Rita Gonçalves
Fonte de recolha: angolaxyami
Img: Club-k
Luanda cidade miserável e a milionária, condomínios de luxo e musseques
Bob Gedolf veio a Portugal dizer que as casas em Luanda são mais caras do que em Londres. As autoridades angolanas ripostaram violentamente. O BN foi saber de que fala o cantor irlandês.
Empreendimentos de luxo nascem ao lado dos musseques
Indiferente à pressão dos musseques (bairros de lata) que cercam a cidade, nasce mais um prédio de luxo no centro de Luanda. Com 24 andares e 150 metros de altura, o edifício Espírito Santo custou ao grupo português liderado por Ricardo Salgado 115 milhões de euros. Tem uma zona comercial, com lojas e esplanadas, e escritórios, entre o quarto e o décimo sexto andares. No topo, com vista privilegiada sobre a baía de Luanda, foram construídos quatro apartamentos. Para já, sabe-se que Ricardo Salgado deverá ficar com uma dessas casas cujos valores oscilam entre os 625 mil e um milhão de euros. O preço dos escritórios é ainda mais elevado: três vezes o preço do andar mais caro. Estão todos vendidos.
Apenas dois tipos de pessoas têm acesso a estes empreendimentos que proliferam pela capital angolana: os ricos, altos cargos de empresas estrangeiras, e os muito ricos, nomenclatura do MPLA e generais que subiram na vida à custa da guerra civil. A sua identidade não é segredo para ninguém. Em Fevereiro de 2003, o jornal O Angolense publicou os nomes dos angolanos com fortunas superiores a 32 milhões de euros, num artigo intitulado "Os nossos milionários". A ousadia de escrever a verdade valeu aos dois editores do jornal perseguições a ameaças, segundo o que contaram ao Human Rights Watch, e o jornalista Graça Campos acabou oito meses fechado numa prisão.
Também no centro da cidade, no famoso bairro de Miramar - onde o Presidente José Eduardo dos Santos tem uma das suas residências não oficiais -, ergue-se mais uma torre imponente. Em breve, será ocupada pela Wayfield, holding empresas de fabrico e comércio de produtos alimentares, como a Refriango. Para os últimos andares foram projectados dois duplexes de 1100m2 com casa de banho revestidas de pedras semi-preciosas. Um deles já tem dono: o líder do grupo, o português Luís Vicente.
Ali bem perto, em Alvalade, o bairro mais caro da cidade, onde o preço do aluguer de uma moradia não é menos do que dez mil euros por mês, vive Fernando Teles, presidente do BIC (Banco Internacional de Crédito) numa moradia com todas as comodidades, incluindo piscina.
A maioria dos empresários portugueses com negócios em Angola, como Américo Amorim, prefere, no entanto, hospedar-se em hotéis ou em casas de amigos. "Luanda é demasiado perigosa e assusta muitos destes empresários, que evitam comprar uma casa e preferem a comodidade e segurança de se instalarem um hotel", contou ao DN um angolano que pediu para não ser identificado.
Se comprar casa só está ao alcance de alguns, alugar também não é para todos.
A invasão de estrangeiros endinheirados numa cidade sobrelotada (Luanda foi projectada para receber 500 mil habitantes, hoje tem cinco milhões) fez com que os preços dos arrendamentos disparassem nos últimos cinco anos. Um português expatriado em Angola contou ao DN que o grosso dos engenheiros, advogados e arquitectos estrangeiros estão instalados no centro da cidade, na zona de Kinaxixi. onde pagam em média dois mil euros por mês por um T2 num prédio com mais de 30 anos, sem elevador e com constantes infiltrações, entupimentos e falhas de energia.
Já os altos quadros de empresas estrangeiras e os angolanos milionários vivem barricados em condomínios de luxo em Luanda Sul a 17 km do centro da cidade, resguardados dos musseques que os cercam. Seguranças armados à porta 24 horas por dia, piscina nas traseiras e heliporto no quintal isolam os muito ricos do resto da paisagem decadente. Deslocam-se em seus, jipes e Porsches de vidros fumados indiferentes a que 80% da população da cidade não tenha energia eléctrica (segundo um estudo da UNICEF) e que 11 milhões de pessoas vivam abaixo da linha da pobreza. Uma visita ao Google Earth é esclarecedora das assimetrias abissais.
Condomínios em forma de trevo com as suas piscinas de um azul profundo destacam-se entre a imensidão do musseque que do céu parece um amontoado de lata velha.
