terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

História sobre o 27 de Maio de 1977 está a ser distorcida

Fonte: Jornal de Angola (Jornal pertencente às cúpulas do Presidente da Nação e MPLA)

A história de Angola está a ser distorcida e manipulada pelos que tentaram o golpe no dia 27 de Maio de 1977 com o fim de darem uma imagem diferente do que realmente se passou, refere uma declaração da Fundação António Agostinho Neto, à propósito de livros e artigos que têm sido publicados em Angola e Portugal sobre esta data.Assinada pela presidente do seu conselho de administração, Irene Neto, a declaração da Fundação Agostinho Neto refere que os livros e artigos publicados apresentam uma visão muito subjectiva e manipulam a história, para darem uma imagem dos mentores e protagonistas da tentativa de golpe de Estado que não é a realidade.
“O que se vai publicando mais não faz do que contar uma mentira atrás de outra”, lê-se na declaração, onde se considera de paradoxal o facto de essas distorções e manipulações ocorrerem ante o silêncio de muitas testemunhas e participantes directos que ainda estão vivos e sabem que a verdade não está a ser contada.
Segundo a Fundação Agostinho Neto, a história do 27 de Maio de 1977 precisa ser contada com base em factos, documentos e depoimentos de todos os que nele participaram. Ou seja, “a história terá de ser narrada ouvindo todas as partes”.
“Os livros e artigos até agora publicados por dito(a)s historiadore(a)s apenas contam mentiras e versões do lado dos golpistas, sem nunca se preocuparem em ouvir o MPLA, o Governo e outros participantes, nem respeitarem as evidências históricas”, refere a declaração que defende a necessidade de se investigar com maior urgência a verdade sobre o 27 de Maio, uma vez que “não se tem publicado quase nada e a maior parte da informação está em posse de pessoas que podem morrer ou perder a memória deste evento”.
De acordo com o documento, quanto mais tarde ocorrer essa investigação maior será o risco de não se compilarem todas as informações e evidências históricas e de se confrontarem as versões de uns e de outros. Acrescenta que todos os participantes, directos e indirectos do 27 de Maio de 1977 têm o direito e o dever de escrever para legarem o seu testemunho à história, ao passo que o MPLA e o Governo devem mobilizar as pessoas e os meios necessários para a investigação dos acontecimentos ocorridos naquela data.
“Com este gesto, contribuiremos todos para contar a verdade histórica e reduzir-se-ão as possibilidades dos que querem mentir, falsear, distorcer meias verdades, exagerar o número de mortos e inverter papéis de quem se quer passar por vítima inocente”, defende ainda a Fundação Agostinho Neto.
A fundação reitera que continuará a investigação e a recolha de todas as evidências históricas com o fim de contribuir para a verdade sobre o 27 de Maio de 1977 e sobre a acção do fundador da Nação e primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, assim como de seus companheiros.





Comentário:Todos os que têm a coragem de escrever sobre esta "nódoa incómoda" da história do MPLA e do seu fundador, são uma cambada de aldrabões, baseando-se em factos e churilhos de mentiras com o intuito de denegrirem a versão oficial e oficiosa dos seus protagonistas.

Certo é que, Irene Neto Presidente do Conselho de Administração da Fundação Agostinho Neto, disponibilizou-se para usar este meio de comunicação social, para maliciosamente tentar da mesma forma denegrir os factos constantes nos artigos e livros em questão.Se a Instituição que Irene Neto dirige e administra já tivesse feito o seu devido trabalho de casa, relativamente a esta nódoa, tornando público a sua visão dos factos, provávelmente muitos dos interessados neste tema, tivessem acesso a essa versão, e pudessem da mesma forma julgar e contrapôr.Enquanto a versão oficial da Fundação que ela representa não forem tornados públicos, pervalecem como oficiais as mentiras dos artigos dos autores dos livros.Sem esquecer, que ambos os autores dos livros convergem para a mesma teoria dos factos dos acontecimentos de Maio de 1977.Os argumentos apresentados pela dona Irene Neto, não acrescentaram nada de novo às mentiras de uns e de outros.

