domingo, 31 de agosto de 2008

Eleições:Igreja preocupada

Fonte:Correio da Manhã

Angola: Apreensão face a legislativas da próxima sexta-feira

Responsáveis da Igreja angolana revelam alguma apreensão quanto às legislativas da próxima sexta-feira, questionando mesmo se o ambiente é propício a eleições livres e justas.
O padre José Imbamba, director do serviço de comunicações da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, afirmou à Agência Ecclesia estar ao corrente dos receios da população face às eleições. "Não o podemos negar. A experiência de 1992 foi dura e deixou marcas em muitas pessoas." O sacerdote referia-se à violência que deflagrou após as últimas eleições em Angola.

O governo do presidente José Eduardo dos Santos já garantiu que estão reunidas todas condições para que o escrutínio decorra de forma pacífica e democrática, mas os próprios cidadãos estão apreensivos. Perante os receios, o padre Imbamba apela aos angolanos para "votarem sem medo e darem uma resposta aos políticos, manifestando-se assim contra a guerra". Recorde-se que as eleições de 5 de Setembro são as primeiras desde o fim da sangrenta guerra civil no país, em 2002.

Mas não é apenas a Igreja que se manifesta preocupada com as legislativas de sexta-feira. O presidente da Associação Cívica Justiça, Paz e Democracia, Fernando Macedo, alerta para a disparidade de meios do partido que sustém o governo. "Há partidos a distribuir bicicletas, carros, motas e outros bens de alta valia material e fazem-no com orientação de voto", declarou Fernando Macedo, citado pela Rádio Renascença, denunciando a existência de corrupção na campanha eleitoral angolana e um tratamento privilegiado ao MPLA.

Também o presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Ngola Kabangu, instruiu, no Huambo, os delegados de lista às assembleias de voto no sentido de uma rigorosa fiscalização das eleições. Recorde-se que, no total, concorrem ao acto eleitoral 14 partidos e coligações.


Comentário: Lá diz o velho ditado: " Quem está dentro do convento, é que sabe, o que lá, se passa e gasta "

Tudo, o que as chancelarias internacionais, e o marketing publicitário, possam dizer, sobre o acto eleitoral em Angola, é mera ficção.Uma utopia.Uma fachada, pintada com as cores dos lobbies e dos interesses económicos e políticos de cada um dos intervenientes.

Conclusão: quem se vai tramar, é o povo.É assim, em toda a parte do mundo.Angola com os problemas que apresenta, não é, nem será excepção.Com agravante que os políticos angolanos, obtiveram e fizeram a sua carreira política na Escola Superior da Corrupção José Eduardo dos Santos versus MPLA.Vai levar muito anos, até o povo angolano, conseguir livrar-se desta corja de pseudo-políticos.Eles estão agarrados às cadeiras do poder, feitos "CARRAÇAS".

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