Fonte: Esquerda.Net
O presidente da Frente para a Democracia (FpD) de Angola, Filomeno Vieira Lopes, afirma em entrevista publicada a 25 de Abril de 2008: "Toda a nossa economia gira em torno do poder político. Hoje, os grandes empresários são os políticos, há esta promiscuidade, o que dificulta a formulação de políticas públicas abrangentes." A FpD é um pequeno partido angolano, que em 1992 participando na AD - Coligação elegeu um deputado.
Leia a entrevista, que foi publicada por Angola Xyami (Angola Minha Terra - Jornal de informação por uma Angola democrática).
ANG: No campo económico, Angola está neste momento com um dos índices de crescimento invejável. O que é que nos falta para fazer coincidir crescimento com desenvolvimento?
F.L.: É preciso uma política de desenvolvimento que não existe, uma profunda preocupação com o social, assim como colocar o homem no centro das nossas preocupações. Quando falamos em desenvolvimento não estamos a falar na construção de prédios, nem de vias, estamos, sobretudo, a falar do homem. Há um défice no tratamento destas questões porque se está a ver a economia como um mero conjunto de empresas que fazem alguns produtos. Toda a nossa economia gira em torno do poder político. Hoje, os grandes empresários são os políticos, há esta promiscuidade, o que dificulta a formulação de políticas públicas abrangentes. Temos uma oportunidade na base da militância política e do clientelismo político, que evitam que aqueles que são da oposição possam ter as mesmas oportunidades.
ANG: A FpD tem no seu seio uma nata de intelectuais que labora nas mais diversas esferas do país, incluindo a pública. Sentem também esta marginalização?
F.L.: Grande parte dos dirigentes da FpD ou foi expulsa dos sítios em que estava ou foi exonerada ou teve que abandonar os postos, por causa desta política de descriminação.
ANG: Faz parte desta lista?
F.L.: Também faço parte deste lote, assim como grande parte dos meus colegas que integram a direcção. Os que permaneceram nos cargos abandonaram as suas posições de direcção. Temos muitos membros, que foram candidatos a deputados pela FpD, que hoje estão em posições públicas relevantes, mas tiveram que abandonar a sua militância activa. Tiveram de o fazer quase que por razões de sobrevivência.
ANG: Como mudar esta tendência?
F.L.: Através do debate, da consulta das populações. Através de um factor extremamente importante, que é a educação. Temos que fazer um investimento grande na educação. Não basta construir escolas. Estive recentemente no Instituto Médio Agrário e o Jornal Angolense não faz parte da biblioteca daquele instituto, como nenhum outro semanário e nem o Jornal de Angola. Como é possível formar o cidadão, quando ele está num instituto médio e não tem acesso a informação diária, quando você até tem estudantes internos? A minha filha está na sexta classe e só conseguiu dois livros neste programa do Ministério da Educação. Há um défice profundo na educação. Uma das ideias da Frente para a Democracia é a criação de um sistema de ensino em que a criança vai ficar mais tempo na escola, que entre de manhã e saia quase no fim da tarde. Isto porquê? Grande parte dos cidadãos angolanos não tem capacidade de pagar uma creche. Com 68% da população a viver com um dólar e meio por dia, grande parte dos pais não tem condições de dar uma refeição diária condigna aos filhos e nem de colocar a criança em frente a um computador. Se comprarmos, a relação de uma criança angolana com os meios modernos de informação e de comunicação é completamente diferente de uma criança francesa. É preciso ter em mente que daqui a dez anos estas crianças estarão numa mesa de negociações. Não há um sistema de transportes públicos. Se eu for aos Estados Unidos da América, um país capitalista, há um sistema de transporte escolar, porque há uma preocupação profunda relativamente a questão da educação. Por exemplo, se 30% das receitas das empresas de jogo revertessem para a educação já seria um contributo. A verdade é que grande parte das receitas do país não vai para o Ministério das Finanças. Havendo problemas como estes, a nível da sociedade, é preciso que o Estado assuma algumas funções.
ANG: Não estaremos aqui a comparar realidades com um historial e contexto muito diferentes?
F.L.: As realidades são diferentes mas são comparáveis. Conhecemos realidades que eram como as nossas, há 20/30 anos atrás, mas que ultrapassaram a situação porque investiram na educação, como o caso da Malásia ou a Irlanda. A educação formata tudo.
ANG: Para onde vão então as receitas do país?
