quinta-feira, 24 de abril de 2008

MPLA da Tonga da Mironga

Fonte: Club-k

Feliciano J.R. Cangüe

Nota: Do artigo "MPLA ganhou a guerra", retirei algumas reflexões que gostaria de partilhar aqui neste espaço.

- " Já que chegou o momento de falarmos a verdade, aqui também vai a minha. Sejamos sinceros: MPLA não ganhou a guerra, coisa nenhuma. Ganhou a "tonga da mironga". Eles querem ganhar a guerra no grito. Senão vejamos: os meninos que combateram, na sua maioria foi rusgada em verdadeiras operações do “kuata-kuata”, ou seja, foram forçados. Muitos desses jovens, que hoje estão desempregados e sem nenhuma qualificação, muito provavelmente não se simpatizavam com o MPLA. Foram eles que fizeram guerra, enquanto os filhos de muitos dos grandes do MPLA andavam no estrangeiro fazendo a coisa certa: estudar. Hoje, muitos deles, orgulhosamente hoje possuem especializações, MBA (Master of Business Administration degree), mestrados, doutorados e outros tiveram treinamentos privilegiados como o “on job training”. Agora ficam jogando isso na cara da população sofredora. Tudo bem!. Eu pergunto: é correto que esses filhinhos de papai, com seus diplomas universitários, agora cantem vitória do MPLA? Na hora da verdade fugiram da raia! E para onde foi o mérito dos meninos pobres que lutaram? Agora o mérito é todo do MPLA?



- "Esse discurso, de que o MPLA ganhou a guerra, é de pessoas que estão enganadas ou querem enganar.


- " Tem mais. Queremos propostas de como conseguir melhorar a vida social, como acabar com o desrespeito ao interesse coletivo, como acabar a perpetuação no poder de mesmas pessoas, como melhorar o atraso da demagogia, como implantar um governo pragmático, como acabar com políticos oportunistas, palhaços, animais ferozes, sem vergonha, inimigos do povo, como fazer o país andar mais rápido e acabar com esse “lenga-lenga”, quase parando, como acabar com a rapidez de dirigente que procura a todo custo estar na frente de negociatas, como acabar com o prazer de alguns quando vêm um microfone e falam sem refletir sobre aquilo que se dizem, como acabar com a incompetência dos dirigentes que já virou um problema insolúvel, como substituir os comunas, essa gente que se aparelhou no Estado numa forma esquemática?


Ou ainda, como mudar as leis que só existem para fortalecer a corrupção, como frear o enriquecimento dos corruptos, como acabar com a bandeira suja do atraso, como fazer com que o governantes sejam tementes a Deus, que saibam respeitar pelo menos o oitavo e o décimo mandamento, como fazer para que o povo leia obras literárias de Neto, como levar a escola para todos os jovens em idade escolar, como levar a saúde para todos, como podemos sair do abismo em que estamos, como acabar com o fanatismo dos elementos do MPLA que acham que só eles sabem governar, como acabar com a política de segregar indivíduos, como abrir novos postos de trabalho para o povo, como levar a comida até à mesa do angolano? Como evitar que o escritório das Nações Unidas para os direitos humanos seja encerrado em Angola? Como evitar que angolanos parem de se alcoolizar vergonhosamente? Como respeitar a opinião de outros escritores? Como acabar com a profissão de puxa-saquismo? Será que quando dirigentes dão entrevistas têm em mente isso como preocupação importante? Num país unificado pelo horror e pela desesperança, queremos ouvir propostas concretas.





Comentário:Para o MPLA os melhores quadros angolanos são aqueles (fraseando o autor do artigo) que " tiraram os cursinhos do papai" no estrangeiro em tempo de guerra, enquanto os meninos e jovens dos "diamantes de sangue" eram obrigados à força das armas, a defenderem o país com a sua própria vida.São "esses doutores do papai" que o MPLA está a pensar em usar para ocuparem os cargos privilegiados de chefia e de formação nos ministérios, nos quadros das grandes empresas onde o Estado tem interesses.A farinha é a mesma, só muda a côr do saco da divisão e da corrupção.


Para esses "doutores do papai" ser angolano de alma e coração é pensar servir o país, antes de dar o nome para o serviço militar obrigatório, partindo para o estrangeiro, para estudarem, enquanto o papai e a mãma, tratam dos destinos do seu regresso às origens depois de ter passado o prazo para o cumprimento do seu "dever de angolano", servir o país com uma arma nas mãos.Ou, na melhor das hipóteses o menino do papai e da mãma, regressam dentro do prazo para o cumprimento do seu dever, com "duplas e triplas nacionalidades".Ou ainda, através de esquemas, corrompem as altas patentes das chefias militares para livrarem os seus meninos desse dever.


São estes os verdadeiros angolanos, com os quais o MPLA está a contar para ajudarem a resolver o atraso e a falta de quadros qualificados, capacitados para o exercício de uma função.São estes, que vão andar pelas ruas da cidade com o nariz empinado, com o rei na barriga, ostentando luxos e riquezas enquanto os outros meninos, carregam nos ombros para além do peso das armas o peso da pobreza, da indiferença, da descriminação, do analfabetismo.


Os verdadeiros filhos de Angola, são para o MPLA os ENTEADOS.Os filhos das amantes da corrupção e esquemas.


O MPLA pratica a política de guerrilha contra a oposição, por recear que esta acabe com o favorecimento de certas famílias pseudo-angolanas.Todos que pactuarem com este tipo de guerrilha, são os votantes fiéis do MPLA.


Alguém no seu perfeito juízo, é capaz de não reconhecer que o autor deste artigo, "NÃO ESCREVEU A VERDADE DAS VITÓRIAS DO MPLA NA SUA PRÓPRIA GUERRA".


É necessário ter atenção, porque o MPLA para o autor deste artigo, tem um rótulo para afixar na testa dos angolanos "MERCENÁRIOS".

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