja lá de quem fôr, a culpa ou culpado, certo é que elas não deviam acontecer com tanta frequência devido à incompetência e negligência dos responsáveis pela fiscalização das obras do progresso.

Podem constatar através das imagens, que o flagelo da falta de água na capital do progresso é tão grande, ao ponto do povo, aproveitar estas situações para apanhar a água, que escasseia nos canos das torneiras das suas humildes casinhas.







Mais um cano que rebentou.As crianças aproveitam para tomarem banho e brincarem


A alternativa à falta de água, passa por lavarem a roupa e tomarem banho à canecada ou nas águas salgadas do mar e rios.





Perante tantas dificuldades e sofrimento, o povo ainda é capaz de exibir o seu patriotismo.



segunda-feira, 9 de junho de 2008

Angola :Especulação desenfreada na compra e venda de casas de luxo

(clicar na foto para ampliar)






Comentário: Os efeitos preversos das palavras de Bob Geldof, aquando da sua passagem por Lisboa, chamou de "criminosos aos governantes angolanos" e que tanta tinta fez correr na troca de acusações entre a imprensa angolana defensora dos capitalistas-criminoso-corruptos, nomeadamente o jornal Estatal-Jornal de Angola, em particular com alguns jornais-Jornal Público-Expresso e televisão portugueses-SIC.Sem esquecer os interesses dos banqueiros como o BES, BIC etc,.

Mas, a curiosidade reside, com o tempo, começa-se a levantar o véu, sobre a polémica da especulação imobiliária em Angola, e os seus respectivos destinatários interessados neste negócio, quer sejam vendedores, quer compradores, investidores ou banca, etc e tal.

Este tipo de negócio interessará a quem?

Certamente que não interessará à maioria do cidadão angolano de baixos rendimentos, porque esses pobres coitados, por enquanto só podem sonhar com uma habitação made in China de duvidosa qualidade (marketing eleitoral), ou com a compra ou aluguer de uma cubata, num dos musseques mais luxuosos e povoados, situados privilegiadamente ao redor e na parte central da cidade de Luanda.No entanto a localização destes musseques, também começa a sofrer a cobiça pelos terrenos por parte dos grandes grupos imobiliários, alguns deles apoiados por pessoal com forte influência junto do poder central e das decisões.Refiro-me aos generais e ministros e respectivos familiares.A maioria dos familiares desta corja sugadora, são os principais responsáveis ou accionistas das empresas envolvidos em grandes projectos de construção imobiliária.Cabendo ao general e aos outros membros, o papel de exercerem influências internamente nos organismos a quem cabe a responsabilidade de supervisionar e administrar esses terrenos e locais.Na maioria das vezes o cidadão comum (pobre) que vive nesses terrenos é expropriado sem direito a contrapartidas, sendo posteriormente os terrenos vendidos a preços exorbitantes aos interessados na sua compra, com avultadas comissões (gasosa) aos intervenientes que facilitaram o seu desbloqueamento e expropriação.Isto é, a corja instalada e organizada internamente dentro dos orgãos de poder, é que contribue circunstancialmente para o aumento do custo final de uma casa.Eles estão envolvidos deste a expropriação dos terrenos até à conclusão da obra.Estão sempre a «mamar e a sacar» dependendo dos objectivos de cada um.Tudo isto, é facilitado pela falta de legislação adequada, e que tarda em aparecer, por impedimento da corja envolvida na corrupção do negócio imobiliário de luxo para Angola e para a cidade de Luanda.

Esta situação também interessa, e é altamente rentável para todos aqueles, que durante os últimos anos enriqueceram de forma duvidosa e que vêm no sector imobiliário uma boa oportunidade para " LAVAREM AS SOMAS ACUMULADAS " através de actos provávelmente e maioritáriamente ilícitos.Compram para alugar a preços exagerados.

Quem serão os alvos, com capacidade para pagar um aluguer elevado

Certamente, que serão as comunidades estrangeiras a trabalharem na reconstrução de outros sectores em Angola, e que são atraídos pela própria corja a investirem em Angola, confrontando-se com a escassez da oferta de habitação, sendo forçados a pagarem os altos preços exigidos, pela corja detentora do negócio do imobiliário.

