segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

MARCOLINO MOCO QUEBRA SILÊNCIO

Fonte: VOA

O antigo primeiro-ministro Marcolino Moco rompeu o silêncio a que esteve remetido nos últimos anos para assumir publicamente que já criticou «em algumas ocasiões» o Presidente da República.

Marcolino Moco não precisou o momento em que o terá feito e se foi esta postura que pesou no seu afastamento do cargo.
Mas o agora deputado do MPLA reconheceu que ao criticar o Chefe de Estado «alguns ficaram muito zangados porque não se pode criticá-lo».

Moco, que já foi secretário-geral do MPLA, evitou admitir se o seu comportamento era parte das reformas internas que o seu partido precisa. Para ele em democracias modernas o Presidente de República não é alguém «intocável ou insubstituível».

Reconhece Eduardo dos Santos como sendo um «um grande camarada» e esclarece que não tem rancor do Presidente da República, por o ter destituído.

Segundo declarou, as relações que manteve com o PR (enquanto chefe do Governo) não eram familiares, amigáveis nem empresariais mas «relações político-partidárias».


«Não posso ter rancor do Presidente por ele me ter destituído. Ele próprio é que me tinha posto no lugar. Então, o lugar é dele. Ele pôs-me, ele tirou-me», desabafou Marcolino Moco justificou as praticamente nulas aparições em público desde o seu polémico afastamento da cúpula do seu partido, há cerca de dez anos, com a alegação de que foi aconselhado a fazê-lo.
O antigo secretário-geral do MPLA afastou a possibilidade de vir a mudar de partido mas sublinhou que já não é tão «fanático como era em 1974», quando aderiu àquele partido.

Mais dados sobre a entrevista de Marcolino Moco ao semanário Cruzeiro do Sul o ouvinte (leitor) poderá acompanhar na nossa edição desta terça-feira.


Comentário: Marcolino Moco, define básicamente e objectivamente a filisofia política da ditadura que é imposta pelo Todo Poderoso Presidente da Nação, quando reconhece " que ao criticar o Chefe de Estado «alguns ficaram muito zangados porque não se pode criticá-lo»."

O Marcolino Moco, no meio destas jogadas políticas e de ditadura, até teve alguma sorte e complascência da parte do Todo Poderoso.O seu destino, poderia ter sido semelhante ao de muitos que viveram o "Holocausto de 1975".

Diz também Marcolino Moco, que deixou de ser tão fanático pelo partido.É um bom sinal para a democracia.Se Marcolino Moco, tivesse coragem e canaliza-se todo o seu conhecimento e experiência, para fazer passar a sua mensagem entre os jovens, contribuindo para a desmitificação e funcionamento existentes nas cúpulas do MPLA.Onde a crítica e liberdade de expressão é inexistente e está dependente do Ditador Todo Poderoso Presidente da Nação.

O MPLA não é, nem nunca foi, um partido virado para as cúpulas das minorias do "exterior". Do e para o POVO.Foi sempre, um partido virado para o seu interior.Do e para os gorilas e lambe botas, dependentes do intocável ou insubstituível José Eduardo dos Santos.

Marcolino Moco, quando dentro de um navio, alguém rema contra a maré das maiorias, vê-se obrigado a saltar ou a ser empurrado à força pela borda fora.Esse alguém torna-se um incómodo.Uma pedra no sapato que incómoda, criando um mal estar geral.Temos que ver, calar e comer com eles, em silêncio sem levantar ondas.Marcolino, em navios desse tipo, não há lugar para os honestos, nem luxos de liberdades de expressão.

Isto é Angola...

Em Angola, não se passa nada...

Angola recomenda-se...(pelo menos Sócrates e Fidel Castro recomendam, cuidado com as catanas afiadas,(símbolo da bandeira da nação), com as doenças endémicas( doença do sono, malária, cólera, HIV), com as emboscadas, com a "gasosa", com as ameaças " não há fumo, sem fogo" com a contra-informação, com as perseguições aos jornalistas e imprensa privada, com as descriminações raciais no B.I, cuidado com os saques dos internacionalistas.Tudo isto, em nome do " Poder Popular " e do MPLA).

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