terça-feira, 29 de abril de 2008

Marido de Isabel dos Santos na administração da Amorim Energia

Fonte: Jornal Público( jornal português de informações bombistas angolanas)

Empresário congolês tem assento num dos maiores accionistas da Galp Energia

(clicar na imagem para ampliar)

Sindika Dokolo, de 35 anos, e casado com Isabel dos Santos, filha do Presidente de Angola, é um dos nove membros do conselho de administração da Amorim Energia, "holding" sedeada na Holanda e que controla um terço do capital da petrolífera Galp Energia.

Nascido na República Democrática do Congo e filho de um dos milionários deste país, Sindika Dokolo ocupa o cargo na Amorim Energia ao lado de representantes de grandes accionistas, como a angolana Sonangol, Caixa Galicia e o próprio Américo Amorim.

Contactado pelo PÚBLICO, no sentido de saber se a presença de Sindika Dokolo reflecte, ou não, uma participação accionista sua ou de Isabel dos Santos (sócia de Américo Amorim em outros negócios), o departamento de comunicação do empresário confirmou apenas que este é "administrador da Amorim Energia desde o início do investimento", no ano de 2006.

Além de Américo Amorim, e de Sindika Dokolo, têm assento no conselho de administração da Amorim Energia nomes como o de Mateus de Brito, vice-presidente da petrolífera estatal angolana Sonangol, José Alvarez Sanchez, responsável legal da Caixa Galicia, José Neto, presidente da Investimentos Ibéricos, e Carlos Gomes da Silva, actual administrador não executivo da Galp (e ex-responsável da Unicer), indicado pelo empresário nortenho. Todos estes nomes reflectem os interesses económicos e financeiros ligados à holding Amorim Energia através de várias empresas (ver infografia nestas páginas).

Entre as sociedades envolvidas, a que tem menor participação é a Oil Investments, com cinco por cento, detida, segundo o departamento de comunicação do empresário nortenho, a 100 por cento pelo grupo Américo Amorim. A Oil Investments, sedeada também na Holanda, tem uma ligação em pequena escala com a Galp Energia, ao contrário do que sucede com a Sonangol. Esta, por via indirecta, detém cerca de 15 por cento da petrolífera portuguesa (onde o Estado ainda controla oito por cento do capital). Outro accionista de relevo, como é o caso da Caixa Galicia, não passa dos 4,5 por cento.

A nomeação de Sindika Dokolo para o conselho de administração da Amorim Energia ocorreu em Abril de 2006, ano em que se intensificaram os negócios entre Américo Amorim e Isabel dos Santos. No final desse ano, os dois entraram no capital da Nova Cimangola, através da empresa Ciminvest e em substituição da Cimpor, que saiu deste mercado em ruptura com as autoridades locais.

No capital da cimenteira angolana está, além do Estado, o Banco Africano de Investimentos (BAI), onde a Sonangol é accionista de referência. O presidente da petrolífera estatal angolana, Manuel Vicente, além de administrador não executivo da Galp Energia (ver texto ao lado), é também um dos gestores ligados à Unitel, empresa de telecomunicações angolana onde a PT tem uma participação, tal como Isabel dos Santos.

Estes negócios acabam por beneficiar também o empresário Sindika Dokolo, com quem Isabel dos Santos se casou há cerca de cinco anos. Conhecido pela sua colecção de arte africana contemporânea, herdou os negócios do pai, Sanu Dokolo, fundador do Banco de Kinshasa, e que esteve no centro de um alegado desfalque nos anos 1980. Encontrando-se a residir em Luanda, Sindika Dokolo, além de investimentos no Congo, tem vários negócios neste país, como a Amigotel, empresa retalhista de telecomunicações com relações comerciais com a Unitel.

Relações na banca

Mais conhecida publicamente é a relação de parceria entre a filha do presidente angolano Isabel dos Santos e o empresário português Américo Amorim no sector da banca. Ambos têm 25 por cento do Banco Internacional de Crédito (BIC), estando o restante nas mãos de vários accionistas, como Fernando Teles (presidente, com 20 por cento), José Vaz (dez por cento), Luís Santos (cinco por cento), Manuel Fernandes (cinco por cento) e Sebastião Lavrador, ex-governador do Banco Nacional de Angola (cinco por cento).

A instituição financeira, criada em 2005, tornou-se rapidamente na segunda maior empresa deste sector em Angola (após o Banco Fomento de Angola, do português BPI). Em Maio do ano passado tinha já 67 balcões comerciais. No próximo mês, o Banco Internacional de Crédito deverá iniciar formalmente as suas operações em Portugal, onde é representado pelo ex-ministro Luís Mira Amaral, com a estratégia de captar os fluxos financeiros entre os dois países.





Comentário: Apetece perguntar ao Director do Jornal de Angola, porque razão, não agarra com unhas e dentes o teclado do seu computador e escreve sobre estes assuntos, malhando forte e feio neste tipo de pessoas e negócios obscuros.Informando o povo angolano, sobre o perfil do carácter dos herdeiros do Presidente da Nação e do MPLA.Ao invés de preocupar-se demasiado com o que a oposição e a imprensa privada fazem ou escrevem com legitimidade para DENEGRIR o MPLA , o Presidente da Nação e sua respectiva familia.



Este assunto é muito interessante, são todos detentores de fortunas incalculáveis, conseguidas sobre o sangue derramado de muitas crianças, jovens, mulheres, homens e idosos angolanos, numa guerra cujo o objectivo principal, era saber qual dos flamigerantes envolvidos, tinha mais poder para alcançar as riquezas de Angola, e com elas alcançar fortunas que lhes permitissem controlar tudo e todos que os rodeiam - ditadura.Empobrecendo e massacrando o povo, que prefere optar por ser masoquista, ao ponto de conscientemente ter conhecimento destes assaltos, mas que prefere ser inconscientemente e cego, pois está cansado e enfraquecido fisicamente e psicológicamente.Povo, que se deita todas as noites na esteira, com a esperança e fé, que os seus malfeitores e opressores(ditadores), mudem.Deixem de roubar, e que pelo menos as migalhas que são destinadas aos animais de estimação dos detentores do poder, sobrem para ele.

O cansaço e o desgaste sofrido pelo povo durante uma guerra longa, foi o maior trauma e simultâneamente o maior trunfo, usado pelos detentores do poder e partidários do MPLA para anestesiar os angolanos.




Sob o efeito dessa anestesia, eles vão continuar a comer tudo.Não vão deixar nada.Nem os ossos para os animais...

Eles e os parceiros de negócios vão engordar cada vez mais, enquanto o povo desfilha também cada vez mais...






2 comentários:

Maria Faia disse...

Dói-me a alma ler estas palavras...
Dói-me a alma estar tão longe da Luanda que não deixa o meu coração!
Venho aqui e sonho...
danço à volta da fogueira,
banha-me nas águas quentes da baía... e o cacimbo molha minha pele!

Saudade....

Maria Faia

Unknown disse...

Maria Faia

Seja benvinda

Quando a alma fala ou grita, está a libertar a saudade...Muitas das vezes com a verdade nua e crua...

Volte sempre, será sempre bom conhecer o grito libertador de todas as almas angolanas

Kandando

Cazimar