Resumindo e concluindo, o progresso em Angola está a ser gerido e direccionado, para a corja MINORITÁRIA que desde o passado vem constantemente acumulando riquezas duvidosas, sem prestação de contas ao povo, e que perante as exigência e pressões internacionais numa mudança de mentalidade e da imagem para Angola, criou e usou o mercado imobiliário para camufladamente poder continuar a exercer a sua influência e corrupção de uma forma mais disfarçada perante a opinião pública internacional.

A outra parte, que dá pelo nome de «povo» continua a ser altamente penalizada e mergulhada na miséria da pobreza social e económica, lutando para conseguir ultrapassar todas as barreiras que a MINORIA RICA E AFECTA AO PODER cada vez mais lhes coloca dificultando o seu acesso às melhores condições de vida.

A classe endireilhada corrupta, tem consciência que nesta fase de reconstrução de Angola, onde circulam avultadas somas de dinheiro e de negócios, por parte dos investidores estrangeiros, é o momento certo para poderem continuar a ROUBAR DESENFREADAMENTE quer o povo angolano quer o investimento estrangeiro.A chamada " EXPLORAÇÃO SEM LIMITES A TODO GÁS", antes que o acto eleitoral faça alterar todo o cenário, o rico vire mais pobre que a própria pobreza.Para tal, tem que tomar medidas antecipadas de proteger as riquezas, investindo em património imobiliário e em acções nas empresas mais bem cotadas no mercado.Veja-se o exemplo da criação do banco BIC, uma parceria família Dos Santos (ang) e Amorim (pt)

Nesta fase de reconstrução de Angola, é normal para um cego, que as classes desfavorecidas não sejam comtempladas com nenhuma melhoria nas suas vidas, quer seja social ou económica.A estratégia para calar as classes desfavorecidas, passou pela entrada facilitada da China em Angola, principalmente direccionada para obras de baixo custo e de qualidade duvidosa, no âmbito das estruturas socias com fins eleitoralistas.Ou seja, a China é que está a custear e a suportar os gastos com o povo, cujas as gerações futuras terão que pagar.Resta saber, a que preço.

Os ricos e o Estado angolano, estão ocupados a lavar e a rentabilizar as suas fortunas com negócios particulares que futuramente serão mais rentáveis para eles.

O povo angolano tem que começar "abrir o olho".O progresso que tanto falam pelo mundo inteiro, é uma estratégia de marketing imposta pelo poder instituído e pela minoria rica, que ao aplicaram as suas fortunas em projectos megalómanos, têm que atrair investimento e investidores estrangeiros,futuros potenciais consumidores da aplicação das suas fortunas no negócio imobiliário.O dinheiro, está na posse do investidor que tem condições para poder pagar um aluguer elevado.Não está na posse das classes desfavorecidas, cujo rendimento diário é igual a 1 euro.Eles estão-se a borifar para o povo, e para as condições em que este tenta sobreviver.

sábado, 7 de junho de 2008

Qual vai ser o futuro da " África made in China "



1ª Etapa

Sugestão literária

Relações de Cooperação China-África: O Caso de Angola

No âmbito das Relações Internacionais hodiernas, a China apresenta-se cada vez mais activa, coadjuvada pelas relações de cooperação que tem encetado gradualmente. Nesse sentido, as parcerias com o continente africano ajudam a consolidar essa posição. Por esse motivo elegemos esse relacionamento como objecto de estudo, procurando proporcionar um modesto contributo para uma matéria actual que poderá revolucionar o modus operandi das relações de cooperação entre os designados países do Norte e Sul e Sul-Sul.
O objectivo fundamental é contribuir para a reflexão sobre o paradigma das relações de cooperação Sul-Sul na conquista do desenvolvimento. A Cooperação China-África assume duas modalidades: uma multilateral, que abrange o conjunto dos países envolvidos nos Fóruns de Cooperação, e uma bilateral, que concerne ao relacionamento que a China desenvolve com cada um deles. Sobre esta última modalidade, dedica-se especial atenção às relações entre a China e Angola. O ponto de partida incide na política externa chinesa e a sua projecção de poder em África, uma vez que o país asiático assume-se como principal agente de intervenção numa cooperação que se quer mutuamente benéfica. E é precisamente sobre este aspecto que dedicamos urna análise crítica de molde a contribuir para a expli-citação de algumas questões que este relacionamento coloca.
Índice

I. Enquadramento Teórico das Relações China-África
II. A Estratégia da China em África
III. Antecedentes e Evolução das Relações Diplomáticas entre a China e Angola
IV. Objectivos da Cooperação China-Angola
V. Perspectivas da Relação de Cooperação China-Angola

2ª Etapa

Reconstrução e construção com mão de obra « made in China

- COOPERAÇÃO CHINA/ÁFRICA : Que interesses estão em Jogo?