O fosso entre os muitos ricos e os muito pobres escava-se diariamente. Em breve, outro condomínio irá nascer em Luanda Sul. Da responsabilidade do maior consórcio diamantífero de Angola, o Catoca/Endiama, as casas estão a ser comercializadas em segredo, apenas através de contactos pessoais. Ao mesmo passo a que a cólera invade os musseques e as barracas invadem a cidade, constrói-se mais um bunker para os milionários.
O luxo na baía
Na baía de Luanda os novos prédios que se erguem com vista sobre o mar são luxuosas sedes de grandes empresas corno a BP e a Exxon Mobil. A requalificação da marginal é uma iniciativa do consórcio Luanda Waterfront Corporation, do empresário português José Récio. muito próximo de José Eduardo dos Santos. O projecto, aprovado pelo Governo em 2005, inclui a construção de parques de estacionamento, de uma nova ponte de acesso à ilha de Luanda, a criação de espaços verdes, a par da construção de hotéis e prédios de escritórios. Inicialmente, foi também aprovada a construção de uma ilha artificial (ver em cima desenho do projecto), inspirada na fanhosa Palm do Dubai. mas os veementes protestos de ambientalistas deram os seus frutos e, por agora, o projecto parece ter sido abandonado.
Comentário:Já escrevi muito sobre este assunto.O fosso e a disparidade que está a ser (re)construído para a "Cidade de Luanda só para Ricos", em paralelo tentam afastar as classes desfavorecidas, para kilómetros de distância da capital, com o acarretar de custos elevados para estas classes, por si só, já muito carenciadas e sem recursos para suportar os custos das deslocações à capital, onde se encontram as melhores condições e a maioria das ofertas de emprego.
Ou seja, os ricos amigos dos criminosos estão apostados " a comerem e a usufruirem da carne e dos ossos " deitando as sobras no lixo, para o verdadeiro e miserável povo angolano, dono da sua terra, do seu país, pelo qual foram vítimas de uma guerra, julgando eles (povo) que estariam a lutar e a guerrear pela sua libertação das mãos dos capitalistas.
O tempo e a história estão a encarregar-se de provar através dos factos, que tudo não passou de uma "cabala" bem montada pelos criminosos do MPLA, que durante muitos anos, acusavam os colonos e Jonas Savimbi de serem os causadores e os almadiçoados das desgraças dos angolanos e de Angola.
Por muitas campanhas de marketing que possam encomendar, como tentativa de virarem o bico ao prego ou de encomendarem milhões de óculos escuros de baixo custo e de má qualidade à China, como tentativa de cegarem o povo angolano, na voz das classes desfavorecidas, jamais vão conseguir enganá-los, até porque as evidências estão à mostra e os ricos vão querer pagar sempre preços de baixos custos aos pobres.Só dessa forma é que eles enriquecem.Não dividem nada com ninguém.Antes pelo contrário, quanto mais pisarem (afundarem) os pobres, mais eles enriquecem os seus bolsos com fortunas incalculáveis.
Vai chegar o dia, que o feitiço vai-se virar contra o feiticeiro.
Vai chegar o dia, que o povo cansado de tanta injustiça e sofrimento, será obrigado a soltar o seu grito de revolta - "BASTA".
Quando esse dia chegar, esperemos que os responsáveis e o grupo dos "riquinhos" não sejam cobardes e mantenham-se firmes nos seus postos de comandos trancados com barras de ferro e protegidos com material bélico made in China, dentro dos seus condomínios e quintais luxuosos.É um acto de cobardia refugiar-se em hóteis e em casas de amigos.Quem não deve, não teme.Quem não deve, expôe-se e mistura-se com todas as classes que fazem parte integrante de uma sociedade.
Vai chegar o dia, que a natureza encarrega-se de "afundar" a Baía de Luanda, e com ela afundam os sonhos dos criminosos, dos oportunistas, dos chupistas e outros que tais, pertencentes à máfia do tráfico de influências e corrupção - Sócretinos.
Enquanto essse dia não chega.Tudo não passa, de uma CABALA montada para denegrir os governantes e o MPLA, pois o momento do ROUBO vive-se neste instante, quem vier a seguir que feche a porta e seja "anjinho suficiente" para resolver os problemas do povo constantemente adiados, com obras de baixo custo made in China.
Rico não encomenda obras de construção à China, pois sabe que são de má qualidade e de curta duração.