F.L.: Vão para outros caminhos.
ANG: Essa política iria implicar a redução do número de crianças por escolas e obrigaria a construção de novas escolas para atender esta carência.
F.L.: Temos de fazer um investimento brutal na educação. Acabamos de fazer um estudo sobre a situação da criança com foco também para a componente de educação, da saúde e assistência social em relação as crianças. Neste momento não tenho o número certo em mente, mas posso garantir-lhes que Angola gasta muito pouco e não tem comparação absolutamente nenhuma com o que se gasta por cada criança em todos os países da África Austral.
ANG: O que está aqui a dizer-nos é muito bonito no discurso. Todos os partidos que têm estes planos mas nunca estiveram no poder. Não estará aqui em causa a velha questão de que é muito fácil dizer, mas difícil mesmo é fazer?
F.L.: Não, não é fácil dizer, sobretudo com esta substância. Falamos porque temos uma prática social, porque estudamos profundamente os nossos problemas e estamos na procura de respostas adequadas. É fácil falar superficialmente. Para um tagarela talvez seja fácil falar algumas coisas, mas não é fácil descobrirmos as vias sobre as quais os problemas devem ser resolvidos.
ANG: O país caminha para as eleições numa altura em que alguns partidos políticos optam por um discurso musculado. Como encara esta questão?
F.L.: Achamos que é mau. Temos que aprender com o passado. Agita-se muito a questão da guerra como factor que impediu que tivéssemos maior progresso. Ao mesmo tempo, estamos a ver políticos que atiçam a população, não conseguem ter uma linguagem de equilíbrio, sobretudo, porque não têm proposta política. O MPLA não tem proposta política para o país, digo isto porque aquilo que prometerem vai merecer uma pergunta por parte da população: porquê que não fizeram antes? Houve guerra sim, mas as responsabilidades neste caso são partilhadas. O facto de termos estado em guerra deveria levar a uma política de austeridade. Como foi possível numa conjuntura de guerra, termos um regime de alta corrupção, por parte da direcção política do país?
ANG: Com o trabalho que tem sido feito não só pela FpD, mas pelo esforço dos outros partidos da oposição, acredita numa eventual vitória da vossa parte?
F.L.: Os dados não são ainda completamente seguros de que estas eleições poderão ser disputadas da melhor forma. Queremos fazer um apelo maciço à população para colaborar neste processo eleitoral. Há muita apatia por parte de muitos cidadãos, estão apreensivos, pois os cidadãos continuam a ser perseguidos. Cada vez que um cidadão aborda um assunto há sempre um elemento do SINFO por perto. Se o descontentamento que observamos na população se transformar em votos não vamos, certamente, ver o partido no poder renovar o seu mandato.
Comentário: Num um país, com 68% da população a viver com um dólar e meio por dia, não é surpresa para ninguém, a relação entre o valor diário para viver e o aumento da criminalidade.Atentendo que a oferta de trabalho, destina-se aos quadros com formação (engº de bermas de estradas) vindos directamente da China, os valores da relação aumentam.Isto é, temos uma população local, genuínamente angolana a vaguear pelas ruas no desenrascanço, entregue às oportunidades do crime casual, enquanto que as comunidades de estrangeiros (com formação duvidosa) ocupam os seus postos de trabalho, pagos a peso de ouro.
Esta desigualdade entre um dólar e meio diário para a maioria dos angolanos e os cinquenta dólares para as comunidades estrangeiras, cava um fosso demasiado fundo perante as causas-efeitos que esta política e estratégia pode ocasionar numa população e sociedade angolana pós-guerra.
Com tantas receitas e oportunidades que o país tem e oferece, para onde vão as receitas e as oportunidades ?
Vão para outros caminhos, tais como: pagar as despesas nas discotecas e festas das "Caras", estudos no estrangeiro, viagens para irem às compras em Paris ou Londres, compra de carros topo de gama, abertura de empresas fictícias (nascem empresários), apartamentos e vivendas de luxo na Europa e Brasil, etc., para os filhos e outros familiares dos representantes do MPLA e do governo.
Na verdade com este fosso abismal, à população só lhe resta, entreter-se a "GAMAR A OFERTA DO VALOR DIÁRIO DOS PSEUDOS NOVOS RICOS".
Quem tem moralidade para os condenar, se as populações herderam os maus exemplos dos responsáveis pela distribuição e aplicação das receitas.