A China está galvanizada como um emergente gigante económico mundial do séc. XXI. Isso preocupa os hegemónicos países europeus e os Estados Unidos da América que se sentem ameaçados, ou pelo menos perturbados, por aquilo que receiam ser a ocupação de seus espaços de mercados tradicionais e de influência geopolítica no Continente Africano.

O comunismo, o fantasma dos pretextos para fazer investidas a China e tentar manietá-la, com o fim da guerra fria perdeu validade, mas no seu lugar surge a questão dos direitos humanos e a relação de cooperação com os regimes desgostados como o Sudão e o Zimbabwe. Ou seja, vale para a China, hoje, o que não valeu, ontem, para as potências europeias e para as administrações norte-americanas, quando se tratou de apadrinhar durante décadas, ditadores e déspotas em África, apoiando e alimentando guerras entre vizinhos, tudo em nome de matérias-primas e manipulações geoestratégicas. Os africanos, esses, dum modo geral aplaudem com sinaléticas de boas-vindas à China. A esperança é o reforço de uma cooperação com trocas comerciais mais justas, e de relações com menos ingerências e imposições, e a partir duma experiência dum modelo de desenvolvimento mais próximo.

- COOPERAÇÃO CHINA/ÁFRICA : O que África ganha?

Para os governos africanos, segundo análises comuns, a China é uma nova fonte de investimentos e de bens de consumo duráveis ao baixo preço e um contrapeso útil aos Estados Unidos da América e à Europa. Beijing não condiciona o dinheiro que concede às diferenças ou inconveniências políticas, ambientais ou sociais, como foi e é prática dos parceiros tradicionais, americanos e europeus e no passado a URSS.

Na história recente, alguns desses condicionalismos resultaram em situações nefastas para as economias de alguns países africanos. O caso do modelo de privatizações e da indústria de castanha de caju em Moçambique é apenas um ínfimo retrato de como condicionantes de ajuda a investimentos estrangeiros provenientes do Ocidente, poderão ter levado, em determinadas situações temporais, milhares de pessoas ao desemprego e fomentado a corrupção, no lugar de tornar as economias mais dinâmicas através dessas indústrias.


Efectivamente, numerosos gestos de boa-vontade têm também contribuído para atracção que a China exerce - estruturas por toda a África, muitos dos quais, quase a título gratuito, para além de enviar médicos e fornecer bolsas de estudo. É neste âmbito que a china adoptou como política de cooperação com África o apoio às empresas chinesas que participam na construção de infra-estruturas em África, sendo que, tenciona intensificar a cooperação nessa área. Um outro gesto, visto positivamente pelos africanos, é a disposição da China em negociar "amistosamente" com alguns países a fim de ajudá-los a resolver ou a reduzir as suas dívidas para com a China, que continua apelando à comunidade internacional, especialmente os países desenvolvidos, que tomem acções substantivas para isenção e redução das dívidas dos países africanos.Em suma, não parece haver muitas dúvidas sobre a importância estratégica que a África representa para crescente desenvolvimento económico da China que implica cada vez mais necessidade em recursos, de que o Continente Africano dispõe.


De acordo com um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) de Agosto de 2007 o por Jian-Ye Wang e intitulado "What drives China"s growing role in Africa?", 62 por cento das importações chinesas provenientes de África foram de petróleo e gás, seguindo-se os minerais e metais (13 por cento). Com a alta de preços destas matérias-primas, é natural que os valores das importações também subam mais rapidamente. Em troca, a China exporta produtos manufacturados e máquinas e equipamentos de transportes.
Sendo actualmente o segundo maior consumidor mundial de petróleo, preparando-se para ultrapassar os Estados Unidos, cerca de um terço das importações chinesas de hidrocarbonetos têm origem em África. Graças às suas enormes reservas de carvão, a China depende menos do petróleo do que muitos outros países, mas nem por isso deixa de necessitar de compras externas. E, aqui, destaca-se o papel de Angola. Em 2005, este país representou mais de 50 por cento de todas as importações que a China fez de África, superando a Arábia Saudita como principal fornecedor. Segundo Christopher Coker, professor de relações internacionais da London Business School, o Sudão tem também um papel de relevo, valendo sete por cento das importações chinesas de petróleo, com a particularidade da CNPC ser o principal accionista individual da companhia que controla os campos de petróleo do país, cuja segurança é assegurada por cerca de 4 mil seguranças chineses.


