quarta-feira, 2 de abril de 2008

Cabinda: Mais uma empresa atacada pela guerrilha

Fonte: Jornal Digital

Cabinda - Esta segunda-feira a empresa de construção civil Emcica em Buco Zau foi atacada pela resistência cabindesa causando dois mortos civis. A guerrilha prossegue com a estratégia de fragilizar as estruturas económicas angolanas em Cabinda.

«Já fizemos vários apelos e não fomos ouvidos, as empresas preferem seguir as mentiras do governo angolano, assim como dos seus lacaios. Estamos numa campanha contra a ocupação angolana. O amigo do seu inimigo é um inimigo, assim as empresas com capitais mistos com Angola são nossos inimigos» ameaçara Alexandre Taty, vice-presidente da FLEC em entrevista à PNN alertando que esta estratégia é no «início de uma campanha que as Forças Armadas Cabindesas (FAC) programaram e vão executar nos próximos tempos».

Esta segunda-feira, 31 de Março, a empresa de construção civil Emica a operar em Buco Zau, norte de Cabinda, foi vítima de um ataque da guerrilha provocando dois mortos civis, um natural de Cabinda e um funcionário de nacionalidade congolesa, confirmou à PNN fonte próxima da resistência.

O ataque à empresa Emcica acontece cerca de um mês após uma emboscada que resultou no ferimento grave de um cidadão português funcionário da Tecnovia, também a operar em Cabinda. No final de 2007 um paramédico de nacionalidade brasileira morreu numa operação da guerrilha contra a empresa de exploração petrolífera Grant Geofísica.
Apesar de o Governo angolano não reconhecer oficialmente estas operações da guerrilha a empresa estatal petrolífera angolana, Sonangol, decidiu suspender os programas de estudos sísmicos no Bloco Norte em Cabinda devido a graves problemas de segurança.

A guerrilha garante que vai prosseguir os ataques às empresas que «colaboram com o Governo de Angola» até que Luanda se decida estabelecer negociações directas com a resistência.





Comentário: Este tipo de situação, acontece porque as empresas não dão " cavaco " às ameaças da FLEC.Preferem dar " cavaco" ao poder (governo).As empresas afirmam que as FAA, garantem a sua protecção no território.Em quatro meses, o número de vítimas estrangeiras (conhecidas) causadas pela FLEC, são de três mortos e um ferido.Será, que a protecção das FAA está a ser eficaz?

Atendendo que faltam seis meses para as eleições, o tempo começa a apertar, é muito provável que a FLEC intensifique as suas acções de guerrilha, contra os estrangeiros.Matando estrangeiros, rápidamente a FLEC, faz notícia e tem impacto internacionalmente.

Se fosse comigo, eu cá não confiava muito nem nas FAA, nem no poder central.

Sem comentários: