sábado, 23 de novembro de 2013

Angola em estado crítico:Polícia invade sede da UNITA aos tiros




Luanda – O país acordou em Estado de sitio, este sábado, depois de a Policia através do seu porta-voz Aristofanes dos Santos ter ameaçado impedir qualquer manifestação em respeito a memória de Isaias Cassule e Alves Kamulingues, dois activistas executados pelas autoridades e lançados aos jacarés.

Logo nas primeiras horas do dia, a policia invadiu a sede da CASA-CE, em Luanda, tendo prendido um grupo de militantes que preparam cartazes exigindo justiça pelo que aconteceu com os dois ativistas mortos.O Deputado desta formação, Leonel Gomes foi detido junto com outros jovens.

O Líder da CASA-CE, Abel Chivukuvku ao ir procurar os seus companheiros pelas cadeias de Luanda, acabou também por ser detido e solto uma hora depois.O Governo parece que tem saudades da guerra”, diz uma testemunha.

Em Cabinda, mesmo sem antes da convocada manifestação se realizar, o Secretariado provincial da UNITA foi invadido por efectivos das FAA e Policia.A margem da operação foi preso o Secretario da UNITA para a Comunicação e Marketing naquela província do Norte de Angola
Em Menongue as forças policiais invariam também a sede da UNITA, e espancaram membros desse partido.Na ocasião os policiais atiraram granadas de fumo lacrimogéneo. A informação foi prestada pelo Secretario Provincial Ernesto Kambinda.

Na província do Bengo foi detido esta manha, o Secretário Provincial da JURA naquela província, João Moisés Bessa por um forte aparato da polícia destacado no desvio da Barra do Dande.A sede deste partido em Caxito foi cercada pela policia desde a madrugada do dia 23 impedindo todos os populares que circulam naquele perimentro.
Na província do Bie, apesar dos impedimentos o povo, começou a sair as ruas depois das 9h da manha fazendo-se presente na manifestação programada.Antes o Comamdante Provincial Adjunto da Policia Nacional, Sr. Menhucho reuniu-se com Secretário Provincial da UNITA, Lito Kandambu solicitando para que nao saíssem as ruas para cumprimento das ordens do Governo e Ministerio do Interior.  Momentos depois alguns populares juntaram-se defronte do Secretariado do Comité Provincial do maior partido da oposição, onde foi lido um manifesto.

Clima de instabilidade que se segue no país foi antecedido por uma campanha movida pela TPA, com reportagens em que se fazia recordar a guerra que terminou a 10 anos atrás.O trabalho da Televisão estatal, segundo, observações foi no sentido dar a entender ao povo de que a manifestação em respeito a memoria de Alves Kamulingue e Isaias Cassule, eram sinónimos de guerra.
 
Fonte:Angop