No caso angolano, foi garantida uma linha de crédito de 4,4 mil milhões de dólares pelo Exim Bank, instituição financeira ligada às relações comerciais, para ajudar a reconstruir o país depois da guerra. Graças a esta linha de financiamento, o governo presidido por José Eduardo dos Santos pode prescindir do apoio do FMI, bem como das suas exigências de combate de maior transparência e combate à corrupção. O pagamento da linha de crédito, feita a taxas atractivas e que garante a entrada de empresa chinesas para reconstruir estradas e o caminho-de-ferro, será feito em petróleo, durante vários anos. No entanto tem havido "dificuldades para criar um número suficiente de projectos a financiar", o que pode significar que "algo não está a correr bem" com os créditos.

- À boleia do Estado

Não podendo competir através das tecnologias, as empresas chinesas usam outras tácticas. Além do apoio do Estado, fornecem os projectos "chave na mão", via Exim Bank, com projecto, financiamento e construção, em áreas que incluem edifícios públicos, estádios, etc. Depois, os preços cobrados são mais baratos, até porque a mão-de-obra não requer grandes compensações salariais por viver fora do país.




Hoje, a China já empresta mais dinheiro do que o Banco Mundial, sendo três vezes superior às ajudas dos países da OCDE. Só em 2006, o Exmin realizou empréstimos de 12,5 mil milhões de euros. Nos últimos sete anos as empresas conseguiram garantir contratos para construir, segundo o FMI, mais de 6000 quilómetros de estradas, 3000 quilómetros de caminho-de-ferro, e oito centrais eléctricas.


Além do combate pela captação de recursos, a China pretende garantir novos mercados para os seus bens e serviços, e ter em África plataformas de exportação. O investimento directo, a par dos empréstimos e importações, é uma das suas grandes apostas, e não é só nas áreas de matérias-primas que tem investido. No Zimbabwe, por exemplo, está no sector dos telemóveis, enquanto na Etiópia a aposta é no sector farmacêutico.

Das cerca de 800 empresas que estão a investir em África, o FMI estima que apenas cerca de 100 sejam estatais. Como exemplos, este organismo menciona a Huawei, de telecomunicações, como sendo o maior fornecedor da tecnologia sem fios CDMA, os 400 milhões de dólares que a ZTE vai aplicar nas telecomunicações em Angola, as cerca de vinte pequenas e médias empresas que produzem materiais como colchões na Serra Leoa, a Hashan e os seis milhões que investiu na indústria de sapatos na Nigéria, ou os têxteis na Zâmbia.

Aproveitando os laços económicos para intensificar as ligações políticas, necessárias a nível mundial para fazer face aos EUA, e ganhar aliados no isolamento de Taiwan, a China tem também a estratégia de se expandir a nível cultural, com a abertura de escolas, centros de línguas, intercâmbios e bolsas.



- Focos de tensão

O aumento das exportações chinesas para os países africanos tem também lados negativos, afectando a indústria local. O mesmo se passa no resto do mundo, aliás, mas aqui o impacto parece maior, já que a capacidade de reacção é diminuta. Diversas fábricas já fecharam no Quénia, Lesoto, África do Sul e Suazilândia. Em Outubro do ano passado, um artigo da revista "Economist", além de referir que a estratégia chinesa não ajuda a diversificação da produção, relatava os impactos da chegada de produtos baratos, cada vez mais abrangentes, que competem vitoriosamente com a oferta local. Da mesma forma, as empresas chinesas presentes nestes países, com elevadas taxas de desemprego, recorrem pouco a mão-de-obra local, provocando tensões sociais, já patentes em países como a Zâmbia.


Estima-se que haja entre 75 mil a 78 mil chineses em África, de forma mais ou menos permanente, provocando interrogações sobre se estará a decorrer uma espécie de vaga colonizadora de um território com 1,3 mil milhões de pessoas para um continente bastante despovoado. Um artigo da revista "Global Business Perspectives", publicado este ano, cita o responsável da Câmara de Comércio do Chade, que espera a chegada de cerca de 40 mil chineses ao seu país nos próximos anos. À medida que se vão instalando, os novos habitantes tendem a chamar mais imigrantes, nomeadamente os familiares.


