terça-feira, 1 de abril de 2008

Estádio da Cidadela será demolido em Maio

Fonte:JD

A Selecção Nacional de futebol de honras vai realizar os seus jogos qualificativos ao Mundial da África do Sul, em 2010, nos Coqueiros. Tudo porque o Estádio Nacional da Cidadela será demolido em Maio próximo, segundo apurou o “Jornal dos Desportos” de uma fonte credível do Ministério da Juventude e Desportos (Minjud).


A decisão da demolição do catedral do futebol nacional saiu de um encontro realizado recentemente entre os altos responsáveis do Minjud, no dizer da mesma fonte.

O estado precário em que se encontra o estádio – com o segundo anel interdito por questões de segurança – é um dos argumentos de peso que o executivo de José Marcos Barrica utilizou para persuadir as mais altas instâncias do país.

“O Estádio da Cidadela representa um perigo para os espectadores. Faz tempo que o recinto não apresenta as mínimas condições para a acomodação daqueles que lá se dirigem para presenciar jogos, aliás, por isso, o Ministério da Juventude e Desportos interditou há seis anos, o segundo anel”, disse a nossa fonte.


O Estádio da Cidadela, com sérios problemas de drenagem, constitui um quebra-cabeça para a sua administração quando chove na capital. O recinto fica submerso e se transforma numa “piscina de ocasião”, pois a água chega a atingir uma altura superior às balizas. Recentemente, o subcomissário Joaquim Vieira “Quim” Ribeiro e o 1º superintendente Aristófenses dos Santos, coordenador e coordenador-adjunto da comissão de segurança do Campeonato Africano das Nações, CAN, que o país vai acolher em 2010, mostraram as sua preocupações em relação as condições que o Estádio da Cidadela oferece, no que a segurança diz respeito, no programa Tribuna dos Desportos da Rádio Cinco.




Comentário: Na minha modesta opinião, deviam demolir todas as construções que apresentem perigo de desabamento.Ao invés de terem optado pelas novas construções, atrofiando ainda mais a cidade.

A nova marginal de Luanda, no futuro será um bom exemplo, das más decisões e opções de construção em Luanda.A pressa de fazer em grande e bonito, pode resultar numa implusão natural e colectiva, devido às águas da baía, que lentamente vão empurrando e infiltrando nos alicerces submersos das estruturas.Com a natureza não se brinca, por mais avançadas que estejam as técnicas da engenharia e construção.

Acredito, caso aconteça uma catástrofe na marginal de Luanda, a maioria dos Arquitectos e Engenheiros, que exercem a sua profissão com brio e responsabilidade, não se admirarão que a mesma aconteça.

Algumas fotos da nova Baía de Luanda










O que dizem alguns dos peritos, que assistem diáriamente ao " BUM das Construções em Luanda"

- Sob técnicas “Dubaianas” reinventa-se espaço de terra firme na baía de Luanda. Barcos, bóias, escavadoras e holofotes concentram-se, desde Setembro, a extrair areia do fundo da baía e colocá-la junto à costa, fazendo uma extensão ao calçadão cá do sítio.

Toneladas de areia são injectadas dia e noite para a superfície onde, depois de lapidadas por escavadoras, formam um lindo e brilhante areal que, daqui a uns tempos, preencherá a baía por completo.





Projecto do qual já se fala há algum tempo, planeia a colocação de esplanadas, restaurantes, locais de lazer e espaço para passear em plena marginal. Prevê também o alargamento das estradas de acesso. Aliviam assim a famosa “ilha de Luanda” (a caminho da saturação), exploram mais a parte baixa da cidade, dando-lhe vida e dispersam mais as pessoas. Até aqui tudo bem…não estivéssemos em Luanda!!



Em Portugal, existe um bom exemplo recente, sobre as construções que são partilhadas com as águas.Refiro-me ao novo túnel do Metro do Terreiro do Paço e os problemas que teve durante a sua construção.Se tivermos o cuidado de observar a obra do topo superior, verificamos que a dimensão das fundações e da obra, partilhada com as águas do rio, em caso de catástrofe, difícilmente as vítimas sairão de lá com vida.A espessura e altura das paredes, o isolamento das mesmas - metal, localizados no piso inferior, onde estão colocados os apeadeiros, não dão hipóteses de uma possível fuga.Não tenho intenções de desvalorizar a obra de engenharia, até porque tem o seu mérito.Mas nem sempre, quando se lida com as forças da natureza, a engenharia pode garantir a segurança das pessoas, mesmo que as técnicas e materiais sejam das mais avançados.

Dizem, que viver é um risco.Concordo.Mas, desafiar o risco de vida de quem não o pediu, não será um crime desnecessário ?

Nada melhor, que esperarmos pela resposta do tempo e da natureza, para confirmar as teorias e as opções de construções.


Prédios em Luanda, em perigo de desabamento ??? (clicar nas fotos para ampliar)






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