terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Ministério da Educação quer garantir a presença de professores e estudantes nas assembleias de voto

Pausa pedagógica durante as eleições não prejudica os alunos

A pausa pedagógica de 45 dia para os alunos do ensino primário do I e II Ciclos, programada durante as eleições legislativas, em Setembro próximo não será prejudicial para os alunos abrangidos nesta situação, garantiu o director provincial da Educação, André Soma. André Soma afirmou que antes da pausa, para permitir que muitos professores e alunos participem nas assembleias de voto, todos os constrangimentos foram tidos em conta, no sentido de estes não afectarem as crianças no seu retorno à escola.O director provincial da Educação deu a conhecer que o organismo de tutela analisou e decidiu quais os conteúdos programáticos que devem ser retomados em Setembro para que as crianças apreendam o essencial. “Estes conteúdos programáticos vão permitir que as crianças não sintam muito esta paragem, pois mais vale pararmos agora do que continuarmos sem a participação da maioria dos professores e estudantes”, disse. Quanto ao sistema de ensino nas zonas periféricas, André Soma afirmou que a situação está melhor, porque foi lançado o programa de merenda escolar em zonas como Kididi, Kakila, Tombo e Ana Nguenji.“Nestas áreas, os alunos tinham algumas dificuldades em deslocar-se à escola, porque não tinham merenda, mas depois do lançamento do programa as crianças voltaram aos estabelecimentos de ensino e o próprio rendimento subiu”, explicou o director provincial da Educação.


Comentário: Esta decisão, mais parece anedota, ou uma tentativa de atirarem areia para os olhos da opinião pública.Esta decisão, tem gato escondido com o rabo de fora.Só em Angola, é que os iresponsáveis pela educação, são capazes de ver ou de sentir perigosidade nos estudantes e professores do I e II Ciclo.Atendendo, que os estudantes neste nível de ensino, alguns não serão potenciais eleitores votantes.Atendendo, que um professor é um cidadão comum, tal como, são todos os outros cidadãos.Atendendo, que ao Director provincial da Educação, fugiu-lhe a boca para a verdade, ao afirmar que " os conteúdos programáticos devem ser retomados em Setembro para que as CRIANÇAS APRENDAM O ESSENCIAL".

O essencial, para este director, deve ser, não aprender absolutamente nada, para além do básico e que estes estudantes podem ser prejudicados, não havendo para ele e para o MPLA, mal menor, numa pausa de 45 dias.É obra, nestes níveis de ensino, onde as crianças esquecem rápidamente os conteúdos assimilados, se juntarmos o ambiente das campanhas eleitorais, mais rapidamente se apagará do seu cérebro os conteúdos aprendidos.A não ser, que o partido no poder MPLA, à qual pertence este director, estejam a pensar como outrora pensaram, em usar as crianças como bastiões de guerra e de propaganda política nos comícios.Se assim fôr, o director tem toda a razão, nem os estudantes nem os professores terão tempo livre, nem capacidades para dedicarem-se exclusivamente ao ensino e ao estudo dos conteúdos programáticos incluídos nos programas de ensino.

Os professores, as crianças e os jovens estudantes ao serviço da política. Tal é, a aflição e o receio pelos resultados eleitorais.

Lavagem cerebral, que já se viu em outros carnavais e cenários por parte do partido do poder.

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