Alguém no seu perfeito juízo, acha que um pseudo novo rico ou um estrangeiro pago a peso de ouro, no caso de ter faltas de água ou de energia, vai andar com baldes ou bacias à cabeça para carregar água para as suas torneiras.Ou que vai ver televisão à luz da vela?
Nem pensar, essa classe paga um dólar e meio ao angolano desenrascado para fazer esses serviços.Paga a um camião cisterna, para encher os seus tanques e geradores privados com água e combustível.A esses nada falta.
Para os que ainda têm memória.No tempo colonial, toda a população tinha água e luz.Nas cidades não se usavam geradores.Quantos geradores particulares existem na cidade de Luanda (já não falo das outras cidades)?
Ao militante do MPLA e governador do Namíbe, que recentemente fez um discurso de pré-campanha eleitoral, na tentativa de fazer relembrar ao povo, que eles sabiam quem tinha destruído, as escolas, hospitais, centros de saúde, pontes, estradas etc,.O dito militante e governador esqueceu-se de perguntar ao povo se sabiam quem tinha construído todas as infra-estruturas que ele acusa de ter sido a UNITA a destruir.
Será, que ele vai ser cara de pau, e vai ter o descaramento de dizer que as infras-estruturas que a UNITA destruíu foram construídas pelo MPLA.
Será, que o MPLA, acha-se no direito de ser o dono de Angola e de todos angolanos.Não existindo o direito à diferença, seja ela qual fôr?Vão ser pereseguidos, como são os estudantes africanos na Rússia pelo Skin-Heads ?
Será, que o povo e a UNITA não têm o direito de destruir as infra-estruturas que foram construídas pelo colono português, e que o MPLA usa para fazer papel de vítima querendo dar entender ao mundo e ao povo angolano, que o armamento do MPLA usado durante a guerra, era inofensivo ao ponto de não conseguir destruir as infras-estruturas construídas pelo colonizador.
Será, que a destruição da cidade de Luanda, onde está instalado o poder político, foi por culpa da UNITA e da oposição ?
Será, tanta coisa, que nem o diabo nem o MPLA são capazes de explicar e contabilizar o mal que provocaram ao povo angolano e ao país, ao ponto dos políticos e responsáveis do MPLA, serem os maiores empresários CORRUPTOS.
O presidente da Frente para a Democracia (FpD) de Angola, Filomeno Vieira Lopes, afirma em entrevista publicada a 25 de Abril de 2008: "Toda a nossa economia gira em torno do poder político. Hoje, os grandes empresários são os políticos, há esta promiscuidade, o que dificulta a formulação de políticas públicas abrangentes." A FpD é um pequeno partido angolano, que em 1992 participando na AD - Coligação elegeu um deputado.
Leia a entrevista, que foi publicada por Angola Xyami (Angola Minha Terra - Jornal de informação por uma Angola democrática).
ANG: No campo económico, Angola está neste momento com um dos índices de crescimento invejável. O que é que nos falta para fazer coincidir crescimento com desenvolvimento?
F.L.: É preciso uma política de desenvolvimento que não existe, uma profunda preocupação com o social, assim como colocar o homem no centro das nossas preocupações. Quando falamos em desenvolvimento não estamos a falar na construção de prédios, nem de vias, estamos, sobretudo, a falar do homem. Há um défice no tratamento destas questões porque se está a ver a economia como um mero conjunto de empresas que fazem alguns produtos. Toda a nossa economia gira em torno do poder político. Hoje, os grandes empresários são os políticos, há esta promiscuidade, o que dificulta a formulação de políticas públicas abrangentes. Temos uma oportunidade na base da militância política e do clientelismo político, que evitam que aqueles que são da oposição possam ter as mesmas oportunidades.
ANG: A FpD tem no seu seio uma nata de intelectuais que labora nas mais diversas esferas do país, incluindo a pública. Sentem também esta marginalização?
F.L.: Grande parte dos dirigentes da FpD ou foi expulsa dos sítios em que estava ou foi exonerada ou teve que abandonar os postos, por causa desta política de descriminação.
ANG: Faz parte desta lista?
F.L.: Também faço parte deste lote, assim como grande parte dos meus colegas que integram a direcção. Os que permaneceram nos cargos abandonaram as suas posições de direcção. Temos muitos membros, que foram candidatos a deputados pela FpD, que hoje estão em posições públicas relevantes, mas tiveram que abandonar a sua militância activa. Tiveram de o fazer quase que por razões de sobrevivência.