Dona Irene Neto, deveria preocupar-se em canalizar todos os seus conhecimentos e poderes como representante da Fundação Agostinho Neto, para recolher depoimentos entre os protagonistas ainda vivos, prestando um grande contributo a todos os níveis.Será que a dona Irene Neto e o partido que ela representa, estão mais interessados, que o tempo vá passando e a morte encarregue-se de levar o testemunho dos protagonistas ainda vivos.
Ao invés a dona Irene Neto, rápidamente optou por usar a comunicação social partidária, numa tentativa de distrocer a verdade, integrando-se dentro do grupo dos que tentam manipular história, tentando dar uma imagem que não corresponde à realidade e à verdade, com mentiras umas atrás das outras, atrasando a história de Angola.

Dona Irene Neto, onde já se viu, uma fundação representar uma pessoa, sem ter a sua obra devidamente elaborada.Quer sejam, obras boas (estas já devem estar publicadas) ou más(faltam publicar).


Isto é Angola...

Em Angola, não se passa nada...

Angola recomenda-se...(pelo menos Sócrates e Fidel Castro recomendam, cuidado com as catanas afiadas,(símbolo da bandeira da nação), com as doenças endémicas( doença do sono, malária, cólera, HIV), com as emboscadas, com a "gasosa", com as ameaças " não há fumo, sem fogo" com a contra-informação, com as perseguições aos jornalistas e imprensa privada, com as descriminações raciais no B.I, cuidado com os saques dos internacionalistas.Tudo isto, em nome do " Poder Popular " e do MPLA)

1 comentário:

Anónimo disse...

O MPLA COMO MARCA


O MPLA como Marca representa um poder permanente em função de mais do que a sua história e multiplicidade de histórias e perpetuações das suas tradições.
Um dos factores qualitativos de recriação da sua força consiste na lealdade da corrente regeneradora dos seus aliados.
Os seus atributos, qualidade e expectativas criadas e uma amálgama de resultados e sua funcionalidade reforçam uma narrativa que impulsiona a sua existência.
Não há dúvida de que as crenças sagradas, criações, metas e seu prestígio, sua visão e missão, capacidade de inovação reforçam o seu posicionamento.
A sua suposta notoriedade e fidelização em constante construção criando boas ligações emocionais melhorarão consideravelmente essa marca.
Sendo assim será que a marca MPLA é um sistema propulsor e fonte de criação de valor?
Será que a notoriedade do MPLA continua a ser evocada de forma espontânea?
Para que a marca MPLA se perpetue será necessário que as atitudes das pessoas correspondam a avaliações globais favoráveis.
Não há dúvida que a força da marca MPLA quase se confundirá a um culto descentralizado e de interacções e laços fortes e experiências partilhadas que criam várias identidades verbais e simbólicas.
Para falar da antiguidade da Marca MPLA teremos que falar forçosamente do seu núcleo fundador de Conacry dos anos 60.
A marca MPLA se perpetua pelo seu prestígio devido as associações intangíveis, pelo seu simbolismo popularizado incontornável e grandes compromissos com o passado.
O MPLA como marca, alem de possuir narrativas de sobrevivência, inclui testemunhos que dão a história, significados mais profundos e grande carácter de emocionalidade.
A história do nacionalismo e luta de libertação pelos actores de renome a partir da fundação do MPLA em Conacry pelos seis fundadores bem personalizados, como Viriato da Cruz, Mário Pinto de Andrade, Hugo José Azancot de Menezes, Lúcio Lara, Eduardo Macedo dos Santos e Matias Migueis perpetuarão essa marca de forma reflectida.
Poderemos então afirmar que os fundadores de Conacry foram os agentes prioritários e fundamentais da verdadeira autenticidade da marca MPLA.
A dinâmica da história e a construção de identidades pressupõem estados liminares, pelo afastamento constante de identidades anteriores.
Desenvolver a cultura da marca MPLA exigirá um constante planeamento e estratégias que permitirão reunir e sentir esta marca global.
Para terminar apelaria que nas verdadeiras reflexões que a lenda da marca não obscurecesse a lenda dos fundadores verdadeiros artífices.
Escrito Por:
AYRES GUERRA AZANCOT DE MENEZES