Luanda cidade miserável e a milionária, condomínios de luxo e musseques
Bob Gedolf veio a Portugal dizer que as casas em Luanda são mais caras do que em Londres. As autoridades angolanas ripostaram violentamente. O BN foi saber de que fala o cantor irlandês.
Empreendimentos de luxo nascem ao lado dos musseques
Indiferente à pressão dos musseques (bairros de lata) que cercam a cidade, nasce mais um prédio de luxo no centro de Luanda. Com 24 andares e 150 metros de altura, o edifício Espírito Santo custou ao grupo português liderado por Ricardo Salgado 115 milhões de euros. Tem uma zona comercial, com lojas e esplanadas, e escritórios, entre o quarto e o décimo sexto andares. No topo, com vista privilegiada sobre a baía de Luanda, foram construídos quatro apartamentos. Para já, sabe-se que Ricardo Salgado deverá ficar com uma dessas casas cujos valores oscilam entre os 625 mil e um milhão de euros. O preço dos escritórios é ainda mais elevado: três vezes o preço do andar mais caro. Estão todos vendidos.
Apenas dois tipos de pessoas têm acesso a estes empreendimentos que proliferam pela capital angolana: os ricos, altos cargos de empresas estrangeiras, e os muito ricos, nomenclatura do MPLA e generais que subiram na vida à custa da guerra civil. A sua identidade não é segredo para ninguém. Em Fevereiro de 2003, o jornal O Angolense publicou os nomes dos angolanos com fortunas superiores a 32 milhões de euros, num artigo intitulado "Os nossos milionários". A ousadia de escrever a verdade valeu aos dois editores do jornal perseguições a ameaças, segundo o que contaram ao Human Rights Watch, e o jornalista Graça Campos acabou oito meses fechado numa prisão.
Também no centro da cidade, no famoso bairro de Miramar - onde o Presidente José Eduardo dos Santos tem uma das suas residências não oficiais -, ergue-se mais uma torre imponente. Em breve, será ocupada pela Wayfield, holding empresas de fabrico e comércio de produtos alimentares, como a Refriango. Para os últimos andares foram projectados dois duplexes de 1100m2 com casa de banho revestidas de pedras semi-preciosas. Um deles já tem dono: o líder do grupo, o português Luís Vicente.
Ali bem perto, em Alvalade, o bairro mais caro da cidade, onde o preço do aluguer de uma moradia não é menos do que dez mil euros por mês, vive Fernando Teles, presidente do BIC (Banco Internacional de Crédito) numa moradia com todas as comodidades, incluindo piscina.
A maioria dos empresários portugueses com negócios em Angola, como Américo Amorim, prefere, no entanto, hospedar-se em hotéis ou em casas de amigos. "Luanda é demasiado perigosa e assusta muitos destes empresários, que evitam comprar uma casa e preferem a comodidade e segurança de se instalarem um hotel", contou ao DN um angolano que pediu para não ser identificado.
Se comprar casa só está ao alcance de alguns, alugar também não é para todos.
A invasão de estrangeiros endinheirados numa cidade sobrelotada (Luanda foi projectada para receber 500 mil habitantes, hoje tem cinco milhões) fez com que os preços dos arrendamentos disparassem nos últimos cinco anos. Um português expatriado em Angola contou ao DN que o grosso dos engenheiros, advogados e arquitectos estrangeiros estão instalados no centro da cidade, na zona de Kinaxixi. onde pagam em média dois mil euros por mês por um T2 num prédio com mais de 30 anos, sem elevador e com constantes infiltrações, entupimentos e falhas de energia.
Já os altos quadros de empresas estrangeiras e os angolanos milionários vivem barricados em condomínios de luxo em Luanda Sul a 17 km do centro da cidade, resguardados dos musseques que os cercam. Seguranças armados à porta 24 horas por dia, piscina nas traseiras e heliporto no quintal isolam os muito ricos do resto da paisagem decadente. Deslocam-se em seus, jipes e Porsches de vidros fumados indiferentes a que 80% da população da cidade não tenha energia eléctrica (segundo um estudo da UNICEF) e que 11 milhões de pessoas vivam abaixo da linha da pobreza. Uma visita ao Google Earth é esclarecedora das assimetrias abissais.
Condomínios em forma de trevo com as suas piscinas de um azul profundo destacam-se entre a imensidão do musseque que do céu parece um amontoado de lata velha.
