Fonte:Correio da Manhã
Ligou para o marido já ele estava morto
A família de um trabalhador português, que no dia 1 de Agosto morreu num acidente em Angola, está "desesperada" e ao mesmo tempo "revoltada" por ainda não saber as circunstâncias da sua morte, nem a data em que chega o corpo.
Tiveram conhecimento da morte do familiar, residente em Mundão, Viseu, quando a mulher ligou para o seu telemóvel e atendeu outra pessoa, que lhe disse que o proprietário do equipamento "tinha acabado de morrer num acidente de viação".
Desde aí, a família diz ter feito vários contactos, nomeadamente com a empresa para a qual trabalhava. "Eles nem sequer sabiam que ele tinha morrido e continuamos sem saber exactamente o que aconteceu", conta a irmã do trabalhador, Fátima Costa.
Carlos Manuel Cristo Duarte, a vítima, tinha 38 anos e trabalhava como operador de máquinas desde Outubro numa obra em Huambo, Angola. Era casado e pai de cinco filhos menores.
Revoltada, a irmã critica a empresa por nem sequer "ter dado apoio psicológico à família, que está a sofrer tanto". Fátima Costa teme pelo futuro dos menores, já que era o seu irmão que sustentava a família". A cunhada, adianta, trabalha, "mas não é suficiente".
Na tentativa de perceber o que aconteceu, Fátima Costa recorreu, através de um amigo, a um jornalista em Angola, mas as informações são escassas. "Descobriu que ele poderia ter sido subcontratado por outra empresa, que também é portuguesa, mas tem escritórios em Angola.Liguei para lá e disseram que não sabiam o que tinha acontecido. Só sabiam que ele tinha morrido. É muito estranho", diz a irmã da vítima.
Uma das poucas informações que a família de Carlos Duarte conseguiu apurar foi que o corpo tinha sido transportado para Luanda, para ser autopsiado. Só depois seria enviado para Portugal. Continuam sem saber quando.
Comentário:Angola, o país onde o impossível é um fenómeno natural, devido à contra-informação.Quando, algo de grave acontece, ninguém sabe de nada, ninguém viu nada, ninguém tem culpas no cartório, onde a culpa morre solteira, antes mesmo de ter nascido.
Fazer mais o quê?
Isto é Angola, e as relações excelentes entre as empresas portuguesas e os governantes angolanos.Neste caso particular, quem se vai tramar, é a família da vítima.Entre uns (empresa) e outros (responsáveis angolanos), vai começar o jogo do empurra, no apuramento de responsabilidades.
Ligou para o marido já ele estava morto
A família de um trabalhador português, que no dia 1 de Agosto morreu num acidente em Angola, está "desesperada" e ao mesmo tempo "revoltada" por ainda não saber as circunstâncias da sua morte, nem a data em que chega o corpo.
Tiveram conhecimento da morte do familiar, residente em Mundão, Viseu, quando a mulher ligou para o seu telemóvel e atendeu outra pessoa, que lhe disse que o proprietário do equipamento "tinha acabado de morrer num acidente de viação".
Desde aí, a família diz ter feito vários contactos, nomeadamente com a empresa para a qual trabalhava. "Eles nem sequer sabiam que ele tinha morrido e continuamos sem saber exactamente o que aconteceu", conta a irmã do trabalhador, Fátima Costa.
Carlos Manuel Cristo Duarte, a vítima, tinha 38 anos e trabalhava como operador de máquinas desde Outubro numa obra em Huambo, Angola. Era casado e pai de cinco filhos menores.
Revoltada, a irmã critica a empresa por nem sequer "ter dado apoio psicológico à família, que está a sofrer tanto". Fátima Costa teme pelo futuro dos menores, já que era o seu irmão que sustentava a família". A cunhada, adianta, trabalha, "mas não é suficiente".
Na tentativa de perceber o que aconteceu, Fátima Costa recorreu, através de um amigo, a um jornalista em Angola, mas as informações são escassas. "Descobriu que ele poderia ter sido subcontratado por outra empresa, que também é portuguesa, mas tem escritórios em Angola.Liguei para lá e disseram que não sabiam o que tinha acontecido. Só sabiam que ele tinha morrido. É muito estranho", diz a irmã da vítima.
Uma das poucas informações que a família de Carlos Duarte conseguiu apurar foi que o corpo tinha sido transportado para Luanda, para ser autopsiado. Só depois seria enviado para Portugal. Continuam sem saber quando.
Comentário:Angola, o país onde o impossível é um fenómeno natural, devido à contra-informação.Quando, algo de grave acontece, ninguém sabe de nada, ninguém viu nada, ninguém tem culpas no cartório, onde a culpa morre solteira, antes mesmo de ter nascido.
Fazer mais o quê?
Isto é Angola, e as relações excelentes entre as empresas portuguesas e os governantes angolanos.Neste caso particular, quem se vai tramar, é a família da vítima.Entre uns (empresa) e outros (responsáveis angolanos), vai começar o jogo do empurra, no apuramento de responsabilidades.
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