ANG: Como mudar esta tendência?
F.L.: Através do debate, da consulta das populações. Através de um factor extremamente importante, que é a educação. Temos que fazer um investimento grande na educação. Não basta construir escolas. Estive recentemente no Instituto Médio Agrário e o Jornal Angolense não faz parte da biblioteca daquele instituto, como nenhum outro semanário e nem o Jornal de Angola. Como é possível formar o cidadão, quando ele está num instituto médio e não tem acesso a informação diária, quando você até tem estudantes internos? A minha filha está na sexta classe e só conseguiu dois livros neste programa do Ministério da Educação. Há um défice profundo na educação. Uma das ideias da Frente para a Democracia é a criação de um sistema de ensino em que a criança vai ficar mais tempo na escola, que entre de manhã e saia quase no fim da tarde. Isto porquê? Grande parte dos cidadãos angolanos não tem capacidade de pagar uma creche. Com 68% da população a viver com um dólar e meio por dia, grande parte dos pais não tem condições de dar uma refeição diária condigna aos filhos e nem de colocar a criança em frente a um computador. Se comprarmos, a relação de uma criança angolana com os meios modernos de informação e de comunicação é completamente diferente de uma criança francesa. É preciso ter em mente que daqui a dez anos estas crianças estarão numa mesa de negociações. Não há um sistema de transportes públicos. Se eu for aos Estados Unidos da América, um país capitalista, há um sistema de transporte escolar, porque há uma preocupação profunda relativamente a questão da educação. Por exemplo, se 30% das receitas das empresas de jogo revertessem para a educação já seria um contributo. A verdade é que grande parte das receitas do país não vai para o Ministério das Finanças. Havendo problemas como estes, a nível da sociedade, é preciso que o Estado assuma algumas funções.
ANG: Não estaremos aqui a comparar realidades com um historial e contexto muito diferentes?
F.L.: As realidades são diferentes mas são comparáveis. Conhecemos realidades que eram como as nossas, há 20/30 anos atrás, mas que ultrapassaram a situação porque investiram na educação, como o caso da Malásia ou a Irlanda. A educação formata tudo.
ANG: Para onde vão então as receitas do país?
F.L.: Vão para outros caminhos.
ANG: Essa política iria implicar a redução do número de crianças por escolas e obrigaria a construção de novas escolas para atender esta carência.
F.L.: Temos de fazer um investimento brutal na educação. Acabamos de fazer um estudo sobre a situação da criança com foco também para a componente de educação, da saúde e assistência social em relação as crianças. Neste momento não tenho o número certo em mente, mas posso garantir-lhes que Angola gasta muito pouco e não tem comparação absolutamente nenhuma com o que se gasta por cada criança em todos os países da África Austral.
ANG: O que está aqui a dizer-nos é muito bonito no discurso. Todos os partidos que têm estes planos mas nunca estiveram no poder. Não estará aqui em causa a velha questão de que é muito fácil dizer, mas difícil mesmo é fazer?
F.L.: Não, não é fácil dizer, sobretudo com esta substância. Falamos porque temos uma prática social, porque estudamos profundamente os nossos problemas e estamos na procura de respostas adequadas. É fácil falar superficialmente. Para um tagarela talvez seja fácil falar algumas coisas, mas não é fácil descobrirmos as vias sobre as quais os problemas devem ser resolvidos.
ANG: O país caminha para as eleições numa altura em que alguns partidos políticos optam por um discurso musculado. Como encara esta questão?
F.L.: Achamos que é mau. Temos que aprender com o passado. Agita-se muito a questão da guerra como factor que impediu que tivéssemos maior progresso. Ao mesmo tempo, estamos a ver políticos que atiçam a população, não conseguem ter uma linguagem de equilíbrio, sobretudo, porque não têm proposta política. O MPLA não tem proposta política para o país, digo isto porque aquilo que prometerem vai merecer uma pergunta por parte da população: porquê que não fizeram antes? Houve guerra sim, mas as responsabilidades neste caso são partilhadas. O facto de termos estado em guerra deveria levar a uma política de austeridade. Como foi possível numa conjuntura de guerra, termos um regime de alta corrupção, por parte da direcção política do país?
ANG: Com o trabalho que tem sido feito não só pela FpD, mas pelo esforço dos outros partidos da oposição, acredita numa eventual vitória da vossa parte?