O fosso entre os muitos ricos e os muito pobres escava-se diariamente. Em breve, outro condomínio irá nascer em Luanda Sul. Da responsabilidade do maior consórcio diamantífero de Angola, o Catoca/Endiama, as casas estão a ser comercializadas em segredo, apenas através de contactos pessoais. Ao mesmo passo a que a cólera invade os musseques e as barracas invadem a cidade, constrói-se mais um bunker para os milionários.
O luxo na baía
Na baía de Luanda os novos prédios que se erguem com vista sobre o mar são luxuosas sedes de grandes empresas corno a BP e a Exxon Mobil. A requalificação da marginal é uma iniciativa do consórcio Luanda Waterfront Corporation, do empresário português José Récio. muito próximo de José Eduardo dos Santos. O projecto, aprovado pelo Governo em 2005, inclui a construção de parques de estacionamento, de uma nova ponte de acesso à ilha de Luanda, a criação de espaços verdes, a par da construção de hotéis e prédios de escritórios. Inicialmente, foi também aprovada a construção de uma ilha artificial (ver em cima desenho do projecto), inspirada na fanhosa Palm do Dubai. mas os veementes protestos de ambientalistas deram os seus frutos e, por agora, o projecto parece ter sido abandonado.
Comentário:Já escrevi muito sobre este assunto.O fosso e a disparidade que está a ser (re)construído para a "Cidade de Luanda só para Ricos", em paralelo tentam afastar as classes desfavorecidas, para kilómetros de distância da capital, com o acarretar de custos elevados para estas classes, por si só, já muito carenciadas e sem recursos para suportar os custos das deslocações à capital, onde se encontram as melhores condições e a maioria das ofertas de emprego.
Ou seja, os ricos amigos dos criminosos estão apostados " a comerem e a usufruirem da carne e dos ossos " deitando as sobras no lixo, para o verdadeiro e miserável povo angolano, dono da sua terra, do seu país, pelo qual foram vítimas de uma guerra, julgando eles (povo) que estariam a lutar e a guerrear pela sua libertação das mãos dos capitalistas.
O tempo e a história estão a encarregar-se de provar através dos factos, que tudo não passou de uma "cabala" bem montada pelos criminosos do MPLA, que durante muitos anos, acusavam os colonos e Jonas Savimbi de serem os causadores e os almadiçoados das desgraças dos angolanos e de Angola.
Por muitas campanhas de marketing que possam encomendar, como tentativa de virarem o bico ao prego ou de encomendarem milhões de óculos escuros de baixo custo e de má qualidade à China, como tentativa de cegarem o povo angolano, na voz das classes desfavorecidas, jamais vão conseguir enganá-los, até porque as evidências estão à mostra e os ricos vão querer pagar sempre preços de baixos custos aos pobres.Só dessa forma é que eles enriquecem.Não dividem nada com ninguém.Antes pelo contrário, quanto mais pisarem (afundarem) os pobres, mais eles enriquecem os seus bolsos com fortunas incalculáveis.
Vai chegar o dia, que o feitiço vai-se virar contra o feiticeiro.
Vai chegar o dia, que o povo cansado de tanta injustiça e sofrimento, será obrigado a soltar o seu grito de revolta - "BASTA".
Quando esse dia chegar, esperemos que os responsáveis e o grupo dos "riquinhos" não sejam cobardes e mantenham-se firmes nos seus postos de comandos trancados com barras de ferro e protegidos com material bélico made in China, dentro dos seus condomínios e quintais luxuosos.É um acto de cobardia refugiar-se em hóteis e em casas de amigos.Quem não deve, não teme.Quem não deve, expôe-se e mistura-se com todas as classes que fazem parte integrante de uma sociedade.
Vai chegar o dia, que a natureza encarrega-se de "afundar" a Baía de Luanda, e com ela afundam os sonhos dos criminosos, dos oportunistas, dos chupistas e outros que tais, pertencentes à máfia do tráfico de influências e corrupção - Sócretinos.
Enquanto essse dia não chega.Tudo não passa, de uma CABALA montada para denegrir os governantes e o MPLA, pois o momento do ROUBO vive-se neste instante, quem vier a seguir que feche a porta e seja "anjinho suficiente" para resolver os problemas do povo constantemente adiados, com obras de baixo custo made in China.
Rico não encomenda obras de construção à China, pois sabe que são de má qualidade e de curta duração.
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