- Uma lança na África do Sul

O último grande passo da marcha da China para o continente africano ocorreu em Outubro de 2007, quando o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) comprou 20 por cento do sul-africano Standard Bank. O negócio, avaliado em cerca de 5,5 mil milhões de dólares, representa o maior investimento neste país desde o fim do "apartheid", e junta o maior banco africano com o líder chinês, que é também a instituição bancária com maior capitalização bolsista do mundo. No caso dos chineses, a operação mostra que os investimentos já não são apenas para deter a maioria do capital, apostando em participações minoritárias para ganhar acesso a mercados e ao conhecimento

Recolha de alguns dados em: www.publico.pt


Comentário: Com tantas facilidades.Com tantos gestos de boa-vontade.Com tantos biliões nos cifrões.Com tantos chineses a invadirem os recursos naturais.Com taxas de juros tão baixas.Com tanta cegueira.Até um cego, é capaz de ver, mesmo que tenha nascido com os olhos em bico, quando a « esmola é muita.O pobre deve desconfiar»

Perante a dimensão desta invasão, apetece perguntar :

- Qual vai ser o futuro de África/Africanos?
- Qual vai ser o futuro de Angola/Angolanos ?


sexta-feira, 6 de junho de 2008

Mais de 16.000 Congoleses expulsos de Angola

Fonte: panapress

Kinshasa, RD Congo (PANA) - Mais de 16 mil cidadãos da RD Congo expulsos recentemente de Angola estão alojados em Kaungula, a cerca de 90 quilómetros da cidade de Tembo, na província de Bandundu na fronteira entre os dois países, informou quarta-feira a rádio privada "Rtg@" em Kinshasa.A fonte anunciou igualmente que 11 mil outros Congoleses em vias de regressar ao seu país nas mesmas condições estavam à espera na fronteira."As condições em que os Congoleses são geralmente expulsos de Angola avizinham as violências xenófobas constatadas ultimamente na África do Sul, excepto que as vítimas das manifestações na África do Sul beneficiam de alguns apoios do Governo do país de acolhimento que já não os expulsa", afirmou a rádio, que revela que estes expulsos são brutalizados, geralmente, pelas forças da ordem.Nos seus testemunhos, eles contam a alegada violência da Polícia, que se salda frequentemente em perdas de vidas humanas.Os cidadãos expulsos chegam ao país extenuados e num estado de pobreza total, necessitando de assistência.De acordo com a rádio Rtg@, uma delegação do executivo provincial de Bandundu deveria deslocar-se ao local para avaliar as necessidades destes cidadãos expulsos e os ajudar.A rádio denuncia que as autoridades angolanas habituaram-se a "repatriar" à força cidadãos congoleses cada vez que se prepara um evento político importante, como as eleições legislativas de Setembro próximo, acusando que isto constitui um pretexto para se livrar deles.



Comentário:Parece que a moda do amigo Zuma do ANC Sul Africano tem ramificações em Angola.Ou será ao contrário « a moda do MPLA do amigo José Eduardo dos Santos teve ramificações na África do Sul».Seja qual fôr a opção, a questão da xenófobia entre os negros, principalmente entre os negros de países fronteiriços (vizinhos) é preocupante.Quantos angolanos na época colonial, sob o estigma do progressismo libertador procuraram exílio no Congo e a partir dele, organizaram acções de ataques de guerrilha e de xenofobia contra raças semelhantes ou diferentes dentro do seu próprio país?


Nota à navegação: Tenho a informar que não sou comunista nem afecta a qualquer partido de esquerda, de direita ou do centro.Nada de misturar alhos com bogalhos.Nada de misturar o designer (profissionalismo) deste espaço com a autora dos posts e respectivos comentários dos mesmos.

As pessoas de bem, mesmo em situações de desespero de causa, não recorrem a terceiros como armas de arremesso, assumem as suas responsabilidades individuais e respondem por elas na justiça.Como em Angola, a justiça só pende para um dos lados da balança - MPLA e do poder, é natural que esse tipo de pessoas pensem que neste local ou em outros onde são habituais frequentadores, também podem ameaçar e amordaçar as linhas de pensamento, e a liberdade de expressão contrárias às deles.Assim, para quem não sabe, e insiste em teimar nas suas ideologias de esquerda, fica a saber, que eu ...

"Sou seguidora da ideologia política " Nova Democracia.Novo Oxigénio"

Quem não gostar, tem à sua disposição várias opções, sendo uma delas "Aproveite o seu precioso tempo e ideologias e vá dar banho aos cães"