F.L.: Os dados não são ainda completamente seguros de que estas eleições poderão ser disputadas da melhor forma. Queremos fazer um apelo maciço à população para colaborar neste processo eleitoral. Há muita apatia por parte de muitos cidadãos, estão apreensivos, pois os cidadãos continuam a ser perseguidos. Cada vez que um cidadão aborda um assunto há sempre um elemento do SINFO por perto. Se o descontentamento que observamos na população se transformar em votos não vamos, certamente, ver o partido no poder renovar o seu mandato.
Comentário: Num um país, com 68% da população a viver com um dólar e meio por dia, não é surpresa para ninguém, a relação entre o valor diário para viver e o aumento da criminalidade.Atentendo que a oferta de trabalho, destina-se aos quadros com formação (engº de bermas de estradas) vindos directamente da China, os valores da relação aumentam.Isto é, temos uma população local, genuínamente angolana a vaguear pelas ruas no desenrascanço, entregue às oportunidades do crime casual, enquanto que as comunidades de estrangeiros (com formação duvidosa) ocupam os seus postos de trabalho, pagos a peso de ouro.
Esta desigualdade entre um dólar e meio diário para a maioria dos angolanos e os cinquenta dólares para as comunidades estrangeiras, cava um fosso demasiado fundo perante as causas-efeitos que esta política e estratégia pode ocasionar numa população e sociedade angolana pós-guerra.
Com tantas receitas e oportunidades que o país tem e oferece, para onde vão as receitas e as oportunidades ?
Vão para outros caminhos, tais como: pagar as despesas nas discotecas e festas das "Caras", estudos no estrangeiro, viagens para irem às compras em Paris ou Londres, compra de carros topo de gama, abertura de empresas fictícias (nascem empresários), apartamentos e vivendas de luxo na Europa e Brasil, etc., para os filhos e outros familiares dos representantes do MPLA e do governo.
Na verdade com este fosso abismal, à população só lhe resta, entreter-se a "GAMAR A OFERTA DO VALOR DIÁRIO DOS PSEUDOS NOVOS RICOS".
Quem tem moralidade para os condenar, se as populações herderam os maus exemplos dos responsáveis pela distribuição e aplicação das receitas.
Alguém no seu perfeito juízo, acha que um pseudo novo rico ou um estrangeiro pago a peso de ouro, no caso de ter faltas de água ou de energia, vai andar com baldes ou bacias à cabeça para carregar água para as suas torneiras.Ou que vai ver televisão à luz da vela?
Nem pensar, essa classe paga um dólar e meio ao angolano desenrascado para fazer esses serviços.Paga a um camião cisterna, para encher os seus tanques e geradores privados com água e combustível.A esses nada falta.
Para os que ainda têm memória.No tempo colonial, toda a população tinha água e luz.Nas cidades não se usavam geradores.Quantos geradores particulares existem na cidade de Luanda (já não falo das outras cidades)?
Ao militante do MPLA e governador do Namíbe, que recentemente fez um discurso de pré-campanha eleitoral, na tentativa de fazer relembrar ao povo, que eles sabiam quem tinha destruído, as escolas, hospitais, centros de saúde, pontes, estradas etc,.O dito militante e governador esqueceu-se de perguntar ao povo se sabiam quem tinha construído todas as infra-estruturas que ele acusa de ter sido a UNITA a destruir.
Será, que ele vai ser cara de pau, e vai ter o descaramento de dizer que as infras-estruturas que a UNITA destruíu foram construídas pelo MPLA.
Será, que o MPLA, acha-se no direito de ser o dono de Angola e de todos angolanos.Não existindo o direito à diferença, seja ela qual fôr?Vão ser pereseguidos, como são os estudantes africanos na Rússia pelo Skin-Heads ?
Será, que o povo e a UNITA não têm o direito de destruir as infra-estruturas que foram construídas pelo colono português, e que o MPLA usa para fazer papel de vítima querendo dar entender ao mundo e ao povo angolano, que o armamento do MPLA usado durante a guerra, era inofensivo ao ponto de não conseguir destruir as infras-estruturas construídas pelo colonizador.
Será, que a destruição da cidade de Luanda, onde está instalado o poder político, foi por culpa da UNITA e da oposição ?
Será, tanta coisa, que nem o diabo nem o MPLA são capazes de explicar e contabilizar o mal que provocaram ao povo angolano e ao país, ao ponto dos políticos e responsáveis do MPLA, serem os maiores empresários CORRUPTOS.
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